A partir de 28 de outubro, a Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) recebe a mostra Slovak Visual, com um panorama de filmes da Nouvelle Vague dos anos 1960 e 1970 e de produções contemporâneas da Eslováquia. Com projeção em alta definição, a mostra tem entrada franca.
Com apoio da Sala P. F. Gastal e Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia da Secretaria da Cultura da Prefeitura de Porto Alegre, a produção é da Besouro Filmes em parceria com Avante Filmes. A produção da mostra é de Jessica Luz em colaboração com Germano de Oliveira, Leonardo Bomfim e Eva Pavlovičová.
O texto de apresentação da mostra pode ser lido no catálogo disponível online: https://issuu.com/evapa7/docs/sv2016-catalogue
FILMES
ATÉ QUE ESTA NOITE SE ACABE
(Kým sa skončí táto noc), dir. Peter Solan – 1966 (91’)
Duas jovens, que depois de economizar o ano inteiro, aproveitam alguns dias de vida sem preocupações, dois encanadores sedentos de aventuras eróticas, um chefe de obra decidido a beber o salário de sua equipe, e um ex-prefeito, virado em alcoólatra devido aos jogos políticos. Todos eles se encontram em um bar nas Montanhas Tatras. Durante um noite, pouco a pouco, são revelados sonhos não concretizados, ilusões e decepções de pessoas “comuns” da sociedade daquela época.
PÁSSAROS, ORFÃOS E LOUCOS
(Vtáčkovia, siroty a blázni), dir. Juraj Jakubisko – 1969 (82’)
Embora situado em lugar e tempos indeterminados,
seu mundo sem ideais, cheio de violência, cinismo e falta de esperança, relembra fortemente a atmosfera da Tchecoslováquia após agosto de 1968.
CELEBRAÇÃO NO JARDIM BOTÂNICO
(Slavnost’v botanickej zahrade), dir. Elo Havetta – 1969 (95′)
Estreia do talentoso e prematuramente falecido diretor Elo Havetta, é uma colorida obra sobre a necessidade de milagres em nossas vidas.
Residentes na aldeia vinícola Babindol procuram na loucura um certo sentimento de felicidade e assim entram num dilema entre o sonho e a impotência contra o destino, que é uma contradição entre o desejo ingênuo de voar e a necessidade diária de cavar o chão para que o vinho nasça – bebida dos sonhadores.
RETRATOS DO MUNDO ANTIGO
(Obrazy starÈho sveta), dir. Dusan Hanak – 1972 (70’)
Uma das maiores obras da cinematografia eslovaca, ficou 16 anos condenada devido aos duvidosos critérios ideológicos e estéticos “normalizadores”. Este documentário de notável sensibilidade e entendimento retrata como os antigos moradores da vila, aparentemente, vivem à margem da sociedade, em condições que fazem fronteira com a pobreza, mas em seu próprio mundo, muito peculiar.
Na obra inspirada por cinco ciclos fotográficos de Martin Martincek, cuja galeria de retratos expande com personagens adicionais, sobrepõe fotografias com imagens em movimento artisticamente criativas. Demonstrando uma visão não distorcida pela civilização dos indivíduos, Hanak tenta procurar respostas para questões primárias da existência humana.
O PEQUENO POLEGAR E OS BACILOS
(Janko Hraško a bacily) dir. Viktor Kubal – 1974 (7’)
Estória na qual o Pequeno Polegar salvou pessoas do vírus da gripe.
CONTATOS
(Kontakty) dir. Jaroslava Havettová – 1980 (12’)
Sobre as fraquezas das pessoas, interesses e paixões, através do relacionamento entre as coisas.
O GUARDA-CHUVA
(Dáždnik) dir. Ondrej Slivka – 1984 (5’)
Um inventor pretende patentear sua invenção.
66 TEMPORADAS
(66 sézon), dir. Peter Kerekes – 2003 (86′)
Um registro da piscina pública da cidade de Kosice, um local onde, de acordo com o diretor “a história costumava banhar-se”. Através de fatos que aconteceram na piscina entre os anos 1936 e 2003, o filme captura 66 anos da história da Europa Central e Oeste.
ARSY-VERSY
dir. Miro Remo – 2009 (23’)
Vencedor de mais 36 prêmios, este curta documentário é um filme sobre uma mãe e seu filho Lubos. Lubos fugiu do mundo cheio de pessoas para viver em simbiose com a natureza. A energia de vida do Lubos combinada com sua incrível empatia são retratadas pela fotografia amadora. Fascinado por morcegos, o único apoio que ele tem do mundo “real” é a sua mãe.
PANDAS
(Pandy) dir. Matúš Vizár – (2013) (11’)
Do jogo da evolução sobre descendentes passiveis de sobrevivência, surgem espécies cujo destino, herdado de seus antepassados, é questionável.
O LIMPADOR
(Čistič), dir. Peter Bebjak – 2015 (90’)
Funcionário de uma funerária, Tomas vive de limpar as casas onde pessoas ou animais faleceram.
GRADE DE HORÁRIOS
28 a 30 de outubro de 2016
Sexta-feira (28/10)
– 20h ABERTURA
Curta: Arsy-versy, dir. Miro Remo – 2009(23’)
Longa: RETRATOS DO MUNDO ANTIGO (Obrazy starÈho sveta), dir. Dusan Hanak – 1972 (70’)
*Após a sessão, debate com convidados da Eslováquia
– 22h30 FESTA em parceria com o Dia Internacional da Animação
Local: OCIDENTE
Exibição de vídeoclipes animados eslovacos
Sábado (29/10)
– 15h
Curta: O pequeno polegar e os bacilos (Janko Hraško a bacily), dir. Viktor Kubal – 1974 (7′)
Longa: CELEBRAÇÃO NO JARDIM BOTÂNICO (Slavnosti’v botanickej zahrade), dir. Elo Havetta – 1969 (95′)
– 17h
Longa: 66 TEMPORADAS (66 sézon), dir. Peter Kerekes – 2003 (86′)
– 19h
Curta: O Guarda-chuva (Dáždnik), dir. Ondrej Slivka – 1984 (5’)
Longa: ATÉ QUE ESTA NOITE SE ACABE (Kým sa skončí táto noc), dir. Peter Solan – 1966 (91’)
Domingo (30/10)
– 15h
Curta: Arsy-versy, dir. Miro Remo – 2009 (23’)
Longa: RETRATOS DO MUNDO ANTIGO (Obrazy starÈho sveta), dir. Dusan Hanak – 1972 (70’)
– 17h
Curta: Pandas (Pandy), dir. Matus Vizar (12’)
Longa: O LIMPADOR (Čistič), dir. Peter Bebjak – 2015 (90’)
– 19h
Curta: Contatos (Kontakty), dir. Jaroslava Havettová – 1980 (12’)
Longa: PÁSSAROS, ORFÃOS E LOUCOS (Vtáčkovia, siroty a blázni), dir. Juraj Jakubisko – 1969 (82’)
*Após a sessão, debate com convidados da Eslováquia
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