Cinema de ensaio é tema do Cine Iberê que acontece neste domingo (26)

No próximo domingo, 26 de agosto, às 16h, o Cine Iberê exibe o documentário Pan-Cinema Permanente, de Carlos Nader. A sessão única e gratuita será comentada pela pesquisadora Gabriela Almeida, que na ocasião vai lançar o livro O Ensaio Fílmico ou o cinema à deriva. O programa de cinema integra as atividades paralelas às exposições Iberê Camargo: formas em movimento e Caixa Preta. A curadoria do Cine Iberê é de Marta Biavaschi.

O documentário Pan-Cinema Permanente é um retrato visceral da obra e da personalidade do poeta baiano Waly Salomão, falecido em 2003. Para Salomão, a vida era um filme de ficção e a poesia uma ferramenta para desmascarar qualquer pretensão naturalista. Essa convicção influenciou profundamente seus amigos artistas, como Antonio Cícero, Caetano Veloso, Adriana Calcanhoto e também o diretor deste documentário, Carlos Nader, que filmou Waly por quase 15 anos. Para assistir ao trailer do filme acesse: https://vimeo.com/18129334

O livro O Ensaio Fílmico ou o cinema à deriva (editora Alameda, 2018) aborda o chamado cinema de ensaio, uma vertente de produção fílmica que vem se popularizando nos últimos 20 anos, derivada do documentário e do ensaio literário. Trata-se do primeiro livro inteiramente dedicado ao tema lançado por um autor brasileiro, o que torna o trabalho pioneiro e reforça sua contribuição aos estudos de cinema no país. O livro teve origem na tese de doutorado de Gabriela Almeida, defendida no Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Informação da UFRGS, e é resultado de quatro anos de pesquisa e escrita.

O diretor Carlos Nader nasceu em São Paulo em 1964. Desde 1992 vem dirigindo vídeos que já foram premiados e exibidos por museus, centros culturais e veiculados nos principais canais de TV do planeta. Mesclando linguagens que vão do documentário clássico à videoarte, Carlos Nader é, acima de tudo, um ensaísta. Entre seus temas principais estão a questão da identidade, a sensação do tempo e a relação do homem com a câmera. Filmografia: A Paixão de JL (2014), Homem Comum (2014), Eduardo Coutinho, 7 de outubro (2013), Chelpa Ferro (2009), Pan-Cinema Permanente (2008) e Preto e Branco (2004).

Gabriela Almeida é Doutora em Comunicação e Informação pela UFRGS, professora e coordenadora adjunta do curso de Jornalismo da ULBRA, onde coordena o projeto de extensão em Cinema e Direitos Humanos Cine Diversidade. Como pesquisadora e docente, atua na área de Comunicação, com ênfase em Audiovisual, e sua pesquisa tem como temas o cinema não-ficcional, o ensaio fílmico e interseções entre cinema e artes visuais.

A Fundação Iberê Camargo tem o patrocínio de Itaú, Grupo GPS, IBM, Oleoplan, Agibank, BTG Pactual, Banrisul e apoio SLC Agrícola, Sulgás e DLL Group, com realização e financiamento do Ministério da Cultura / Governo Federal. Hotel oficial: Ibis Styles Porto Alegre. Serviços de tradução: Traduzca. Patrocinador do projeto Iberê nas Praças: Corsan – Companhia Riograndense de Saneamento.

Exposições em cartaz

Iberê Camargo: formas em movimento

Artista: Iberê Camargo

Curadoria: equipes do Acervo e Programa Educativo
Local: 3º e 4º andares
Período de exibição: de 18 de agosto a 7 de outubro de 2018
Classificação indicativa: Livre

De 18 de agosto a 7 de outubro, a exposição Iberê Camargo: formas em movimento reúne obras do artista e apresenta um recorte panorâmico de sua produção por meio de eixos temáticos que acompanham sua trajetória, desde seus desenhos de criança até as obras mais expressionistas dos anos 1980 e 1990. Organizada pelo Acervo em conjunto com o Programa Educativo da Fundação, a mostra traz cerca de 80 obras – muitas delas expostas na Fundação pela primeira vez – que demonstram a versatilidade e de Iberê e a potência de sua obra. Apoiada em um amplo projeto educativo – que estabelece uma concepção expandida de curadoria, alicerçada em uma dinâmica colaborativa e interativa – a exposição permite que o público dialogue com o espaço expositivo, que será transformado em ateliê. Está prevista uma intensa programação de atividades paralelas, como oficinas, seminários e cursos com diferentes linguagens e diferentes idades e propostas, Serão duas ou mais atividades por dia aos finais de semana, que contemplam crianças, adolescentes, adultos e famílias. Para saber mais, acesse o presskit: https://goo.gl/ek6Q12

Caixa Preta

Artistas: Alfi Vivern | Augusto de Campos e Julio Plaza | Caio Fernando Abreu | Carlos Augusto Lima | Carlos Fajardo | Carlos Zilio | Chelpa Ferro | Daniel Jacoby | Dirnei Prates | Eliseu Visconti | Fabiana Faleiros | Fernando Corona | Eva e Franco Mattes | Frederico Filippi | Gabriela Greeb e Mario Ramiro | Gilberto Perin | Guilherme Peters e Roberto Winter | Iberê Camargo | Jac Leirner | Jeronimus Van Diest | Jordi Burch | José Marchand Assumpção | Kevin Simón Mancera | Letícia Lopes | Manabu Mabe | Marília Garcia | Mauro Restiffe | Nuno Ramos | Oscar Niemeyer | Pedro Motta | Pedro Victor Brandão | Rafael Borges Amaral | Regina Parra | Rodrigo Matheus | Runo Lagomarsino | Telmo Lanes e Rogério Nazari | Waltercio Caldas | Wilfredo Prieto

Curadoria: Bernardo José de Souza, Eduardo Sterzi, Fernanda Brenner e Veronica Stigger
Local: 2º andar
Período de exibição: de 18 de agosto a 14 de outubro de 2018
Classificação indicativa: Livre

Com curadoria de Bernardo José de Souza, Eduardo Sterzi, Fernanda Brenner e Veronica Stigger, a coletiva Caixa Preta apresenta, de 18 de agosto a 14 de outubro, obras de cerca de 40 artistas – entre fotógrafos, poetas, arquitetos, cineastas e artistas visuais – como Augusto de Campos, Júlio Plaza, Carlos Fajardo, Eliseu Visconti, Chelpa Ferro, Iberê Camargo, Manabu Mabe, Mauro Restiffe, Nuno Ramos, Oscar Niemeyer e Waltercio Caldas. Usando como metáfora a caixa-preta dos aviões – que registram importantes informações que antecedem um momento crítico, ao mesmo tempo em que guardam outras informações banais –, a exposição reflete sobre a relação entre arte e mundo, entre algumas obras de arte e o atual momento político do país e do mundo, mas também entre essas obras e o sistema das artes. Dessa forma, a exposição reúne “caixas-pretas” muito singulares, a serem localizadas, abertas, interpretadas e reinterpretadas. Os curadores pesquisaram e investigaram diversas coleções e acervos, públicos, privados e pessoais, na busca por elementos sem visibilidade, de interesse relativo ou simplesmente esquecidos, no intuito de aprofundar questões presentes nas muitas “caixas-pretas” com as quais convivemos, sejam elas de teor histórico, acadêmico ou artístico.

A exposição conta com uma série de atividades paralelas, como o Seminário Sobre acidentes e caixas-pretas do passado, do presente e do futuro, em que historiadores, engenheiros, filósofos e outros especialistas analisam as relações entre arte, política, ciência e história. Para saber mais, acesse o presskit: https://goo.gl/ogHjJq.

Serviço

Cine Iberê

Domingo, 26 de agosto, às 16h – Pan-Cinema Permanente (83 min, Brasil, 2008), de Carlos Nader. Sessão comentada com a pesquisadora Gabriela Almeida + Lançamento do livro O Ensaio Fílmico ou o cinema à deriva, de Gabriela Almeida

Entrada franca por ordem de chegada | Classificação indicativa: 10 anos
Local: Auditório BTG Pactual
Endereço: Fundação Iberê Camargo – Avenida Padre Cacique, 2000

Visitação: sábados e domingos, das 14h às 19h (último acesso às 18h45min). De quarta a domingo, a Fundação Iberê Camargo também atende a grupos agendados. Para fazer um agendamento, basta ligar para o Programa Educativo – 51 3247 8000