Seminário Corpo (En)Cena tem participação de Elida Tessler
Em sua última edição de 2018, o seminário Corpo (En)Cena contará com a participação da artista plástica Elida Tessler que irá falar sobre o seu processo de criação e de Phosphoros, em que se apropia de uma caixa de fósforos para criar um trabalho em pequenas dimensões em torno do tema Fahrenheit 451. O seminário Corpo (En)Cena faz parte da Linha de Trabalho Sujeito e Cultura do Instituto APPOA. Os encontros mensais se dedicam a pensar o corpo na sua relação com a psicanálise, a arte e a dança sob a coordenação dos psicanalistas Ângela Lãngaro Becker e Edson Sousa.
Este trabalho mantém o conceito de uma série projetos que a artista vem realizando nos últimos anos, que buscam estreitar a relação entre arte a literatura e o objeto cotidiano. Em Phosphoros, a partir do tema do livro (1953) e do roteiro do filme (1966) Fahrenheit, Elida materializa suas reflexões de risco e da possibilidade de destruição das bibliotecas de forma muito literal. Para isso, desenvolveu a ideia de uma caixa de fósforos em que cada um deles pudesse representar um livro da biblioteca de Ray Bradbury e François Truffaut. No verso, a caixa de palitos traz a seguinte inscrição: “Arrisque suavemente e mantenha distância do resto”, que adapta a frase “Risque suavemente e mantenha distância do rosto”.
Elida Tessler foi professora do Departamento de Artes Visuais e do Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais do Instituto de Artes da UFRGS. Realizou doutorado e pós-doutorado em História da Arte Contemporânea na Université de Paris I – Panthéon-Sorbonne (França), onde residiu, de 1988 a 1993 e de 2009 e 2010. Recebeu bolsa de produtividade em pesquisa CNPq entre 2008 e 2016. Foi fundadora em 1993 e coordenou até 2009, junto com Jailton Moreira, o TORREÃO, espaço de produção e pesquisa em arte contemporânea, em Porto Alegre. Mantém um grupo de pesquisa chamado .p.a.r.t.e.s.c.r.i.t.a., onde articula produção e reflexão crítica a partir de textos de artistas e da presença da palavra em produções contemporâneas de arte. Em maio de 2000, junto com o poeta Manoel Ricardo de Lima, publicou o livro Falas Inacabadas – Objetos e um poema pela Tomo Editorial, Porto Alegre.