Sul21 recomenda o chileno ‘Neruda’, o romeno ‘Sieranevada’ e ‘Sully’, de Clint Eastwood

Milton Ribeiro

Três bons filmes estreiam. Nossa preferência vai para Sieranevada, mas você terá que dispor de três horas para ver o maravilhoso filme de Cristi Puiu. Mais curto é Neruda, que conta uma história fantasiosa com base muito real, a perseguição a Pablo Neruda após a colocação do Partido Comunista na ilegalidade no Chile dos anos 40. Ainda mais curto e tenso é Sully, sobre o piloto que foi obrigado a pousar no Rio Hudson. É filme de Clint Eastwood, o que é garantia de estilo e de uma construção elaborada de personagens.

Mas há muito mais em nosso Recomenda.

Este pequeno Guia é um resumo. Não se trata de uma programação completa, mas de recomendações dos melhores espetáculos que assistimos. O critério é a qualidade. Se você tiver sugestões sobre o formato e conteúdo de nosso guia, por favor, comente. Boa semana!

De segunda a sexta, atualizamos nosso Guia21 com a programação do que acontece em POA.

Cinema – Estreias

Neruda (****)
(Neruda), de Pablo Larraín, Chile/Argentina/França/Espanha, 2016, 108 min

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O filme aborda um episódio específico da vida de Pablo Neruda (1904-1973): sua fuga, perseguido pelo presidente Gabriel González Videla, que colocou o Partido Comunista na ilegalidade e mandou prender seus militantes. Entre eles estava Neruda, que se elegera senador pelo PC em 1946. A história se passa em 1948 e o que vemos é o poeta empreendendo sua retirada pelo interior do país para escapar aos homens e Videla. Tenta primeiro sair por mar, seguindo um plano traçado pelo Partido Comunista. Não dá certo e então Neruda vê-se obrigado a atravessar a Cordilheira dos Andes para chegar à Argentina e, de lá, exilar-se na Europa. A inovação de Larraín, em termos de construção da arquitetura dramática, é a atenção concedida ao policial encarregado da perseguição a Neruda, Oscar Peluchonneau, vivido pelo mexicano Gael García Bernal. Representante do Chile no Oscar 2017.

No Espaço Itaú 1, às 16h, 18h, 20h e 22h
No GNC Moinhos 1, às 20h
No GNC Moinhos 4, às 15h30, 17h35 e 21h50
No Guion Center 1, às 14h15, 16h15, 18h15 e 20h15

Sieranevada (*****)
de Cristi Puiu, Romênia/França/Bósnia/Croácia/Macedônia, 2016, 173 min

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Outro candidato a melhor filme estrangeiro no Oscar 2017. Lary (Mimi Branescu) vai com a esposa à casa da família, para a comemoração de um ano desde a morte do pai. Lá eles encontram outros familiares, das mais diversas gerações. Todos aguardam a chegada de um padre da Igreja Ortodoxa para realizar uma oração e benzer a casa. Enquanto esperam, as conversas paralelas revelam desde banalidades da vida cotidiana até conflitos entre alguns integrantes. Com quase três horas de duração e sem um clímax propriamente dito, Sieranevada é na verdade um grande exercício de narrativa, anunciado logo em suas primeiras sequências. Basta reparar na cena antes e imediatamente após os créditos iniciais, que trazem o contraponto entre a contemplação do momento, com uma câmera que jamais sai do lugar, e a explosão dos diálogos exaltados, em uma discussão acalorada dentro do carro. O filme é todo assim, alternando calmarias e rompantes.

No Espaço Itaú 7, às 16h10
No Guion Center 2, às 20h

Sully – O Herói do Rio Hudson (****)
(Sully), de Clint Eastwood, EUA, 2016, 96 min

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15 de janeiro de 2009. Logo após decolar do aeroporto de LaGuardia, em Nova York, uma revoada de pássaros atinge as turbinas do avião pilotado por Chesley “Sully” Sullenberger (Tom Hanks). Com o avião seriamente danificado, Sully não vê outra alternativa senão fazer um pouso forçado em pleno rio Hudson. A iniciativa é bem sucedida, com todos os 150 passageiros a bordo sendo salvos. Tal situação logo transforma Sully em um grande herói nacional, o que não o isenta de enfrentar um rigoroso julgamento interno coordenado pela agência de regulação aérea nos Estados Unidos.

CÓPIAS DUBLADAS
No Cineflix Total 3, às 17h20, 19h30 e 21h50
No Cinespaço Wallig 3, às 13h30, 15h30 e 19h30
No Cinemark Barra 3, às 13h10
No Cinemark Ipiranga 7, às 12h40 e 18h
No GNC Iguatemi 2, às 13h20, 18h e 20h
No GNC Moinhos 2, às 13h40, 15h45, 17h45, 19h50 e 22h
No GNC Praia de Belas 4, às 13h50, 15h50, 20h e 22h10
CÓPIAS LEGENDADAS
No Cinespaço Wallig 3, ás 17h30 e 21h30
No Cinemark Barra 3, ás 15h30, 18h20 e 20h45
No Cinemark Ipiranga 7, às 15h20 e 20h50
No Espaço Itaú 7, às 14h, 19h20 21h20

Cinema – Em cartaz

É apenas o fim do mundo (***)
(Juste la Fin du Monde), de Xavier Dolan, Canadá / França, 2016, 99 min

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Após 12 anos distante, um escritor retorna a sua cidade natal para contar à família sobre sua morte iminente. Mas o ressentimento logo altera seus planos, dando lugar a rixas que alimentaram e ainda alimentam solidão e dúvidas, enquanto todas as suas tentativas de empatia são sabotadas pela incapacidade das pessoas em ouvir. A dinâmica familiar aos poucos vai se revelando tão desconfortável que Louis não consegue revelar o real motivo de sua visita. Grande Prêmio do Juri no Festival de Cannes 2016, É apenas o fim do mundo é o retrato incômodo de uma família.

No Guion Center 3, às 14h20

Sangue do Meu Sangue (****)
(Sangue Del Mio Sangue), de Marco Belocchio, Itália / França / Suíça, 2015, 107 min

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Sangue do Meu Sangue conta a história de Federico, um homem que acaba sendo seduzido pela freira Benedetta, que já havia tido relações com Fabrizio, o gêmeo do jovem e padre de um convento da cidade de Bobbio. Por ter desvirtuado o pároco, a freira é presa no local, que é transformado em uma cadeia. O passado se transforma em presente e o convento/prisão é visitado, nos tempos atuais, por dois homens que querem comprar a propriedade, que parece estar abandonada. No entanto, eles descobrem que o local pertence ao “Conde”, um sujeito misterioso que anda sozinho pela cidade durante a noite e que tem ligações com a corrupção.

No Guion Center 2, às 16h20
Na Sala Paulo Amorim, 15h, 19h

Animais Fantásticos e Onde Habitam (****)
(Fantastic Beasts and Where to Find Them), de David Yates, EUA, Reino Unido, 2016, 133 min

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Em 1926, Newt é um magizoologista, pessoa que cuida de animais com alguns poderes (rapimônio, occami, seminviso, gira-gira). Ele acaba de chegar a Nova York, com sua maleta repleta de criaturas, uma delas foge. Ele troca, sem querer, sua mala com a de um operário, Jacob, que quer ser padeiro. Agora ele precisa capturar os animais que estão fugindo da mala. Tina Goldstein é funcionária do Congresso Mágico dos Estados Unidos da América, e está investigando Newt, que é suspeito de contrabandear animais perigosos. Logo percebendo a confusão em que Newt se meteu, irá ajudá-lo a desfazer o mal entendido, junto com Jacob e sua irmã Queenie, que tem o poder de ler mentes. Só isso bastava, mas ainda tem a história mais densa: o jovem Credence, com uma mãe dominadora e fanática, quer a destruição dos bruxos. (Adaptado do Cinema Detalhado).

CÓPIAS 3D LEGENDADAS
Cinemark Barra 7, 15h45, 19h, 22h15
GNC Praia de Belas 2, ás 21h50
CÓPIAS DUBLADAS
CineVictória 1, 15h15, 19h
Cinespaço Wallig 1, às 14h30, 16h30
Cinemark Ipiranga 8, às 16h
GNC Praia de Belas 5, às 13h40
CÓPIAS LEGENDADAS
No Cinespaço Wallig 1, às 21h
Cinemark Ipiranga 8, 18h50, 22h
Espaço Itaú 6, às 14h, 19h, 21h30
GNC Iguatemi 2, 15h20
GNC Iguatemi 3, 21h30

Aquarius (*****)
de Kleber Mendonça Filho, Brasil, 2016, 145 min

Aquarius
Kleber Mendonça Filho já marcara seu nome no cinema brasileiro com o extraordinário O Som ao Redor. Em vez de apenas colher a glória de seu grande filme, bisou o feito, realizando outro também notável. Clara (Sonia Braga) tem 65 anos, é jornalista aposentada, viúva e mãe de três adultos. Ela mora em um apartamento localizado na Av. Boa Viagem, no Recife, onde criou seus filhos e viveu boa parte de sua vida. Interessada em construir um novo prédio no espaço, os responsáveis por uma construtora conseguiram adquirir todos os apartamentos do prédio, menos o dela. Por mais que tenha deixado bem claro que não pretende vendê-lo, Clara sofre todo tipo de assédio e ameaças para que mude de ideia. Uma história lotada de Brasil.

Na Sala Norberto Lubisco, 16h

Exposições e Artes Plásticas

Exposição 19º Edital de Incentivo à Produção Chico Lisboa 2016
De 17/12 a 29 de janeiro de 2017 – Terça a domingo, das 10h às 19h
No MARGS – Praça da Alfândega, s/n – Centro Histórico – Porto Alegre/RS

O edital resgata a trajetória iniciada em 1938, desde a fundação da entidade, quando foi realizado o seu 1º Salão de Artes, até o 18º Salão de Arte Contemporânea da Associação Francisco Lisboa, em 1995, com o objetivo de fomentar a criação, a produção e a difusão das artes visuais. O salão ressurge neste ano sob um novo nome, “Edital de Incentivo à Produção”, indicando o compromisso da Associação Chico Lisboa em posicionar-se de forma aberta, atenta e receptiva ao que os artistas contemporâneos vêm propondo em nome da arte no século 21. Com a retomada de seu salão bienal, a Associação Chico Lisboa declara-se à escuta da produção artística que emerge no cenário brasileiro, acolhendo-a e incentivando-a em sua pluralidade e, ao mesmo tempo, recolocando-se, como importante instituição mediadora do encontro entre arte e público. Nesta exposição, obras procedentes de diferentes estados brasileiros reúnem-se em uma constelação de recursos poéticos: gestos, traços, objetos, manchas, grafismos, vídeos, grafados, modelados e construções traduzem com leveza o pluralismo característico da arte contemporânea que se vai naturalizando no novo século. A Comissão de Seleção e Premiação – formada por Ana Zavadil, Marga Pasquali e Maria Helena Bernardes – selecionou obras de 34 artistas visuais dentre mais de 200 inscritos de todo o Brasil. A exposição, que abarca uma ampla diversidade de temas e de linguagens, será inaugurada no dia 16 de dezembro às 18h30min e ficará aberta à visitação no período de 17 de dezembro de 2016 a 29 de janeiro de 2017, de terças a domingos, das 10h às 19h. Artistas: Antônio Augusto Bueno, Bianca Santini, Carine Krummenauer, Carla Meurer Magalhães, Carmem Salazar, Clara Figueira, Daiana Schröpel, Daiane Ferrari, Dirnei Prates, Eneida Ströher, Esther Bianco, Felipe Caldas, Fernanda Soares, Francis Silva, Gabriel Carpes, Isabella de Mendonça, Manoela Cavalinho, Michelle Van Dyke, Neide C Pinto, Nelton Pellenz, Rafael Muniz, Ricardo de Abreu Neves, Rita da Rosa, Roberto Müller, Rogerio Livi, Sabrina Hemmi, Samy Sfoggia, Selir Straliotto, Soraya Girotto, Suzane Wonghon, Thais Galbiati, Verlu Macke, Willian Santos e Wischral.

Carine Krummenauer
Carine Krummenauer

O vazio é um Espelho — Exposição individual de Carine Wallauer
Galeria Lunara, Av. Pres. João Goulart, 551 – 5º andar – Usina do Gasômetro
1º de dezembro de 2016 a 8 de janeiro de 2017, de terças a domingos, entre 9h e 21h

A Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia da Secretaria da Cultura de Porto Alegre realiza sua última exposição de 2016 a partir de 1º de dezembro, na Galeria Lunara da Usina do Gasômetro (5º andar): O Vazio é um Espelho, individual de Carine Wallauer, artista gaúcha radicada em São Paulo que vem se destacando como um dos talentos emergentes da nova fotografia brasileira. O Vazio é um Espelho é uma exposição feita a partir do fotolivro de mesmo nome, lançado em conjunto com a Azulejo Arte Impressa no final de 2015. A publicação circulou por importantes festivais e feiras em diferentes países, e teve lançamentos na Feira Plana, na SP Arte e na Paris Photo. Segundo Carine Wallauer, trata-se de um trabalho extremamente pessoal, que reflete um momento particular da trajetória da artista: “Nem sempre a gente entende o que sente. Nem sempre a gente sabe demonstrar. Precisei da alma da Thaiani Wagner – modelo irmã – e do coração da Raquel Chamis – poeta irmã – para expressar isso tudo que fui em um determinado momento e que permanece aqui, em ondas suaves”. O texto abaixo resume o estado de espírito que levou a artista a criar as imagens reunidas na exposição O Vazio é um Espelho: “Aquele peso está sobre teus ombros. Acompanha a procissão solitária que passa pela praia sem ser ouvida. O mundo se move para curar as fissuras – te traz ao contravento; banha com sal as primeiras dores. Ontem mesmo o farol girava e cada vez o escuro era maior: pedi por noite. Aquele peso está entre as minhas mãos. Toco teu rosto e sinto que posso aos poucos retornar”.

Carine Wallauer
Carine Wallauer

Exposição Espaço-Tempo / Berlin-Brasil
Sala O Retrato, no Centro Cultural Érico Veríssimo (Rua dos Andradas, 1223), com entrada gratuita
De 22 de novembro a 17 de dezembro (Terças a sextas, das 10h às 19h. Sábados, das 11h às 18)

Traduzir em imagens a carga emocional resultado das modificações que o tempo imprime nos corpos e nos objetos é o objetivo das fotógrafas gaúchas Mirian Helfenstein e Lucien Corseuil, em um trabalho que poderá ser conferido no Centro Cultural Érico Veríssimo, na Capital, de 22 de novembro a 17 de dezembro. Com o nome “Exposição Espaço-Tempo / Berlin-Brasil”, a mostra reúne 20 fotografias marcantes, captadas na Alemanha e no Brasil, em locações que hoje resumem-se a lembranças e ruínas. O primeiro ensaio foi realizado em 2014, no hospital Beelitz-Heilstätten, em Berlim, desativado há quase 20 anos. Com figurino e direção de Mirian e Lucien, a modelo trans Sanni Est passeia pelo complexo de saúde abandonado, traduzindo a decadência de um prédio que já serviu de cenário para filmes como O Pianista e Operação Valkíria. Construído no final do século XIX para o tratamento da tuberculose e transformado em hospital militar durante a Primeira Guerra Mundial. Em um segundo momento, a parceria com a atriz Graziela Gallichio resultou em belas imagens do Hospital Colônia Itapuã, em Viamão, instituição criada na década de 40 e que se tornou uma verdadeira cidade voltada ao confinamento dos leprosos. Dos prédios que abrigaram até cerca de 1.500 pessoas, ficaram a memória de um mundo à parte, com sua história lembrada por alguns moradores remanescentes. “Essa conexão entre os dois países foi possível porque os lugares traduzem a nossa ideia sobre a passagem do tempo, que marcam as nossas vidas das mais diferentes formas e que insistem em nos repetir: tudo muda, o tempo todo”, afirmam as fotógrafas.
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Rafael Muniz expõe “Corpos” na UFCSPA
No Espaço de Artes da UFCSPA, Rua Sarmento Leite, 245
Até o dia 17 de dezembro, de segunda à sexta-feira, das 9h às 20h e aos sábados, das 9h às 11h30

A exposição faz parte de um trabalho desenvolvido por Rafael Muniz, desde 2013, no qual ele cria corpos a partir de outros corpos e mostra a relação de desejo entre eles — seja o desejo como caminho e percurso, seja o desejo de erotizar em diálogo entre o desenho e a pintura. Os desenhos foram feitos originalmente em um livro e, depois pontos de emergência deram a continuidade ao trabalho em outros suportes. Na tela e no papel, Muniz busca a composição do espaço em branco como potência para este corpo, que se torna um corpo suporte e um corpo desenhante.
A partir desses processos, desenvolve a pesquisa com a criação de corpos erotizados com intercessores da anatomia humana. O artista explica que, etimologicamente, as palavras desenhar, designar e desejo possuem uma raiz semelhante: percurso e caminho. Como prática, assume a metodologia cartográfica deleuze-guattariana, originando corpos a partir dos disparos que a própria linha sugere, cartografando e registrando o processo criativo. “A construção se dá da mesma forma que o ato sexual: olhamos, analisamos, despimos, tocamos. Tiramos as camadas de pele. “Somos compostos alquímicos de desejos libidinosos, sede de ventres e profusão locomotiva na construção de linhas, de um corpo que deseja e de um corpo desejante em mistura, de seres andróginos e amalgamados”, revela. Muniz cursa bacharelado em Artes Visuais no Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, é bolsista de extensão do Projeto Tinta Fresca e Estudos do Corpo/FACED/UFRGS e integrante do Núcleo de Arte Impressa (IA/UFRGS).
rafael-muniz

Música

Show Mar Morto, com o Marmota Jazz, no StudioClio
Dia 16 de dezembro de 2016, sexta-feira, às 21
R. José do Patrocínio, 698

440m abaixo do nível do mar está a maior depressão do planeta Terra, o Mar Morto. Águas de alta salinidade, em que tudo flutua, e cenário de luz e cor intensas, deserto e mar, profundezas do mundo. 440 hz, altura da nota lá, com que se inicia este show exclusivo do Marmota Jazz, também celebrando 1 ano do CD Prospecto. Último show do ano em Porto Alegre, deste quarteto já célebre, com Leo Bittencourt ao piano, Pedro Moser, guitarra, André Mendonça, baixo, e Bruno Braga, bateria, com participação especial de Ronaldo Pereira, sax. Iconofone de Chico Marshall.
mar-morto

Concerto da Ospa “Natal na Praça” – Série Theatro São Pedro
Encerramento da Temporada 2016 em Porto Alegre
18 de dezembro de 2016, domingo, às 18h

O concerto inicia com uma homenagem à música lírica. Serão executadas as Aberturas de “O Barbeiro de Sevilha”, de Gioachino Rossini (1792-1868), e de “La Forza Del Destino”, de Giuseppe Verdi (1813-1901) – dois nomes referenciais da ópera italiana. A soprano Cynthia Barcelos, que tem no currículo o aclamado Prêmio de Canto Aldo Baldin, participará da interpretação de “Vilja-Lied”, ária da opereta que notabilizou o compositor húngaro Franz Lehár (1870-1948): “A Viúva Alegre”. A cantora também fará os solos de “Laudate Dominum”, parte do trabalho sacro “Vesperae solennes de confessore, K. 339” de Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791). Três obras marcadas por ritmos latinos ganharão destaque na segunda parte, a começar pela “Dança Brasileira nº 1”, a primeira dança do tríptico que Camargo Guarnieri (1907-1993) compôs explorando melodias populares do Brasil. Em seguida, o “Libertango” de Astor Piazzolla (1921-1992), que simboliza a transição do tango clássico para o “Tango Nuevo”, inspirará um clima portenho. O “Danzon nº 2”de Arturo Márquez (1950-), baseado na dança tradicional cubana que se tornou popular no México, também está na lista. Como não poderia deixar de ser nesta época do ano, a orquestra finaliza as atividades com o tradicional “Gloria”, em um arranjo de Alexandre Ostrovski Jr. e com solos de Cynthia Barcelos. O Coro Sinfônico da Ospa participa ainda da execução de “Holy Night” de Adolph Adams (1803 -1856) (Arranjo de Roberto Tibiriçá), acompanhado da soprano solista Elisa Lopes, e de “Hallelujah”, parte do oratório Messiah de Georg Friedrich Handel (1685-1759).

Foto: Marília Lima
Foto: Marília Lima

Temporada de “Bom pra Cachorro”:
Dias 17 e 18 de dezembro em duas sessões, 16h e 18h
Theatro do Abelardo (Vila Flores – Rua Hoffmann, 447

Neste sábado e domingo acontecem as últimas apresentações deste ano do espetáculo “Bom pra Cachorro”, no “Theatro do Abelardo”, o novo espaço multiuso do Vila Flores (Rua Hoffmann, 447 – Bairro Floresta). A peça, da Cia Caixa do Elefante, é inspirada nos esquetes cômicos dos circos-teatro. A montagem é uma livre adaptação das obras “Os bons vizinhos”, “O invento maravilhoso” e “O trapaceiro enganado”. Diego Kurtz e Mário de Ballentti são os atores que manipulam os bonecos e a trilha sonora é composta por Arthur de Faria. A peça une o teatro e a linguagem dos bonecos de luva, técnica tradicional do grupo desde sua fundação. No texto, referências aos autores de sua primeira montagem teatral celebrando os 25 anos do Abelardo – o encantador cachorro ator – que é mestre de cerimônias desta nova aventura. O espetáculo é bom pra cachorro, e pra gente também! Traga toda a família e venha se divertir! Ingressos: R$ 30 (inteira), R$ 15,00 (crianças, idosos, professores, classe artística e estudantes)- Ingressos à venda no local uma hora antes dos espetáculos e reservas podem ser feitas através do e-mail: caixadoelefante@gmail.com.

foto Fabricio Simões
foto Fabricio Simões