Programação de 9 a 17 de janeiro da Cinemateca Capitólio inclui o clássico “O Uivo”, de Tinto Brass

Nesta sexta-feira, 12 de janeiro, às 20h, a Cinemateca Capitólio Petrobras reapresenta a edição do Projeto Raros com a exibição de O Uivo (1970,100’), que havia sido programada para dezembro e acabou cancelada em função de uma queda de luz. O filme político experimental do italiano Tinto Brass está presente na célebre lista criada por Carlos Reichenbach com os 60 filmes notáveis da história do cinema. Com exibição digital e legenda em português, a sessão tem entrada franca.

O UIVO

(L’Urlo)

Itália, 1970, 100’

Direção: Tinto Brass

Uma noiva fugitiva e um homem excêntrico embarcam em uma jornada surreal em um mundo bizarro que reflete a cultura pop, o sexo e a política dos anos 1960. Com a musa Tina Aumont vivendo a protagonista, O Uivo é um dos filmes emblemáticos do período político experimental de Tinto Brass, realizador mais conhecido na história do cinema pelos atrevimentos eróticos que excitaram plateias do mundo todo nos anos 1970 e 80.

Com a palavra, Carlos Reichenbach: “L´Urlo” nunca foi lançado comercialmente no Brasil. Um dos últimos filmes da fase “udigrudi” de Brass. Trata-se de um “Os Idiotas” muito anos à frente. Estranho e belíssimo, sobre uma garota burguesa que abandona o noivo no dia do casamento e foge com um homem qualquer para uma aventura onírica e transgressiva, sem obrigações, sem deveres sociais, sem respeito humano e sem temores. O encontro do “casal” com determinados personagens faz os dois se confrontarem com as convenções, a morte e a sociedade condicionada ao sexo, a guerra, a violência, as várias ideologias e ao mundo da cultura. Mundo este que, conforme o “casal”, “não tolera o amor”.

“Filmes que você sempre quis ver ou nem imaginava que existiam”. O slogan do projeto Raros é a sua melhor definição. Iniciado em maio de 2003, o projeto foi concebido com a intenção de apresentar ao público local títulos nunca lançados no circuito exibidor brasileiro ou há muito tempo fora de circulação nos cinemas, procurando reproduzir o espírito das “midnight movies” realizadas em Nova York a partir do final dos anos 1960. Cada filme é apresentado uma única vez, nas noites de sexta-feira, e as sessões são comentadas. Imediatamente acolhido pelos cinéfilos porto-alegrenses, o Raros foi um sucesso instantâneo e logo inspiraria outras iniciativas similares, a mais conhecida delas sendo as Sessões do Comodoro, organizadas pelo saudoso diretor Carlos Reichenbach no Cinesesc de São Paulo. Em 2017, em função da reforma da Usina do Gasômetro, a Cinemateca CapitólioPetrobras passa a receber provisoriamente o projeto Raros.

GRADE DE HORÁRIOS

9 a 17 de janeiro de 2018

9 de janeiro (terça)

14h – O Quimono Escarlate

16h – A Morte num Beijo

18h – Juventude Transviada

20h – Zabriskie Point

10 de janeiro (quarta)

14h – Eles Vivem

16h – Alma em Suplício

18h – Crepúsculo dos Deuses

20h – Chinatown

11 de janeiro (quinta)

14h – Alma no Lodo

15h30 – Jovem Mulher (em cartaz)

17h30 – O Grande Lebowski

20h – A Primeira Noite de um Homem (em cartaz)

12 de janeiro (sexta)

14h – Curva do Destino

15h30 – Jovem Mulher (em cartaz)

17h30 – A Morte num Beijo

20h – Projeto Raros (O Uivo, Tinto Brass)

13 de janeiro (sábado)

14h – Alma Torturada

15h30 – Jovem Mulher (em cartaz)

17h30 – Crepúsculo dos Deuses

20h – A Primeira Noite de um Homem (em cartaz)

14 de janeiro (domingo)

14h – O Quimono Escarlate

15h30 – Jovem Mulher (em cartaz)

17h30 – Juventude Transviada

20h – A Primeira Noite de um Homem (em cartaz)

16 de Janeiro (terça)

14h – Curva do Destino

15h30 – Jovem Mulher (em cartaz)

17h30 – Chinatown

20h – A Primeira Noite de um Homem (em cartaz)

17 de Janeiro (quarta)

14h – Alma no Lodo

15h30 – Jovem Mulher (em cartaz)

17h30 – O Grande Lebowski

20h – A Primeira Noite de um Homem (em cartaz)