Semana de homenagens na Sala P.F. Gastal
A partir de 12 de julho, a Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) realiza uma série de sessões especiais, incluindo homenagens a Bud Spencer e Michael Cimino, que nos deixaram na última semana. No dia 14 de julho, às 20h, data que celebra o episódio histórico da Tomada da Bastilha, acontece a exibição de A Garota do 14 de Julho, primeiro longa-metragem de uma das principais revelações do cinema francês, Antonin Peretjatko. Todas as sessões especiais têm entrada franca.
Ralé, novo filme de Helena Ignez, segue em exibição na sessão das 17h30. O valor do ingresso é R$ 8,00. A pedido do público, a mostra Clint Eastwood – O Geminiano que Nós Amamamos ganha mais uma semana em cartaz, sempre na sessão das 15h (valor único, R$ 4,00).
MICHAEL CIMINO
Na sexta-feira, 15 de julho, às 20h, acontece uma edição do Projeto Raros celebrando a obra de Michael Cimino, um dos diretores mais importantes da história do cinema, com a exibição de Na Trilha do Sol (The Sunchaser, 1996, 120 minutos), seu último longa-metragem. Após a sessão, acontece um debate com os críticos Fabiano de Souza, Milton do Prado e Pedro Henrique Gomes. Exibição digital com legendas em português
Sinopse: O jovem Brandon “Blue” Monroe (Jon Seda) não teve uma vida fácil: viveu pelas ruas e hoje, aos 16 anos, está preso por ter assassinado seu padrasto abusivo. Até que ele descobre que tem um tumor inoperável e apenas um mês de vida. Ele decide, então, sequestrar seu rico médico oncologista, o Michael Reynolds (Woody Harrelson). Os dois estão indo para uma área sagrada do povo Navajo, no Arizona, onde Blue pensa que pode encontrar uma cura. Ao longo da viagem, ambos sofrerão uma transformação espiritual.
Michael Cimino é um dos nomes centrais da segunda geração da Nova Hollywood. Iniciou a trajetória escrevendo roteiros para Corrida Silenciosa, de Douglas Trumbull, e Magnum 44, de Ted Post, o segundo filme do personagem Dirty Harry, interpretado por Clint Eastwood. O ator também é protagonista do primeiro longa-metragem de Cimino, O Último Golpe, de 1974. Retrato intenso da vida em uma pequena comunidade russa nos Estados Unidos e do retorno traumático após a Guerra do Vietnã, O Franco Atirador, segundo longa do diretor, ganhou cinco prêmios no Oscar, incluindo direção e melhor filme. No auge da criatividade, Cimino resolveu arriscar um projeto mais ambicioso: Portal do Paraíso. Lançado em 1980, o faroeste pessoal do diretor resultou em um dos maiores prejuízos da história de Hollywood. Atribui-se ao filme, inclusive, a derrocada da geração de jovens autores e o fim da maturidade do cinema americano dos anos 1970. A injustiça histórica com essa obra-prima só seria revista recentemente, quando versões restauradas foram exibidas em mostras e festivais. Apesar da relação turbulenta com os estúdios e a má vontade de boa parte da crítica americana, o diretor seguiu realizado grandes filmes como O Ano do Dragão (1985) e Na Trilha do Sol (1994), sua despedida precoce do cinema.
BUD SPENCER
A homenagem a Bud Spencer, nome admiradíssimo do cinema de gênero italiano, apresentando dois faroestes clássicos de Enzo Barboni a partir do dia 12 de julho: Eles Me Chamam Trinity (Lo chiamavano Trinità…, 1970, 113 minutos) e Trinity Ainda é Meu Nome (Continuavano a chiamarlo Trinità, 1971, 120 minutos). Venha lembrar as aventuras de Bambino, personagem icônico de Spencer, em saudosa parceria com Terence Hill. Exibição digital com legendas em português.
Eles Me Chamam Trinity
(Lo chiamavano Trinità…, 1970, Itália 113 minutos)
Direção: Enzo Barboni
Exibição digital com legendas em português
A dupla de heróis do desastre, rápidos no gatilho e bons de briga, tentam salvar uma cidade das mãos de ladrões de gado, cruéis e sanguinários. O diabólico xerife da cidade também está envolvido nesta aventura cheia de adrenalina. E na medida em que Trinity resolve interferir nos planos dos bandidos, a tensão aumenta. Esta situação explosiva, atira violentamente os dois irmãos de encontro a um clímax incrível.
Trinity Ainda é Meu Nome
(Continuavano a chiamarlo Trinità, 1971, Itália, 120 minutos).
Direção: Enzo Barboni
Exibição digital com legendas em português
Trinity e seu meio irmão Bambino, se encontram mais uma vez na casa dos pais para o banho “anual” e um pacífico jantar em família. Logo depois, partem para a cidade de San José onde Trinity, dá uma lição em um jogador trapaceiro de como dar as cartas – e atirar – corretamente, impressionando os habitantes da cidade o suficiente para serem confundidos (com uma pequena ajuda) com respeitáveis Agentes Federais.
A Garota do 14 de Julho
(La fille du 14 juillet, França 2013, 88 minutos)
Direção: Antonin Peretjatko
Exibição digital com legendas em português
No filme de estreia do francês Antonin Peretjatko, a crise financeira europeia atrapalha tudo, inclusive as histórias de amor que costumam ser vividas nos grandes feriados. A Garota de 14 de Julho promove uma grande revisão da comédia no cinema moderno francês, com inspirações que vão de Pierre Etaix, Luc Moullet a Jacques Tati, e citações abertas a filmes marcantes da fase sessentista de Jean-Luc Godard.
Na trama, Hector conhece Truquette no Dia da Bastilha e se torna obcecado em conquistá-la. O plano é levá-la de imediato para o litoral com seus amigos. Porém, de repente o governo cancela um mês de verão. Um maço de dinheiro e dois tiros depois, o grupo se divide em dois, assim como a própria França. Mas traçar um caminho longe do trabalho de modo algum os detém, determinados a mudar a Garota da Bastilha e deleitando-se com um verão sem fim.
Peretjatko nasceu em 1974. Realizou uma série de elogiados curtas-metragens a partir dos anos 2000. Seu primeiro longa-metragem, A Garota do 14 de Julho, estreou na competição Un Certain Regard do Festival de Cannes, em 2013. Seu mais novo filme, La loi de la jungle, acaba de ser lançado na França e vem recebendo críticas elogiosas. Realização da Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia de Porto Alegre em parceria com a Embaixada da França, a Cinemateca da Embaixada da França no Brasil e o Institut Français.
GRADE DE HORÁRIOS
12 a 17 de julho de 2016
12 de julho (terça)
15h – O Estranho Que Nós Amamos
17h30 – Ralé
19h – Eles Me Chamam Trinity
13 de julho (quarta)
15h – Perversa Paixão
17h30 – Ralé
19h – Trinity Ainda é Meu Nome
14 de julho (quinta)
15h – O Estranho Sem Nome
17h30 – Ralé
20h – A Garota de 14 de julho, de Antonin Peretjatko
15 de julho (sexta)
15h – O Último Golpe
17h30 – Ralé
20h – Projeto Raros (Na Trilha do Sol, de Michael Cimino)
16 de julho (sábado)
15h – Um Mundo Perfeito
17h30 – Ralé
19h – Eles Me Chamam Trinity
17 de julho (domingo)
15h – Honkytonk Man – A Última Canção
17h30 – Ralé
19h – Trinity Ainda é Meu Nome