Sul21 recomenda O Novíssimo Testamento e Anomalisa

Milton Ribeiro

Aproveite para dar uma boa olhada na programação cultural porque a previsão do tempo indica chuva e calor por uma semana a partir de hoje.

Há vários bons filmes em cartaz: O Novíssimo Testamento, Anomalisa, As Maravilhas, Carol, Boi Neon, Ausência, Spotlight, O Menino e o Mundo e Os Oito Odiados. E, indo ao cinema, livramo-nos do calor porto-alegrense! E, como se não bastasse, há o Porto Verão Alegre.

Apenas na Música e nas Exposições é que a coisa vai mais lentamente.

Todas as semanas, o Sul21 traz indicações de filmes, peças de teatro, exposições e música para seus leitores. Não se trata de uma programação completa, mas de recomendações dos melhores espetáculos que assistimos. O critério é a qualidade. Se você tiver sugestões sobre o formato e conteúdo de nosso guia, por favor, comente. Boa semana!

Cinema – Estreias

O Novíssimo Testamento (*****)
(Le Tout Nouveau Testament), de Jaco van Dormael, Bélgica / França, 2014, 114 min

deneuve
Classificado como comédia, este doce, poético, louco e muito parecido — esteticamente — com Amélie Poulain, filme belga deve ser visto talvez menos como sátira religiosa e mais sobre como tudo deu errado em nosso planeta. O desencanto com a vida é transformado em outra coisa. No filme, Deus está vivo e mora em Bruxelas. Trata-se de um senhor rabugento e malvado. Um dia, sua filha, cansada dos gritos e da repressão paterna, decide fugir, só que antes invade seu computador e envia para e-mails e celulares as datas de morte de todas as pessoas do mundo. E começa toda uma confusão que, na verdade, pouco tem a ver com religião e sim com a finitude da vida e a situação da humanidade. Como curiosidade, avisamos que, dentre os novos apóstolos, está Catherine Deneuve.
https://youtu.be/HUqzQldOhv4
No Guion Center 1, às 14h40, 18h50 e 20h50

Anomalisa (****)
(Anomalisa), de Charlie Kaufman e Duke Johnson, EUA, 2015, 91 min

anoma
Uma animação para adultos. Michael Stone ganhou fama e fortuna com o seu livro de auto-ajuda Como Posso Ajudá-lo a Ajudá-los?. Todavia, ele é um homem melancólico, misantropo e amargurado com a sua própria vida. Quando se desloca ao Connecticut (EUA) para uma palestra, conhece Lisa, uma pessoa muito especial por quem se apaixona profundamente. Em poucos dias os dois vivem uma intensa história de amor e Michael sente-se renascer. Porém, ele é um pai de família respeitado e, mais cedo ou mais tarde, chegará momento de regressar à sua existência de sempre… O filme recria a peça homônima também da autoria de Kaufman (sob o pseudônimo de Francis Fregoli). No filme, podemos ouvir as vozes de David Thewlis, Jennifer Jason Leigh e Tom Noonan.
https://youtu.be/qWboXMRbn2Y
No Guion Center 3, às 18h e 19h40
No Espaço Itaú 8, às 13h30, 15h20, 19h20 e 21h20

Cinema – Em cartaz

As Maravilhas (****)
(Le Meraviglie), de Alice Rohrwacher, Itália-Suíça-Alemanha, 2014, 110min

as maravilhas
A família de Gelsomina vive um cotidiano simples na região da Toscana, na Itália, trabalhando com produção de mel. Composto por uma mãe italiana, um pai alemão e irmãs mais novas, são praticamente a única companhia da adolescente, até que ela começa a descobrir novos interesses com a chegada de Martin, jovem que cumpre programa de reinserção social. Ainda chega à cidade uma equipe de televisão, que filma uma série chamada “Cidade das Maravilhas”, com a atriz Monica Bellucci interpretando a apresentadora. Aclamado pela crítica, o filme semi auto-biográfico foi vencedor do Grande Prêmio do Júri do Festival de Cannes de 2014

Na Sala Paulo Amorim, às 15h e 19h

Carol (****)
(Carol), de Todd Haynes, EUA/Grã-Bretanha, 2015, 118min
carol-image-rooney-mara-cate-blanchett

Ignorado na lista de indicados a melhor filme para o Oscar, Carol, baseado no livro de Patricia Highsmith, tem agradado público e crítica desde que estreou em Cannes. No festival francês, Rooney Mara arrebatou o prêmio de melhor atriz por sua interpretação de Therese Belivet, uma jovem que trabalha como vendedora em uma loja de bonecas em Nova York dos anos 1950. Certo dia, ela conhece a cliente Carol Aird (Cate Blanchett), que vai comprar um presente para sua filha, e muda sua vida. Therese tem um namorado por quem não se interessa muito, e Carol está no meio de um divórcio espinhoso. Considerado um dos melhores romances do ano, o filme se passa pelos olhos de Therese, que se apaixona por Carol, e tem mérito ao retratar uma história de amor lésbica em uma época em que era preciso enfrentar muito preconceito e resistência por parte da sociedade.

No Guion Center 1, às 16h40
No Guion Center 3, às 21h20
No GNC Moinhos 3, às 13h50 e 16h20
No Espaço Itaú 3, às 19h10

Boi Neon (****)
(Boi Neon), de Gabriel Mascaro, Brasil, 2015, 101min

Boi Neon é difícil de descrever. Através de paisagens de um nordeste colorido e sem estereótipos, o diretor pernambucano Gabriel Mascaro conta a história do vaqueiro (Juliano Cazarré) que sonha em ser costureiro, enquanto ele viaja com uma caminhoneira (Maeve Jenkins) e sua filha. Trata-se de um road-movie que quebra estereótipos, mostrando “machos nem tão machões”, uma caminhoneira não masculinizada e uma família não tradicional. Premiado no Festival de Veneza, Boi Neon é mais uma amostra do excelente cinema pernambucano dos tempos atuais.

Na Sala Eduardo Hirtz, às 19h30

Ausência (****)
De Chico Teixeira, Brasil, 2014, 90min

ausencia
Grande vencedor do Festival de Gramado 2015 (Kikitos de melhor filme, roteiro e direção), Ausência narra a história de Serginho, adolescente que vive na periferia de São Paulo e precisa lidar com a falta do pai, a mãe alcóolatra e ajudá-la a cuidar do irmão pequeno. Ele encontra no professor Ney (Irandhir Santos) um referencial e um pouco de atenção e afeto.
https://youtu.be/SmoJh9bwtNY
Na Sala Norberto Lubisco, às 15h

Spotlight — Segredos Revelados (****)
(Spotlight), de Tom McCarthy, EUA, 2015, 128min

spotlight
Este filme se destaca no mar dos blockbusters que começam a aparecer. Em 2001, um escândalo escondido na cidade de Boston começa a ser investigado por uma equipe de jornalistas. Baseado em fatos reais, Spotlight conta a história dos repórteres que denunciaram o grande número de abuso de menores praticado por sacerdotes, com conivência da Igreja Católica e ocultados pelo sistema judiciário da cidade. O filme funciona como uma espécie de ode ao jornalismo, acompanhando os repórteres interpretados por Mark Ruffalo, Rachel McAdams, Michael Keaton, entre outros.
https://youtu.be/I7TYGRwZbE4
No Espaço Itaú 3, às 14h10
No GNC Moinhos 1, às 13h40

As Sufragistas (***)
(Suffragette), de Sarah Gavron, Reino Unido, 2015, 106 min

as-sufragistas
Início do século XX. Apoiadas pelos conceitos iluministas de igualdade e liberdade, as mulheres passam a reivindicar o direito de participação na política e a exigir leis mais justas que as incluíssem nas decisões parlamentares. No Reino Unido, o movimento começou com a fundação da União Nacional pelo Sufrágio Feminino. De modo a expor as leis sexistas e mudar a forma como eram vistas, um grupo de mulheres da classe operária juntam as suas vozes à de Emmeline Pankhurst (Meryl Streep), uma mulher à frente do seu tempo que há muito lutava pelos direitos das mulheres. O filme acompanha a jornada de algumas delas, focado na funcionária de lavanderia Maud Watts (Carey Mulligan), enquanto ela descobre que pode lutar por seus direitos e se junta à luta. Assim, desistindo do protesto pacífico de simples manifestações de rua que nunca as levou a lugar algum, estas mulheres desafiam o Estado e partem para formas de luta cada vez mais radicais, enfrentando tudo para tentar viabilizar direitos e oportunidades iguais. Faz 100 anos e ainda é atual, né?

No Guion Center 2, às 19h
No Guion Center 3, às 16h

O Menino e o Mundo (****)
(O Menino e o Mundo), de Alê Abreu, 2013, Brasil, 85 minutos

20140110menino_mundo_01
O Menino e o Mundo é a história de uma criança procurando pelo pai que a abandonou. E é também a história de uma criança que descobre o mundo e, ao tentar seguir o caminho da música e das cores, encontra um jovem e um velho que carregam as tristezas da desigualdade, da repressão policial e da exploração. A animação brasileira do diretor paulista Alê Abreu não segue fórmulas nem partiu de um roteiro pronto. A partir da trilha sonora original de Gustavo Kurlat e Ruben Feffer, o filme é guiado pelos sons e pela imagem, dispensando diálogos. Sentindo falta do pai, o menino sem nome sai da modesta casa em que mora com a mãe, em busca do trem que o levou embora. Sua melhor recordação é das notas entoadas pela flauta que o pai tocava, e que levou com ele. Seguindo amigos que encontra pelo caminho, o menino é atraído sempre pela música. Começando pela lembrança do pai, ela marca a história e acompanha a jornada, representada também por cores. “Esse filme sempre foi música para mim. Desde o começo sabíamos que não teria intermédio da palavra, nem do roteiro escrito”, explicou Alê. Foi música para nós também, Alê.

No Cinespaço Wallig 6, às 13h30
Na Sala Eduardo Hirtz, às 15h30

Exposições e Artes Plásticas

Memórias e identidade: raízes palestinas
Memorial do Rio Grande do Sul
De terça à sexta, das 10h às 18h; sábados, domingos e feriados, das 12h às 17h

A Embaixatriz da Palestina no Brasil, Nahida Tamimi Alzeben, emprestou 23 vestidos típicos de sua coleção para a exposição que apresenta um pouco da cultura do povo palestino. A mostra conta ainda com trabalhos entalhados em madeira da oliveira, a arte do vidro, as obras de arte em nácar e a arte do bordado em ponto de cruz, que decoram os vestidos das mulheres palestinas, e objetos de decoração como almofadas, espelhos, quadros e outros.

Foto: Foto: Guilherme Santos/Sul21
Foto: Foto: Guilherme Santos/Sul21

Um passo em falso no vazio
Acervo Independente (Rua General Auto, 219)
Abertura: 23 de Janeiro, às 17h
Visitação: 24 de Janeiro de 2016 a 30 de Janeiro de 2016

A exposição é comemorativa de um ano da editora de livros de artistas Azulejo Arte Impressa. Em 2015, com muito apoio e incentivo, lançou sete livros, participou de diversos eventos, incluindo as conhecidas Parada Gráfica, em Porto Alegre, e Tijuana, em São Paulo. Com abertura no sábado (23) e conversa com os artistas na terça (26), a exposição terá duração de uma semana, ocupando as duas galerias térreas do Acervo Independente, localizado em um casarão no centro histórico.
Manu Raupp - Um passo em falso no vazio - Acervo Independente

Paulo Leminsky: Meu coração polaco está de volta
Memorial do Rio Grande do Sul
Até 9/02

O poeta paranaense Paulo Leminski será tema da exposição “Meu coração polaco está de volta”, que aborda a origem e a influência da Polônia na obra do autor. A mostra foi inaugurada juntamente com o lançamento do livro bilíngue de mesmo nome, que reúne 60 poesias de Leminski, selecionadas e traduzidas pelo pesquisador e professor de Letras-Polonês da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Piotr Kilanowski. Paulo Leminski nasceu em Curitiba (PR), em 24 de agosto de 1944. Desde cedo, o autor, dono de uma extensa obra, inventou um jeito próprio de escrever poesia, optando por poemas breves, muitas vezes fazendo trocadilhos ou brincando com ditados populares.
Sua obra exerceu forte influência em todos os movimentos poéticos dos últimos 20 anos.
leminsky

Memória e Identidade: Uma visão africanista
Memorial do Rio Grande do Sul
Até 31/01

A mostra do artista plástico gaúcho Zé Darci retrata a presença negra no Rio Grande do Sul e a busca por igualdade social no Brasil. A exposição é composta de 17 telas pintadas pelo artista pelotense e está incluída na programação do 15º Fórum Social Mundial/2016.

| Foto: Caroline Ferraz/Sul21
| Foto: Caroline Ferraz/Sul21

Vasco Prado – a escultura em traço
No Santander Cultural, na Rua Sete de Setembro, 1028
Ter a sáb, das 10h às 19h / Dom e feriados, das 13h às 19h
Até 28/02

Fica aberta para visitação do publico entre os dias 16 de dezembro e 28 de de fevereiro de 2016, no Santander Cultural, em Porto Alegre, a mostra Vasco Prado – a escultura em traço, com 95 obras, a maioria inéditas. Com curadoria de Paulo Amaral, a exposição traz desenhos e grafismos feitos pelo artista gaúcho em um período de 40 anos. O ano de 2014 marcou o centenário de nascimento de Vasco Prado, natural de Uruguaiana. “Incompreensível que não tenha recebido as devidas homenagens pelo que representou na história das artes do Rio Grande do Sul e do Brasil. Conhecido como escultor, sabemos menos de seu desenho, como, por vezes, recusamos aceitar a evidência de que este é a base da representação do pensamento visual”, afirma Paulo Amaral em seu texto curatorial. O artista, morto em 1998, costumava dizer que esculpia durante o dia e desenhava durante a noite. Inspirado em artistas consagrados, Vasco imprimiu ao seu trabalho características próprias, rapidamente reconhecíveis, denunciando a construção de uma identidade artística em cima de uma percepção muito particular. Símbolos e referências de sua infância, como o campo, os cavalos e o Negrinho do Pastoreio, são rapidamente incorporados por traços inspirados em artistas como Marino Marini e Picasso. (Da Culturíssima)

Foto: Nilton Santolin
Foto: Nilton Santolin

Filmes e Vídeos de Artistas na Coleção Itaú Cultural
Na Fundação Iberê Camargo, Av. Padre Cacique, 2000
De terça a domingo, das 12h às 19h, até 21/2

Obras audiovisuais que exploram e ampliam a linguagem do cinema e do vídeo são o foco da exposição Filmes e Vídeos de Artistas na Coleção Itaú Cultural, que acontece na Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre, de 07 de novembro de 2015 a 21 de fevereiro de 2016. A mostra apresenta um recorte da produção brasileira dos últimos 50 anos. A curadoria de Roberto Moreira S. Cruz traça dois eixos principais: o histórico, que cobre destaques da década de 1970, com obras recuperadas e remasterizadas de artistas como Nelson Leirner, Letícia Parente e Regina Silveira; e o contemporâneo — a nova geração de artistas, incluindo Cao Guimarães, Rivane Neuenschwander, Thiago Rocha Pitta, Eder Santos, entre outros.

Foto: Nilton Santolini, Fundação Iberê Camargo (FIC), Divulgação
Foto: Nilton Santolini, Fundação Iberê Camargo (FIC), Divulgação

Flanando no Paradoxo (Felipe Mollé)
Centro Histórico-Cultural Santa Casa (Independência, 75)
Horário: 9h às 18h (3ª a sábados) / 14h às 18h (domingos e feriados)
Até 26/02

Fruto de um inusitado projeto do fotógrafo Felipe Mollé. A partir das provocações recebidas durante as aulas, Felipe resolveu cruzar alguns corredores que normalmente são evitados pelas pessoas. Intrigado com o fato de que em outros lugares – como Buenos Aires, Paris, Viena, Washington -, abrigam cemitérios que estão incluídos nos roteiros turísticos, ele resolveu se aventurar e fotografar o Cemitério da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre. Fundado em 1850, o Cemitério da Santa Casa é o mais antigo em atividade no Rio Grande do Sul . Considerado um museu a céu aberto, o local guarda lembranças, fatos históricos e um vasto patrimônio artístico esculpido em pedra, mármore, bronze e ferro. O fotógrafo então atravessou os portões e andou por suas alamedas, iniciando uma viagem ao passado e registrando diversas figuras históricas ilustres.
cemiterio

Iberê e Seu Ateliê: as coisas, as pessoas e os lugares
Fundação Iberê Camargo, Av. Padre Cacique, 2000
Das 12h às 19h (de 3ª a domingo) e das 12h às 21h (5ª feiras)
Até 02/04

A Fundação Iberê Camargo (Padre Cacique, 2000) recebe, por um ano, a exposição “Iberê e seu ateliê: as coisas, as pessoas e os lugares”, que traz uma visão mais abrangente sobre o artista. Com entrada gratuita, a visitação acontece das 12h às 21h, nas quintas-feiras, e das 12h às 19h de terça a domingo. A mostra tem como tema a poética de Iberê Camargo, o universo mental e material que concretiza a sua obra. As 146 obras em exposição apresentam os três gêneros trabalhados ao longo de sua carreira – a paisagem, a natureza-morta e a figura humana -, demonstrados em um recorte cronológico, que vai do início, ainda nos anos 40, à consolidação nos anos 60 e à culminação dos anos 70 em diante. O objetivo é possibilitar ao público da Fundação Iberê Camargo uma visão abrangente da obra do artista, por meio de uma mostra linear buscando uma visão do todo de sua carreira. A base para a organização da exposição está fundada em três eixos: a poética, isto é, o universo mental e material de concretização da obra, o temperamento do artista, não o do homem, pois prescindiremos da biografia e, finalmente, a execução, isto é, os caminhos trilhados em busca dos resultados.
ibere

Música

Banda Maria Bonita apresenta forró, samba e salsa
No InSano Pub. Lima e Silva, 604
Nesta sexta-feira, a partir das 21h

Os ritmos regionais dão o tom da noite, com a Maria Bonita executando poeticamente os ritmos gostosos e harmoniosos do nordeste, fazendo um show com muito xote, forró, baião, releituras de clássicos de Alceu Valença, Dominguinhos, Bob Marley, Paralamas, etc., além de muitas composições próprias e forrós bem pegados para lustrar a fivela.
insano

Teatro

Se meu ponto G falasse
Apresentações: 29, 30 e 31 de janeiro
Local: Centro Histórico-Cultural Santa Casa (Independência, 75)

Uma das comédias de maior sucesso do teatro gaúcho completa 18 anos de estrada em 2015. De volta a capital, um dos mais aplaudidos espetáculos de humor do Rio Grande do Sul, “Se Meu Ponto G Falasse”, peça que conta a vida de duas amigas repletas de problemas, desde problemas no trabalho, até problemas com sexo. A história é contada em quatro fases, das quais são nomeadas: “Fase Cinderela”, “Fase Bruxa”, “Fase Loba” e “Fase Profissional” e se passa em diversos ambientes, garantindo uma identificação do público com cenas que fazem parte do cotidiano tanto das mulheres, quanto dos homens.

Foto: Emilio Speck / Divulgação
Foto: Emilio Speck / Divulgação

Bukowski – Histórias da Vida Subterrânea
Teatro de Arena (Borges de Medeiros, 835)
Até 31/01

O espetáculo traz recortes da vida e da obra do escritor Charles Bukowski (1920 – 1994). A cena é construída de forma fragmentada e não linear, buscando enfatizar fatos importantes na vida do escritor. A peça revela de forma teatral aspectos presentes no seu cotidiano, como seus 14 anos de trabalho ininterrupto nos correios de Los Angeles e sua relação com sua primeira mulher; sua infância e relação com seus pais; leituras que realizava em universidades e sua relação com as mulheres. Além disso, são mostradas várias facetas do autor, revelando Bukowski a partir da revisitação aos seus poemas que tratam de temas existenciais do ser humano.
Foto: Izabelle Keenan