No próximo domingo (14), às 16h, o Cine Iberê exibe o premiado documentário Edifício Master, de Eduardo Coutinho. A sessão única e gratuita será comentada pela documentarista e doutora em cinema, Maria Henriqueta Satt. A exibição de Edifício Master dialoga com a exposição As Durações do Rastro, do fotógrafo Jordi Burch, em cartaz na Fundação Iberê Camargo. A exposição apresenta uma série de fotografias sobre os moradores de conjuntos habitacionais da Europa projetados pelo arquiteto Álvaro Siza. A curadoria do Cine Iberê é de Marta Biavaschi.
Edifício Master – “um filme sobre pessoas como você e eu”, como é apresentado – revela o cotidiano dos moradores do conhecido edifício localizado em Copacabana, no Rio de Janeiro. Cerca de quinhentas pessoas vivem ali e 37 delas contam sua história de vida para Eduardo Coutinho, que estabelece diálogos muito próximos e singulares com seus entrevistados, com uma escuta essencialmente generosa e humana.
Durante a produção do documentário, a equipe do filme alugou um apartamento no prédio para integrar-se ao cotidiano dos moradores do edifício e realizar um longa pesquisa, que resultou na escolha dos moradores que foram entrevistados por Coutinho. O diretor só entrou em cena na hora da filmagem, conservando o frescor do primeiro encontro e dando espaço para a surpresa no ato da conversa.
O filme recebeu os prêmios de Melhor Documentário nos seguintes festivais: Festival de Gramado (2002), Mostra Internacional de Cinema de São Paulo (prêmio da crítica, 2002), Festival de Havana (2003) e o Troféu APCA (2003). Para assistir ao trailer acesse: https://www.youtube.com/watch?v=6nSlTXH21vs
Sobre Eduardo Coutinho:
Considerado um dos mais importantes documentaristas do cinema mundial, Eduardo Coutinho (1933-2014) integrou o Centro Popular de Cultura da União Nacional dos Estudantes, o CPC da UNE, nos anos 60. Realizou importantes filmes que entraram para a história do documentário, como Cabra Marcado para Morrer (1984), Santa Marta (1987), Boca do Lixo (1992), Santo Forte (1999), Edifício Master (2002), Peões (2004) e Jogo de Cena (2007), entre outros. Premiado no Festival de Gramado pelos filmes Santo Forte e Edifício Master, além de um Kikito de Cristal pelo conjunto da obra, no Festival de Brasília pelos filmes Santo Forte e Peões e Festival de Cuba, pelo Edifício Master. Em 2017, seu filme Cabra Marcado para Morrer foi considerado o melhor documentário brasileiro de todos os tempos pela Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema). Em 2013, Eduardo Coutinho foi homenageado na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e, em 2014, na Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP).
Sobre Maria Henriqueta:
Maria Henriqueta Satt é graduada em Jornalismo pela PUCRS, Mestre em Multimeios com ênfase em Antropologia visual pelo Instituto de Artes da UNICAMP e Doutora em Cinema pela ECA/USP. Coordenou o curso de especialização Cinema Expandido, na PUCRS. Atualmente é professora dos cursos de Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Produção Audiovisual da PUCRS. Documentarista, trabalha com cinema e televisão e desenvolve pesquisas no campo do documentário.
A Fundação Iberê Camargo tem o patrocínio de Itaú, Grupo GPS, IBM, Oleoplan, Agibank, BTG Pactual, Banrisul e apoio SLC Agrícola, Sulgás e DLL Group, com realização e financiamento do Ministério da Cultura / Governo Federal. A Traduzca e a Alves Tegam apoiam a exposição As Durações do Rastro.
Serviço:
Cine Iberê
Domingo, 14 de julho, às 16h – Edifício Master, de Eduardo Coutinho (1h50min, 2002, Brasil) – sessão única e comentada por Maria Henriqueta Satt
Entrada franca por ordem de chegada | Classificação indicativa: 12 anos
Local: Auditório BTG Pactual
Endereço: Fundação Iberê Camargo – Avenida Padre Cacique, 2000
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