Com sessões às 17 h e 19 h a partir do dia 21 de junho, “Dedo na Ferida” se afirma como um filme incomodamente atual em tempos sombrios, nos quais o mundo se depara com a perda progressiva de direitos sociais e com o ressurgimento de movimentos de extrema-direita
‘Dedo na Ferida’ trata do fim do estado de bem-estar social em um cenário onde a lógica homicida do capital financeiro inviabiliza a justiça social. Milhões de pessoas peregrinam em busca de melhores condições de vida enquanto o capital aspira a concentração da riqueza em poucas mãos. Neste cenário de tensões sociais, há os que lutam para transformar o mundo levantando temas como os direitos sociais, o desemprego, o mercado e o extremismo.
Com a precisão de um olhar lapidado em mais de 80 obras de cunho histórico e social, o diretor trata da interrupção dos sonhos de uma vida melhor para todos, em uma conjuntura onde a lógica homicida do capital financeiro inviabiliza qualquer alternativa de justiça social. Para traçar um panorama do cenário contemporâneo, foram entrevistados Yanis Varoufakis, ex-ministro das Finanças da Grécia; Celso Amorim, ex-ministro das Relações Exteriores do Brasil; Paulo Nogueira Batista Jr, vice-presidente do banco dos Brics; o cineasta Costa-Gavras; os intelectuais Boaventura de Sousa Santos (Universidade de Coimbra, Portugal), David Harvey (University of New York, Estados Unidos) e Maria José Fariñas Dulce (Universidade Carlos III, Espanha); os economistas Ladislau Dawbor (PUC-São Paulo), Guilherme Mello (Unicamp) e Laura Carvalho (USP), entre outros pensadores que interferem no mundo contemporâneo.
Em nome dos interesses do grande capital internacional, um pequeno grupo comanda o destino dos recursos do planeta. Para o 1% mais rico da população, uma crise nunca deve ser desperdiçada. Quebras de bolsas de valores, estouro de bolhas especulativas e a bancarrota de países que levam famílias para linha da miséria viram uma oportunidade para aumentar o seu capital, seu poder e sua influência. Eles são os donos do poder. 65 famílias têm, aproximadamente, a mesma riqueza que metade da população mundial. Bancos, seguradoras, fundos de investimento e elites econômicas navegam em uma esfera onde taxas de juros e dívidas de governos são a moeda mais forte.
‘Dedo na Ferida’ discute o retrocesso ideológico e as posições neoconservadoras pautados pelo empobrecimento da classe média, pela falência dos Estados e pelo desemprego. Examina de que forma o capitalismo deixou de ser produtivo para se tornar meramente especulativo, motivado pela aposta na geração de dinheiro fácil. O sistema financeiro, que deveria servir ao propósito de levar recursos dos setores superavitários para os deficitários interessados em investir em produção, abandonou o papel de “atravessador” e se assumiu como fim principal das transações econômicas.
Confira a grade de horários completa do CineBancarios:
21 de junho (quinta-feira)
15h – Travessia + Baronesa
17h – Dedo na Ferida
19h – Dedo na Ferida
22 de junho (sexta-feira)
15h – Travessia + Baronesa
17h – Dedo na Ferida
19h – Dedo na Ferida
23 de junho (sábado)
15h – Travessia + Baronesa
17h – Dedo na Ferida
19h – Dedo na Ferida
24 de junho (domingo)
15h – Travessia + Baronesa
17h – Dedo na Ferida
19h – Dedo na Ferida
26 de junho (terça feira)
15h – Travessia + Baronesa
17h – Dedo na Ferida
19h – Dedo na Ferida
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