Documentário ‘Substantivo Feminino’ terá exibição em Roma
Pela segunda vez em menos de um ano o documentário Substantivo Feminino vai ser exibido na Itália, na Mostra do 32º Festival de Cinema Latino Americano de Trieste. A história das gaúchas que militaram por causas ambientais e femininas por quarenta anos caiu no gosto do público italiano e o filme foi um dos 12 escolhidos para ser exibido em Roma, entre 98 participantes. Magda Renner e Giselda Castro começaram no ativismo no inicio da década de 1960. As duas trouxeram para Porto Alegre a unidade brasileira da federação internacional Friends of the Earth, presente em mais de 70 países.
Substantivo Feminino foi finalizado em 2017. Dirigido por Daniela Sallet e Juan Zapata, esteve no 45º Festival de Cinema de Gramado, na Mostra da Cultura do RS no Uruguai e no 15º Cine Amazonia de Porto Velho, RO. O filme recebeu Menção Honrosa na 6º Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental em São Paulo e Prêmio de Compromisso Civil no 32º Festival de Cinema Latino Americano de Trieste. A Mostra na capital italiana começa neste final de semana e o documentário gaúcho vai ser exibido na terça-feira (29), às 19 horas, no Nuovo Cinema Aquila (Via L’Aquila, 66 – Roma – Itália). Uma escolha feita pelo ineditismo de conteúdo e pelo seu significado atual: “É uma história que precisava ser contada e que temos a obrigação de tornar conhecida. As causas defendidas por elas nos anos 70 estão vivas e cada vez mais urgentes”, diz o diretor do Festival, o chileno Rodrigo Diaz.
O codiretor Juan Zapata, que acaba de gravar seu novo filme em Veneza, reconhece a admiração dos italianos e latinos: Substantivo Feminino conquista espaços de exibição porque além de ser importante para a causa ambiental, as biografadas lutaram por questões de gênero como a emancipação feminina, algo que o documentário também mostra”. Já a roteirista e codiretora Daniela Sallet tem participado de eventos fechados e se impressiona com as reações do público a um filme inspirador: “Todos se sentem impactados, em princípio por desconhecerem a trajetória da Magda e da Giselda e, claro, pela grandeza das suas realizaçõoes. O público jovem sai das sessões verdadeiramente provocado, entendendo a capacidade do ativismo de fazer transformações”, conclui.