CineB entrega troféus hoje com a presença do ator Aílton Graça e de diretores como Kleber Mendonça Filho, de Aquarius, e Tata Amaral, de Trago Comigo

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O CineB, circuito alternativo de cinema que leva gratuitamente filmes brasileiros para comunidades e instituições de ensino da periferia de São Paulo e Osasco e com difícil acesso aos equipamentos culturais, fará no próximo mês sua grande premiação anual. Hoje, dia 13 de dezembro, a partir das 20h, acontecerá a sétima edição do evento, que visa o reconhecimento do trabalho desenvolvido no projeto. São premiados com o Troféu CineB os filmes que integraram o circuito, comunidades e entidades, que receberam o cinema itinerante, entre elas sete paróquias. O evento é fechado para convidados.

O 7º. Prêmio CineB do Cinema Brasileiro será realizado na Sede do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região (Café dos Bancários), à rua São Bento, 413, no Edifício Martinelli e terá como mestre de mestre de cerimônias o ator Aílton Graça (foto à direita). Diversos diretores já confirmaram presença, como Kleber Mendonça Filho, de “Aquarius”; Tata Amaral, de “Trago Comigo”; Cecília Engels, de “Apart Horta”; Leonardo Brant, de “Comer O Quê”; Cacau Rhoden, de “Tarja Branca”, e Victor Lopes, de “Betinho – A Esperança Equilibrista”. Todos são recebidos com pompa e elegância, a começar pelo tapete vermelho logo à entrada.

Entre os filmes premiados nesta edição estão “O Segredo dos Diamantes”, de Helvécio Ratton; “Betinho – A Esperança Equilibrista”, de Victor Lopes; “Tudo o que Aprendemos Juntos”, de Sérgio Machado; “ Chico -Artista Brasileiro”, de Miguel Faria Jr; “Trago Comigo”, de Tata Amaral; “Apart Horta”, de Cecília Engels; “Gonzaga – de Pai para Filho”, de Breno Silveira; “Mãe Só Há Uma”, de Anna Muylaert; “Comer O Quê?”, de Leonardo Brant; “Tarja Branca”, de Cacau Rhoden; “Aquarius”, de Kleber Mendonça Filho; “De Onde Eu Te Vejo”, de Luiz Villaça e “Corda Bamba, de Eduardo Goldenstein”, além de vários curtas-metragens.

Desde 2007, foram realizadas cerca de 450 sessões, exibindo em torno de 100 longas-metragens e 70 curtas-metragens. Mais de 220 comunidades e bairros de São Paulo, Osasco e Região, além de 40 associações já participaram do projeto, que foi assistido por cerca de 54 mil pessoas. Só este ano, foram dez longas-metragens, em 45 sessões, que reuniram cerca de seis mil pessoas. O CineB é realizado pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região e produzido pela Brazucah Produções (http://cineb.spbancarios.com.br).

Para proporcionar uma experiência mais próxima possível de uma sala de cinema, o projeto CineB conta com uma estrutura de exibição itinerante profissional e capaz de chegar a qualquer localidade. A estrutura é formada por telão, projetor, caixas de som, cadeiras, um painel luminoso, cartazes de divulgação, convites e pesquisas de avaliação do projeto. Também conta com um pipoqueiro exclusivo que serve pipoca gratuita em todas as sessões, com saquinhos padronizados e ainda tem sorteio de brindes e camisetas do projeto ao final de cada filme.

O CineB percorre comunidades e realiza exibições em igrejas e associações comunitárias de bairros e também sessões especiais ao ar livre. “Em todas as ocasiões recebemos depoimentos emocionados, de pessoas que nunca haviam assistido a um filme em uma tela grande” conta o coordenador do CineB, Cidálio Vieira Santos.

O projeto incentiva e quer difundir ainda mais a cultura local. Por isso, atrações artísticas de cada comunidade são bem-vindas. Em muitas sessões, antes do início dos filmes, por cerca de 15 minutos se apresentam grupos de dança, música e teatro. “A ideia é aproveitar o espaço e o público para valorizar as iniciativas culturais do próprio bairro. As sessões do CineB já receberam apresentações de balé, dança de rua, grupo de capoeira e música de viola”, conta Cidálio Vieira Santos, acrescentando que o CineB tem ajudado a democratizar o acesso à produção audiovisual nacional, especialmente nas regiões mais carentes.

A programação do CineB além dos filmes brasileiros recentes, tem o privilégio de contar com pré-estreias exclusivas. Ou seja, muitos filmes são exibidos em primeira mão nas comunidades e universidades que participam do projeto, antes de entrar no cinema. Isso porque os diretores e produtores reconhecem a importância do projeto em divulgar e promover o acesso ao cinema brasileiro.

“O projeto permite que a população mais carente tenha acesso a filmes nacionais em espaços comunitários“, diz Juvandia Moreira, presidente do Sindicato dos Bancários. “A premiação do CineB visa reconhecer os produtores dos filmes realizados em nosso país e das comunidades, entidades e universidades envolvidas nas sessões do projeto. Afinal, o filme só vira cinema quando chega até as pessoas”, afirma Cidálio Vieira Santos

Veja aqui a relação dos longas-metragens premiados

O Segredo dos Diamantes, de Helvécio Ratton;
Betinho, A Esperança Equilibrista, de Victor Lopes;
Tudo o que Aprendemos Juntos, de Sérgio Machado;
Chico – Artista Brasileiro, de Miguel Faria Jr;
Trago Comigo, de Tatá Amaral;
Apart Horta, de Cecilia Engels;
Mãe só Há Uma, de Anna Muylaert;
Gonzaga de Pai para Filho, de Breno Silveira;
Comer o Quê, de Leonardo Brant;
Aquarius, de Kleber Mendonça Filho;
Tarja Branca, de Cacau Rhoden;
De Onde Eu Te Vejo, de Luiz Villaça, e
Corda Bamba, de Eduardo Goldenstein.

Veja aqui a relação dos curtas-metragens premiados

Meu amigo Nietzsche, de Fauston Silva;
Grafitti, de Lilian Solá Santiago;
Annoni, de 30 Anos de Marcos, de Thiago Koche;
A Casa do Mestre André, de Leo Sykes;
Grafitti Dança, de Rodrigo Eba;
Bravura, de Leonardo Minozzo;
Matadeira, de Jorge Furtado;
Abraço da Maré, de Victor Ciriaco;
O Muro é o meio, de Eudaldo Monção Jr.;
Dá licença de contar, de Pedro Soffer Serran,
e Do Meu Lado, de Tarcísio lara Puiati.

Este ano, o CineB contou com a parceria do Festival Noia do Cinema Universitário. Por isso, foram premiados também os curtas dessa edição:

Vlado, de Felipe Mucci;
O Silêncio não está morto, Querida Vó Helena, de William Costa Lima;
Verde Chorume, de Roberta Bonoldi;
Muriel; de Vanessa Cavalcante, e
Fio Terra; de Ian Capillé.