Filme experimental de Tinto Brass é atração do último Projeto Raros de 2017

Nesta sexta-feira, 15 de dezembro, às 20h30, a Cinemateca Capitólio Petrobras apresenta a última edição do ano do Projeto Raros com a exibição de O Uivo (1970, 100’), filme político experimental do italiano Tinto Brass, presente na célebre lista criada por Carlos Reichenbach com os 60 filmes notáveis da história do cinema. Com exibição digital e legenda em inglês, a sessão tem entrada franca.

O UIVO

(L’Urlo)

Itália, 1970, 100’

Direção: Tinto Brass

Uma noiva fugitiva e um homem excêntrico embarcam em uma jornada surreal em um mundo bizarro que reflete a cultura pop, o sexo e a política dos anos 1960. Com a musa Tina Aumont vivendo a protagonista, O Uivo é um dos filmes emblemáticos do período político experimental de Tinto Brass, realizador mais conhecido na história do cinema pelos atrevimentos eróticos que excitaram plateias do mundo todo nos anos 1970 e 80.

Com a palavra, Carlos Reichenbach: “L´Urlo” nunca foi lançado comercialmente no Brasil. Um dos últimos filmes da fase “udigrudi” de Brass. Trata-se de um “Os Idiotas” muito anos à frente. Estranho e belíssimo, sobre uma garota burguesa que abandona o noivo no dia do casamento e foge com um homem qualquer para uma aventura onírica e transgressiva, sem obrigações, sem deveres sociais, sem respeito humano e sem temores. O encontro do “casal” com determinados personagens faz os dois se confrontarem com as convenções, a morte e a sociedade condicionada ao sexo, a guerra, a violência, as várias ideologias e ao mundo da cultura. Mundo este que, conforme o “casal”, “não tolera o amor”.

“Filmes que você sempre quis ver ou nem imaginava que existiam”. O slogan do projeto Raros é a sua melhor definição. Iniciado em maio de 2003, o projeto foi concebido com a intenção de apresentar ao público local títulos nunca lançados no circuito exibidor brasileiro ou há muito tempo fora de circulação nos cinemas, procurando reproduzir o espírito das “midnight movies” realizadas em Nova York a partir do final dos anos 1960. Cada filme é apresentado uma única vez, nas noites de sexta-feira, e as sessões são comentadas. Imediatamente acolhido pelos cinéfilos porto-alegrenses, o Raros foi um sucesso instantâneo e logo inspiraria outras iniciativas similares, a mais conhecida delas sendo as Sessões do Comodoro, organizadas pelo saudoso diretor Carlos Reichenbach no Cinesesc de São Paulo. Em 2017, em função da reforma da Usina do Gasômetro, a Cinemateca CapitólioPetrobras passa a receber provisoriamente o projeto Raros.

GRADE DE HORÁRIOS

12 a 20 de dezembro de 2017

12 de dezembro (terça)

15h30 – Colo

18h – A Bela da Tarde

20h – Baronesa

13 de dezembro (quarta)

15h30 – Colo

18h – A Bela da Tarde

20h – Rei

14 de dezembro (quinta)

17h – A Bela da Tarde

19h – Viejo Calavera

20h30 – A Ideia de um Lago

15 de dezembro (sexta)

14h30 – O Mínimo Gesto

17h – A Bela da Tarde

19h – As Lindas

20h30 – Projeto Raros (O Uivo, de Tinto Brass)

16 de dezembro (sábado)

15h – António Um Dois Três

17h – A Bela da Tarde

19h – A Telenovela Errante

20h30 – Pré-estreia Jovem Mulher

17 de dezembro (domingo)

15h – Videofilia (e Outras Síndromes Virais)

17h – A Bela da Tarde

19h – Damiana + A Última Terra + debate

19 de dezembro (terça)

15h – Rei

17h – A Bela da Tarde

19h – Baronesa

20h30 – A Ideia de um Lago

20 de dezembro (quarta)

15h – A Última Terra

17h – A Bela da Tarde

20h – Arábia + debate