Sul21 recomenda ‘Cinema Novo’, ‘Snowden — Herói ou Traidor’, Zoravia Bettiol e muito mais

Milton Ribeiro

Mais uma semana com interessantes estreias na cidade. Cinema Novo é um documentário sobre o… Cinema Novo, movimento que revolucionou a filmografia brasileira. O diretor do filme é Eryk Rocha, filho de Glauber. Snowden — Herói ou Traidor quebra a sequência de maus filmes de Oliver Stone ao tratar do rumoroso caso de denúncias promovidas por Edward Snowden. para os admiradores do cinema de Richard Linklater (Boyhood), temos a estreia de Jovens, Loucos e mais Rebeldes.

Na área das artes plásticas, temos a abertura da obrigatória exposição de Zoravia Bettiol no Margs. Mas há muito mais.

Este pequeno Guia é um resumo. Não se trata de uma programação completa, mas de recomendações dos melhores espetáculos que assistimos. O critério é a qualidade. Se você tiver sugestões sobre o formato e conteúdo de nosso guia, por favor, comente. Boa semana!

De segunda a sexta, atualizamos nosso Guia21 com a programação do que acontece em POA.

Cinema – Estreias

Cinema Novo (*****)
(Cinema Novo), de Eryk Rocha, Brasil, 2016, 90 min

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Um ensaio poético, um olhar aprofundado e um retrato íntimo sobre o Cinema Novo, movimento cinematográfico brasileiro que colocou o Brasil no mapa do cinema mundial, lançou grandes diretores (como Glauber Rocha, Nelson Pereira dos Santos e Cacá Diegues) e criou uma estética única, essencial e visceral que mudou a história do cinema e a história do Brasil para sempre. Este documentário, vencedor do prêmio Olho de Ouro este ano em Cannes, mostra de maneira orgulhosa e apaixonada, a criação do novo ideal no cinema de realismo brasileiro pelos olhos de uma de suas crias, Eryk Rocha, filho de Glauber Rocha. Em primeira pessoa, o filme destaca o movimento de dentro pra fora. E com falas pinçadas de autores e realizadores tenta explicar os por quês dessa vontade de retratar regionalidade e situações atuais, cheios de questionamentos e com uma voz que pulsava para ser ouvida, um verdadeiro manifesto transcendental que se desvinculava da alienação cinematográfica e mudava para uma narrativa popular, mais inteligente, consciente e menos comercial.

No CineBancários, às 15h, 17h e 19h
No Guion Center 3, às 21h20

Snowden — Herói ou Traidor (****)
(Snowden), de Oliver Stone, EUA, 2016, 135 min

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O exílio de Oliver Stone no limbo da irrelevância parece ter terminado com Snowden – Herói ou Traidor. O drama não é apenas o trabalho mais engajado do diretor desde Nixon (1996) – é também o filme político mais importante e aparentemente transparente de um cineasta norte-americano em anos. O filme conta a história de Edward Snowden, um contratado da NSA (a agência de segurança nacional dos EUA, focada em funções de interceptação e criptoanálise). Ele a denuncia e foge da agência após vazar documentos que revelam até que ponto a vigilância americana se estende no mundo de hoje. Stone faz um filme que pede ao público para que escolha um dos lados no que compete a questão da vigilância americana através da tecnologia, enquanto mostra o outro lado, o de Snowden, muito bem interpretado por Joseph Gordon-Levitt. Se você levar em conta tudo o que viu na mídia normal, pode pensar que já sabe tudo sobre essa história. Talvez tenha até decidido, tempos atrás, que Snowden é um traidor ou que foi muito longe ao revelar documentos e segredos da agência que jurou defender. Pró-Snowden ou anti-Snowden, não importa o lado que você escolheu, o filme de Stone irá aprofundar suas respostas às ações do personagem. (Da Quadro por Quadro)

No Cinemark Barra 1, às 18h e 21h15
No Espaço Itaú 5, às 13h30, 16h10, 18h50 e 21h15
No GNC Iguatemi 6, às 13h40, 16h20, 19h10 e 21h30
No GNC Moinhos 3, às 13h30, 16h10, 18h50 e 21h30
No GNC Praia de Belas 3, às 13h40, 16h20, 19h10 e 21h50

Jovens, Loucos e mais Rebeldes (***)
(Everybody wants some II), de Richard Linklater, EUA, 2015, 117 min

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Em Jovens, Loucos e Mais Rebeldes, de Richard Linklater (Boyhood, trilogia Antes do Amanhecer Antes do Pôr-do-Sol Antes da Meia-Noite) acompanhamos um grupo de jogadores de beisebol da faculdade nos três dias que antecedem o início das aulas. Ali conheceremos rapazes que querem se dar bem no jogo e, principalmente, no amor. Jake é o calouro que acaba de chegar à equipe e, rapidamente, vai saber como lidar com aquele mundo de novos amigos. Jovens, Loucos e Mais Rebeldes é um estudo de geração. Poucas são as cenas onde os personagens estão sozinhos. Sempre observamos o comportamento do grupo em festas, treinamentos ou em casa. O filme confia que iremos embarcar naquelas loucuras juvenis e explora isso ao máximo. Não há conflitos a serem solucionados. A história é simplesmente o que eles fazem nesses 3 dias, o que pode deixar o filme desinteressante para aqueles que não se interessam pelos personagens e este é um risco que Linklater parece gostar de correr.

No Guion Center 3, às 15h20 e 19h15

Cinema – Em cartaz

13 Minutos (****)
(Elser), de Oliver Hirschbiegel, Alemanha, 2015, 114 min

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13 Minutos é um excelente filme alemão de 2015 dirigido por Oliver Hirschbiegel que conta a história real da tentativa frustrada de Georg Elser de assassinar Adolf Hitler em novembro de 1939. O título do filme é extraído do fato de que a bomba colocada por Elser detonou em um local que o Fuhrer tinha deixado apenas 13 minutos antes. O filme marca não só o retorno de Hirschbiegel a seu país natal como também ao tema do nazismo, mas desta vez Hitler é mero coadjuvante. (Hirschbiegel é autor de A Queda, que tantas paródias gerou na internet. Lembram da cena de Hitler gritando com um mapa na mão, expulsando assessores? Pois é.) O foco, agora, é sobre o autor de um atentado ocorrido em 1939. Foi arquitetado por Georg Elser, um sujeito comum que planejou tudo sozinho e que por muito pouco não matou Hitler e toda a alta cúpula nazista.

No Cinespaço Wallig 7, às 16h30
No Guion Center 2, às 18h40

Canção da Volta (****)
de Gustavo Rosa de Moura, Brasil, 2016, 92 min

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Mais um ótimo filme brasileiro deste ano. Em Canção da Volta, conhecemos o dia-a-dia de Julia (Marina Person) e Eduardo (João Miguel) –- um longo casamento regido pelo ciúme e pela sombra de uma tentativa de suicídio que contamina tudo, inclusive a rotina dos filhos do casal, Lucas (Francisco Miguez) e a pequena Maria (Stella Hodge). No anseio de entender e acalmar a esposa, Eduardo não percebe que tal busca por controle tem grandes chances de se transformar em obsessão. “Canção da Volta surgiu de uma inquietação que tenho já há muito tempo com relação à enorme complexidade que está por trás da maioria das relações amorosas, sobretudo as mais longas e intensas”, conta o diretor Gustavo Rosa de Moura.

No Espaço Itaú 8, às 18h30

Indignação (****)
(Indignation), de James Schamus, EUA, 2016, 110 min

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Baseado no livro homônimo de Philip Roth, o longa conta a história de Marcus Messner (Logan Lerman), um jovem estudante judeu que ganha uma bolsa de estudos em uma universidade de Ohio em 1951, evitando que ele fosse convocado para a Guerra da Coreia. Ao chegar lá, o estudioso Marcus se vê em conflito: por estar focado na sua formação, não quer socializar com outros estudantes, mas acaba criando uma paixão pela bela Olivia Hutton (Sarah Gadon); ao mesmo tempo em que bate de frente com os ideais do reitor da universidade, Dean Caudwell (Tracy Letts). Já de posse dos direitos do romance Indignação , o diretor Schamus escreveu um roteiro e, antes de começar a filmar, cometeu o que chamou de “idiotice”. Enviou o texto para Roth, atrás de aprovação. Roth, porém, recusou-se a ler a fim de lhe dar plena liberdade.

No Espaço Itaú 1, às 19h20 e 21h40
No GNC Moinhos 3, às 14h

Kóblic (*****)
de Sebastián Borensztein, Argentina / Espanha, 2016, 115 min

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Ambientado na última ditadura militar que ocorreu na Argentina (de 1976 a 1983), o filme conta a história de um capitão do exército que foi parte dos “voos da morte”, quando lançavam pessoas consideradas subversivas no Río de la Plata. O militar se converte em fugitivo e chega a um pequeno povoado. A história é muito bem contada pelo diretor Borensztein, de Um Conto Chinês. O ano é de 1977 e Kóblic (Ricardo Darín), um exímio piloto, está no interior da Argentina fugindo do próprio posto. Após rejeitar uma ordem vinda de um superior, é ameaçado e vê-se obrigado a se refugiar num pequeno vilarejo. Porém, se o país vive uma ditadura que persegue e elimina pessoas nas ruas da capital, no interior há um próprio regime de controle que não vê com bons olhos a presença do estranho. Com violência explícita ou não, o filme tenta constrói uma história protagonizada por um homem que se esforça manter-se fora do que lhe é solicitado.

No Guion Center 3, às 17h30

Aquarius (*****)
de Kleber Mendonça Filho, Brasil, 2016, 145 min

Aquarius
Kleber Mendonça Filho já marcara seu nome no cinema brasileiro com o extraordinário O Som ao Redor. Em vez de apenas colher a glória de seu grande filme, bisou o feito, realizando outro também notável. Clara (Sonia Braga) tem 65 anos, é jornalista aposentada, viúva e mãe de três adultos. Ela mora em um apartamento localizado na Av. Boa Viagem, no Recife, onde criou seus filhos e viveu boa parte de sua vida. Interessada em construir um novo prédio no espaço, os responsáveis por uma construtora conseguiram adquirir todos os apartamentos do prédio, menos o dela. Por mais que tenha deixado bem claro que não pretende vendê-lo, Clara sofre todo tipo de assédio e ameaças para que mude de ideia. Uma história lotada de Brasil.

Na Sala Eduardo Hirtz, 16h e 19h

Exposições e Artes Plásticas

Exposição no MARGS apresenta o lírico e o onírico de Zoravia Bettiol
Na Praça da Alfândega, s/n
Até 11 de dezembro, De terças a domingos, das 10h às 19h

Ao longo de 2016, a artista plástica Zoravia Bettiol comemora seus 80 anos de vida e 60 de arte. Assinalando a data, está em cartaz no Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS), até 11 de dezembro, a exposição Zoravia Bettiol – o lírico e o onírico, pautada no lirismo e na fantasia, aspectos marcantes da personalidade, do processo artístico e da poética da artista. Reunindo obras de mais de seis décadas, a mostra tem curadoria dos historiadores e críticos de arte Paula Ramos e Paulo Gomes, que há anos acompanham a trajetória de Zoravia. A exposição é composta por desenhos, pinturas, gravuras, arte têxtil, objetos, ornatos e joias, além de registros de performances. Entre os destaques, a série Sentar, sentir, ser, iniciada em 2005 e concluída em 2016. Surgida a partir da reflexão do grande tempo que as pessoas permanecem sentadas, diariamente, a série exibe a própria artista em poses e situações engraçadas, realizando distintas ações que podem ser feitas enquanto se está, justamente, sentado, tais como: comer, legislar, celebrar, fofocar, magicar etc. Solta no espaço, em meio à representação de elementos e adereços que identificam as atividades empreendidas, a artista desponta em composições de cores cítricas e ridentes, que articulam fotografia, desenho, pintura e colagem. Outro destaque está no conjunto completo de xilogravuras para a lenda A salamanca do Jarau, publicada por Simões Lopes Neto (1856–1916) em seu livro Lendas do Sul (1913). Zoravia ilustrou o texto no final dos anos 1950, produzindo 27 imagens que serão expostas pela primeira vez em sua totalidade, acompanhadas por vários estudos preparatórios.
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Rafael Muniz expõe “Corpos” na UFCSPA
No Espaço de Artes da UFCSPA, Rua Sarmento Leite, 245
Até o dia 17 de dezembro, de segunda à sexta-feira, das 9h às 20h e aos sábados, das 9h às 11h30

A exposição faz parte de um trabalho desenvolvido por Rafael Muniz, desde 2013, no qual ele cria corpos a partir de outros corpos e mostra a relação de desejo entre eles — seja o desejo como caminho e percurso, seja o desejo de erotizar em diálogo entre o desenho e a pintura. Os desenhos foram feitos originalmente em um livro e, depois pontos de emergência deram a continuidade ao trabalho em outros suportes. Na tela e no papel, Muniz busca a composição do espaço em branco como potência para este corpo, que se torna um corpo suporte e um corpo desenhante.
A partir desses processos, desenvolve a pesquisa com a criação de corpos erotizados com intercessores da anatomia humana. O artista explica que, etimologicamente, as palavras desenhar, designar e desejo possuem uma raiz semelhante: percurso e caminho. Como prática, assume a metodologia cartográfica deleuze-guattariana, originando corpos a partir dos disparos que a própria linha sugere, cartografando e registrando o processo criativo. “A construção se dá da mesma forma que o ato sexual: olhamos, analisamos, despimos, tocamos. Tiramos as camadas de pele. “Somos compostos alquímicos de desejos libidinosos, sede de ventres e profusão locomotiva na construção de linhas, de um corpo que deseja e de um corpo desejante em mistura, de seres andróginos e amalgamados”, revela. Muniz cursa bacharelado em Artes Visuais no Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, é bolsista de extensão do Projeto Tinta Fresca e Estudos do Corpo/FACED/UFRGS e integrante do Núcleo de Arte Impressa (IA/UFRGS).
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Cadernos de roupas, memórias e croquis
Exposição de Ronaldo Fraga na CCMQ
De 9 de novembro até dia 11 de dezembro,
De terças a sextas, das 10h às 19h. Sábados, domingos e feriados, das 12h às 19h,
Na Galeria Augusto Meyer e Espaço Maurício Rosenblatt – 3º andar da CCMQ (Andradas, 736).
Entrada gratuita

O Instituto Estadual de Artes Visuais (IEAVi) apresenta, nos espaços Augusto Meyer e Maurício Rosenblatt da Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ), a exposição Caderno de Roupas, Memórias e Croquis, do estilista mineiro Ronaldo Fraga. A mostra, que fica no centro cultural de 9 de novembro a 11 de dezembro, reúne material das 42 coleções de Fraga. Croquis, material gráfico, vídeos e roupas convidam a um mergulho no universo e no processo criativo deste multiartista, provocando várias análises da moda como um vetor de reafirmação e apropriação cultural. “Moda é interpretação de texto e contexto social, histórico, econômico e cultural. Moda é técnica, textura, cores, tecidos e negócio. Mas, para mim, moda é antes de tudo a transformação do olhar por meio da escrita pessoal do indivíduo nas suas escolhas do vestir”, comenta Fraga. A intenção é desvendar pequenos vestígios de uma escrita particular, desenhadas pelo estilista mineiro e vestidos nos outros. “Por riscos, rabiscos e esboços desenhei histórias absurdas do homem comum. Transformei música, literatura, cultura brasileira e alguns ‘buracos’ do meu tempo em roupas-desenho e desenhos-memória. As mãos do velho-menino-que-conheço desde sempre ainda coçam diante de uma caixa de lápis de cor. A vontade de ilustrar uma nova história para vestir é o que não me deixa descer do balanço, porque este é o meu parque de diversões”, completa. A exposição foi apresentada em Belo Horizonte, na Casa Fiat de Cultura, em outubro de 2012, e atraiu mais de 45 mil visitantes.
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Música

No StudioClio, homenagem de Alex Rossi a Toots Thielemans
Rua José do Patrocínio, 698, dia 11 de novembro, sexta-feira, às 21h

Em turnê ao Brasil, Alex Rossi (harmônica) apresenta o show em homenagem a Toots Thielemans, músico belga considerado o rei da gaita, que deixou seu nome marcado na história da harmônica no Jazz. O repertório do show é formado por composições e leituras gravadas por Toots em sua carreira, além da apresentação de alguns clássicos do álbum Alex Rossi Quartet Plays Tom Jobim, o mais recente trabalho de Alex Rossi. Ele vem acompanhado de Antonio Flôres (violão e guitarra), Daniel Vargas (bateria) e Nico Bueno (contrabaixo).
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Clássicos na Pinacoteca com recital de flauta transversa e piano
Na Pinacoteca Ruben Berta (Rua Duque de Caxias, 973 – Porto Alegre)
Dia 16 de novembro, quarta-feira, às 18h30min

O flautista Leonardo Winter e o pianista André Carrara são os artistas escalados para a edição de novembro da série Clássicos na Pinacoteca. No recital marcado para 16/11, às 18h30min, no subsolo da Pinacoteca Ruben Berta, os músicos irão apresentar um repertório formado por peças de diferentes períodos (ver programa abaixo). Os dois instrumentistas, ambos integrantes da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa), são personagens destacados no cenário da música de concerto do Estado. Leonardo Winter atua também como professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Como solista, já colaborou com formações como as orquestras de câmara da Ulbra, do Theatro São Pedro e Sesi-Fundarte, além da sinfônica da Universidade Federal da Bahia. Especializado em repertório brasileiro e internacional para instrumentos de sopros, prepara-se para lançar seu segundo álbum solo, com obras de compositores gaúchos e brasileiros. Pianista e regente nascido em Ubá (MG), André Carrara fez seus estudos no Rio de janeiro, na França e também na UFRGS. Destacado em concursos nacionais e internacionais, gravou em 1997 os 12 Estudos de Chopin, e sua discografia inclui também gravações de obras de autores brasileiros, como Francisco Mignone e Osvaldo Lacerda. Atua na Ospa desde 2004 e foi pianista contratado da Orquestra Sinfônica da Universidade de Caxias do Sul entre 2006 e 2008.

Foto: Sheila Carvalho
Foto: Sheila Carvalho

Teatro e Dança

Ramal 340: sobre a migração das sardinhas ou porque as pessoas simplesmente vão embora
No Teatro Renascença, Centro Municipal de Cultura Lupicínio Rodrigues, Av. Érico Veríssimo, 307
De 17 a 27 de novembro, de quinta a domingo, sempre às 20 horas

O Coletivo Errática estreia em Porto Alegre o espetáculo “Ramal 340: sobre a migração das sardinhas ou porque as pessoas simplesmente vão embora” no Teatro Renascença, dia 17 de novembro. A temporada se estende até 27 de novembro, de quinta a domingo, sempre às 20 horas. A direção é de Jezebel de Carli. “Ramal 340: sobre a migração das sardinhas ou porque as pessoas simplesmente vão embora”, novo espetáculo do Coletivo Errática, dirigido por Jezebel De Carli, com dramaturgia original do jovem dramaturgo gaúcho Francisco Gick, entra em cartaz no mês de novembro no Teatro Renascença, em Porto Alegre. “Ramal 340” é composto de narrativas de viagens, despedidas e encontros, sobre como a vida se transforma completa e inesperadamente e, de repente, você se vê num aeroporto ou rodoviária ou estação de trem, com uma mala na mão, esperando… são situações limite que conduzem os serem humanos ao movimento.

 Foto: May Lima
Foto: May Lima

Dia Desmanchado
No Instituto Federal do RS (IFRS) – CAMPUS ALVORADA
Rua Professor Darcy Ribeiro, 121 – Campos Verdes.
Dia 12.11 – 20h; dia 13.11 – 14h as 18h – oficina “O corpo criador”

“Dia Desmanchado” recebeu o Prêmio Açorianos 2010 de melhor ator (Marcelo Bulgarelli) e melhor trilha sonora original (Jacson Zambelli e Sérgio Olivé), além de ser indicado a melhor espetáculo do ano. A montagem, sem diálogos, trata de um homem estaria só em seu apartamento. Ele esperaria uma mulher. Ela chegaria? Num dia aparentemente comum, um instante provoca uma ruptura. Num jogo onde vários tempos coexistem, presente, passado e futuro se atravessam numa dança desmedida. O dia se desmancha e o cotidiano é transformado em uma dimensão de possíveis. O objetivo do evento é gerar instrumentos e meios materiais para o contato, integração e trocas culturais, e assim reconhecer e fortalecer os valores culturais e artísticos em torno da identidade, tradição e expressão pessoal dos fazedores da arte e das micro associações artísticas presentes em cidades do interior do Estado. Pensar e olhar para o tempo na arte e na vida das pessoas é o que une as ações do projeto DIA DESMANCHADO NAS PEQUENAS CIDADES: UMA PONTE PARA AS DIVERSIDADES CULTURAIS NO INTERIOR DO RIO GRANDE DO SUL.

Foto: Marcelo Amaral
Foto: Marcelo Amaral