O dia 11 de setembro ficou marcado na história pela ocorrência de duas tragédias: o fuzilamento do presidente do Chile, Salvador Allende (1973) e a queda das Torres Gêmeas nos Estados Unidos (2001). Mas, neste ano, a data poderá ser leve e bem-humorada por conta da homenagem prestada ao cartunista Edgar Vasques no Sarau Alice, previsto para o dia 11 de setembro, a partir das 20 horas no bar Divina Comédia (República 649). Comemorando 50 anos de carreira, ele lançou em setembro do álbum de tiras “Crocodilagem – o Brasil Visto de Baixo” (L&PM Editores), realizado em homenagem ao seu lendário personagem Rango. Durante o evento o desenhista dará autógrafos e participará de uma conversa com os colegas de profissão Santiago e Fraga.
Edgar Vasques é um cartunista sério. Pessoa de poucos sorrisos, tem um humor ácido, contundente, daqueles que faz rir para não chorar. Com um rol respeitável de premiações nacionais e internacionais no currículo, também faz aquarelas e ilustrações. O faminto Rango – mais atual do que nunca – foi seu personagem mais famoso, rendendo 16 publicações anteriores. O novo livro reúne 143 tiras que acompanham as desventuras do país desde 2007 até 2018. Boa parte deste trabalho foi publicado no jornal “Extra Classe”, do Sindicato dos Professores de Escolas Particulares do Rio Grande do Sul (Sinpro).
Além da homenagem a Vasques, o Sarau oferece a seu público as performances dos poetas Gonçalo Ferraz, Mário Pirata, Fátima Farias e Barth e as apresentações dos músicos Cristiano Hanssen, Nivaldo José e o duo de violões “Batuque de Cordas” – integrado por Vinicius Correa e Cláudio Veiga – além do pandeirista Clebes Pinheiro.
Na ocasião, também será montado um bazar de arte e artesanato com os cartunistas como Santiago, Moa, Edgar Vasques e Rafael Correa; dos artistas visuais Augusto Abreu, Ernani Chaves, Amaro Abreu; dos fotógrafos Otávio Teixeira, Marco Nedeff, Eneida Serrano e Luiz Abreu; da joalheira Elisa Tesseler; das artesãs Mariza Rigo, Lúcia Achutti e Rosina Duarte; dos escritores Rafael Guimarãens, José Antônio Silva, Dois Santos dos Santos, bem como as obras da Editora Libretos.
Com 18 anos de atuação, ALICE é uma organização sem fins lucrativos que trabalha para revelar o que a sociedade não vê, defendendo o direito de todos à comunicação, à cultura, à arte e à convivência harmônica em uma sociedade sustentável. Nessa linha, desenvolve projetos alternativos e autônomos envolvendo comunidades ignoradas pela mídia tradicional e negligenciadas pelas políticas públicas, entre eles o Jornal Boca de Rua – feito e vendido por moradores de rua de Porto Alegre desde o ano 2000. Assim, contribui para democratizar e qualificar a informação e alinha-se à luta por um mundo mais justo.
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