O Instituto Goethe (R. 24 de Outubro, 112) exibe no dia 15 de agosto (quarta-feira), às 19h, o longa-metragem “Grupo de Bagé“, de Zeca Brito (“A Vida Extra-ordinária de Tarso de Castro”). Haverá distribuição de senhas a partir das 18h. A sessão única e gratuita será seguida de debate com o diretor, o jornalista Francisco Dalcol e o historiador Paulo Gomes, com mediação da pesquisadora Maria Amélia Bulhões. O documentário narra a história e o legado do Grupo de Bagé, movimento artístico do RS surgido nos anos 1940, protagonizado pelos pintores e gravadores Glênio Bianchetti, Glauco Rodrigues, Carlos Scliar e Danúbio Gonçalves. A realização é da Anti Filmes e Boulevard Filmes, e está na programação do Canal Curta! (canal 56 da Net/Claro). O diretor também assina o roteiro (junto com Gladimir Aguzzi) e produção, com Letícia Friedrich, Frederico Ruas e Lourenço Sant’Anna.
“A ideia de fazer um filme sobre o movimento artístico é algo que me acompanha há muito tempo. Nasci em Bagé e minha iniciação em artes foi através da gravura. Um filme sobre esses heróis é uma maneira de agradecer pelo caminho que eles abriram para muitos artistas”, acredita Zeca Brito. Para o cineasta, o Grupo de Bagé fez da gravura uma maneira de popularizar a arte, com temáticas realistas e de denúncia social. Um dos temas de destaque do documentário é a apropriação do trabalho do grupo pelo sistema das artes brasileiras, do pampa gaúcho aos palácios de Brasília.
O longa conta com depoimentos de teóricos como Néstor García Canclini e Nicolas Bourriaud, e de artistas plásticos, que incluem Anico Herskovits e Cildo Meireles, entre outros, que investigam a trajetória do grupo. “Partimos de uma recuperação biográfica e histórica do Grupo de Bagé, a contextualização artística, cultural e política da região em que viviam à época”, relembra o diretor. “Buscamos recuperar e compreender os elementos que estabeleceram as condições para que os jovens artistas alcançassem uma identidade estética própria e, cada um a sua maneira, conduzissem os ideais e as características artísticas e políticas do grupo que criaram”, resume Brito.
Sobre o diretor: Radicado em Porto Alegre e natural de Bagé, Zeca Brito (32) roteirizou e dirigiu diversos curta-metragens, com destaque para “Aos Pés” e “O Sabiá”. Estreou em longa-metragem em 2011 com o drama “O Guri”; em 2015 lançou o documentário “Glauco do Brasil” (39ª Mostra de SP). É diretor dos longas “A Vida Extra-Ordinária de Tarso de Castro” e “Em 97 Era Assim” (Melhor Filme do 2º The Best Film Fest/Seattle – EUA), lançados este ano. Dirigiu também o drama histórico “Legalidade” (em pós-produção), com previsão de lançamento para 2019. Brito é o idealizador e diretor do Festival Cinema da Fronteira de Bagé, que chega à sua 10ª edição este ano.
Serviço
Longa “Grupo de Bagé” (2018), de Zeca Brito – 75 min – Livre.
Sessão comentada – Entrada franca.
Onde: Instituto Goethe (R. 24 de Outubro, 112)
Quando: 15/08 (qua), às 19h.
Distribuição de senhas a partir das 18h.
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