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Projeto Academia das Musas estuda obra de Agnieszka Holland

junho 2, 2016 By pedronunes Deixe um comentário

Foto: Jerzy Kosnik/FORUM UWAGA
Foto: Jerzy Kosnik/FORUM UWAGA

No sábado, 4 de junho, às 10h30, o projeto Academia das Musas, grupo de pesquisa dedicado ao cinema realizado por mulheres, estuda na Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) a obra da polonesa Agnieszka Holland, a partir do filme Uma Mulher Solteira, de 1981.

Sobre Agnieszka Holland
texto de Carla Oliveira, integrante do grupo de pesquisa Academia das Musas

A Agnieszka Holland é a mais conhecida das cineastas polonesas, embora não a pioneira. Ela nasceu em Varsóvia, em 1948, filha de pai judeu e mãe católica. Teve uma formação católica.
Seu pai era membro do Partido e foi envolvido em falsas acusações, o que o levou a cometer suicídio quando em custódia (SIC). Episódio esse marcante na vida de Agnieszka, que diz que, devido a esse passado familiar, nunca foi aceita na emblemática Escola de Lodz, a mais importante escola de cinema polonesa. Acabou estudando na também mítica FAMU, a escola de cinema de Praga, na antiga Tchecoslováquia. Diz que há no seu cinema oscilação entre o pathos polonês e a civilidade tcheca e refere como influências, dentre os cineastas tchecoslovacos, de Evald Schorm, Jan Nemec e Ivan Passer. No período em que estudou na FAMU, foi politicamente engajada, participando das manifestações da Primavera de Praga. Fez na FAMU seu primeiro curta, Jesus Christ’s Sin, uma adaptação de um conto do Babel.

Retornando à Polônia, em 1971, começou a trabalhar com os cineastas Krzysztof Zanussi e Andrzej Wajda, como assistente de direção e roteirista, respectivamente. Escreveu vários roteiros para o Wajda, considerado o seu mentor. Dentre esses, o de O Homem de Mármore, início da trilogia do Wajda sobre o Solidariedade, movimento sindical com o qual a Agnieszka se envolveu.
Após dirigir alguns outros curtas, seu primeiro longa-metragem foi Provincial Actors (1978), um alegórico drama sobre os bastidores de uma trupe teatral. Em 1980, lança Febre, um longa sobre os revolucionários poloneses da virada do século XIX para o XX.

Uma Mulher Solteira, de 1981, foi realizado para a TV e narra a história de uma mulher de meia-idade, Irena, que mora com seu filho nos arredores de Wroclaw e se envolve com Jacek, um aposentado por invalidez. O retrato desesperado da vida dessas pessoas à margem da sociedade levou à censura e banimento do filme. É um filme típico, assim como Provincial Actors, da corrente de cinema polonês denominada Cinema de Ansiedade Moral, caracterizada por abordar os aspectos psicológicos das pessoas comuns vivendo sob o regime socialista. Personnel e Escolha Cega do Krzysztof Kieslowski, Camouflage e Iluminação do Krzysztof Zanussi e O Homem de Mármore do Wajda também são considerados como filmes dessa corrente de Cinema de Ansiedade Moral. O Kieslowski também foi, além de amigo, uma parceria criativa da Agnieszka, mantida mesmo no exílio. A Agnieszka é roteirista do A Liberdade é Azul. Durante esses primeiros anos de carreira na Polônia, Agnieszka Holland também trabalhou como atriz. O principal filme no qual atuou (não como protagonista, a protagonista é a Krystyna Janda, premiada em Cannes) é o impressionante O Interrogatório, do Ryszard Bugajski, filmado em 1981, mas também banido e lançado apenas em 1989, com a abertura do leste. Trajetória semelhante ao Uma Mulher Solteira da Agnieszka.

Seu exílio, com emigração inicialmente para a França, foi em 1981, por ocasião da declaração de lei marcial na Polônia. Da sua carreira internacional, destacam-se os filmes indicados ao Oscar -Colheita Amarga (1985), Filhos da Guerra (1990) e Na Escuridão (2012) -, assim como as produções da Warner – Olivier, Olivier (1992) e Jardim Secreto (1993). Atualmente, também dirige séries para a TV americana (O Bebê de Rosemary, The Killing, The Wire, episódios do House of Cards…).

Arquivado em: Cinema e TV Marcados com as tags: Agnieszka Holland, cineasta polonesa, sala PF Gastal

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