Guia21 recomenda ‘Um instante de amor’, ‘Divinas Divas’, ‘Ao Cair da Noite’ e mais

Milton Ribeiro

Novamente indicamos três filmes totalmente diferentes entre si. Um filme romântico de “profundidade francesa”, outro que recupera a memória das divas travestis brasileiras e outro norte-americano de terror. O que é importa é ser bom, né?

Depois, temos a Ospa com um tremendo pianista e um repertório fora do habitual, Martinho da Vila no Araújo e o Trio de Madeiras no Margs.

No Ling, temos uma versão da peça que deu origem ao excelente filme Closer, lembram? Pois é.

Este pequeno Guia é um resumo. Não se trata de uma programação completa, mas de recomendações dos melhores espetáculos que assistimos. O critério é a qualidade. Se você tiver sugestões sobre o formato e conteúdo de nosso guia, por favor, comente. Boa semana! De segunda a sexta, atualizamos nosso Guia21 com a programação do que acontece em POA.

Cinema – Estreias

Um instante de amor (****)
(Mal de Pierres), de Nicole Garcia, França / Bélgica, 2016, 120 min


Típico filme romântico Francês, porém bom e com excelentes atores. Baseado no best-seller “Um Instante de Amor” (Mal di Pietre) de Milena Agus .França, década de 1950. Gabrielle nasceu e cresceu numa pequena aldeia, numa época em que ser mulher significava deixar a casa dos pais e ser entregue a um marido. Ser apenas esposa e mãe era um destino quase inevitável. Conscientes da sua rebeldia, os pais resolvem casá-la com o José, um trabalhador esforçado de origem espanhola, com a missão de fazer dela uma mulher respeitável. Apesar de toda a dedicação de José, ela nunca se entrega de corpo e alma ao marido, por quem sente algum desprezo. Alguns anos depois, sofrendo de dores crónicas nos rins, Gabrielle é enviada para uma estância termal nos Alpes. Lá, conhece André Sauvage, um ex-soldado ferido na guerra da Indochina, por quem se apaixona ao primeiro olhar.

No Guion Center 2, às 20h50 (menos sexta, 23/6)

Divinas Divas (****)
de Leandra Leal, Brasil, 2016, 101 min

Foto: Divulgação

As Divinas Divas são ícones da primeira geração de artistas travestis no Brasil dos anos 1960. Um dos primeiros palcos a abrigar homens vestidos de mulher foi o Teatro Rival, dirigido por Américo Leal, avô da diretora. O filme traz para a cena a intimidade, o talento e as histórias de uma geração que revolucionou o comportamento sexual e desafiou a moral de uma época. As oito biografadas em Divinas Divas foram guerreiras. Pioneiras do travestismo artístico no País, enfrentaram preconceito, mas se fizeram aceitas. Rogéria define-se como a travesti da família brasileira. Só o fato de o filme de Leandra Leal, inicialmente rejeitado, maldito, estar estreando em todas essas salas já é um acontecimento. Mas há mais: o filme é bom mesmo.

No CineBancários, às 17h

Ao Cair da Noite (****)
(It comes at Night), de Trey Edwards Shults, EUA, 2016, 97 min


Diga adeus ao terror farofa, com histórias rasas e repleto de cenas feitas para dar susto, com vilões bobões que sempre são descobertos no final. Nos últimos anos, o cinema Hollywoodiano vem recebendo uma descarga de filmes de horror com tramas densas, que deixam os jump scares de lado para tratar tudo com mais detalhismo ao mesmo tempo em que faz o público pensar no que fica nas entrelinhas. Foi assim em 2016 com “A Bruxa”, premiada produção do estúdio A24 que retoma o gênero com Ao Cair da Noite. O cenário é uma casa com aparência de abandonada que abriga uma família que faz de tudo para não se contaminar com um vírus que está se espalhando pela cidade. O roteiro de Trey Edward Shults – que também comanda a direção – põe de cara o espectador em dúvida sobre a identidade do vilão; seria ele um organismo? Ou uma forma abstrata? As respostas vem à medida que a trama se desenvolve em meio a realidade e a paranoia dos personagens. (Do Café de Ideias)

No Cinemark Barra 7, às 18h50 e 21h15
No Espaço Itaú 6, às 14h e 20h
No GNC Iguatemi 2, às 15h35 e 21h55
No GNC Praia de Belas, às 6, 15h40 e 22h10

Cinema – Em cartaz

Cidades Fantasmas (****)
de Tyrell Spencer, Brasil, 2017, 70 min


Dirigido por Tyrell Spencer, Cidades Fantasmas conta a história de cidades prósperas, que abrigaram populações inteiras e hoje estão abandonadas e consumidas pelo tempo. Catástrofes naturais, motivações econômicas, embates políticos, guerras, são algumas das condições que levaram esses lugares ao total despovoamento. Sepultadas pelo tempo e esquecidas pelos mapas, o filme refaz os passos das populações dessas cidades, quatro delas apresentadas no longa realizado em coprodução com a Galo de Briga Filmes e oito que integram a série que será lançada no segundo semestre no Canal Brasil. No Brasil: Ararapira (PR), Cococi (CE), Fordlandia (PA), Minas do Camaquã (RS) e Vila do Ventura (BA), Epecuén, na Argentina, Armero, na Colômbia, e Humerstone, no Chile. Quatro destinos na América Latina, onde as ruínas e o silêncio são o plano de fundo da jornada. Alguns de seus antigos moradores ainda guardam na memória o que viveram ali e, através de relatos mais intimistas, evocam lembranças de um passado que não querem esquecer.

No CineBancários, às 15h
No Espaço Itaú 8, às 14h30 e 20h

A mulher que se foi (****)
(Ang Babaeng Humayo), de Lav Diaz, Filipinas, 2016, 228 min


O diretor filipino Lav Diaz é conhecido (ainda que pouco conhecido) pelo público cinéfilo por filmes com longa duração. São obras de quatro, cinco e até oito horas de duração. Vencedor do Leão de Ouro do Festival de Veneza de 2016, A Mulher Que se Foi possui 3h47 de duração. Ou seja, quase um curta em se tratando do cineasta. Mas o que vale destacar com relação às durações dos filmes de Diaz é que elas não significam um ritmo lento ou contemplativo que muitas vezes é esperado do “cinema de arte”. A arte de Lav Diaz é a arte de contar histórias. E ele quer contar suas tramas de forma bem desenvolvida, com personagens complexos. Em 1997, a pena de Horacia Somorostro (Charo Santos-Concio), imputada injustamente, chega ao seu fim. Ao sair, Horacia reencontra sua filha, mas descobre que seu marido não está mais vivo, e ninguém sabe do paradeiro de seu filho. Enquanto isso seu ex-amante rico, que, como ela descobre, foi responsável por sua falsa acusação, está em prisão domiciliar com os amigos, suspeito de haver perpetrado múltiplos sequestros. Ela começa então a planejar sua vingança. (Com excertos de Lucas Salgado, do AdoroCinema).

Na Cinemateca Capitólio, às 16h

Neve Negra (***)
(Nieve Negra), de Martin Hodara, Argentina, 2016, 100 min


Salvador (Ricardo Darín) vive isolado do mundo nas colinas geladas da Patagônia. Sozinho há décadas, ele recebe a inesperada visita do irmão Marcos (Leonardo Sbaraglia) e de sua namorada, Laura (Laia Costa). O objetivo dos dois é que Salvador aceite vender as terras que os irmãos receberam como herança, algo que ele não está nem um pouco disposto a fazer. É que Marcos precisa desesperadamente de dinheiro e tem uma excelente proposta em mãos. O confronto entre os dois grandes atores argentinos é conduzido com habilidade por Hodara em meio a flashbacks. Ms o desfecho parece inferior ao restante do filme.

No Espaço Itaú 3, às 14h, 18h e 22h
No GNC Moinhos 4, às 13h30, 15h30, 17h30, 19h30 e 21h30
No Guion Center 2, às 14h15, 16h, 17h45, 19h30 e 21h15

Mulher Maravilha (****)
(Wonder Woman), de Patty Jenkins, EUA, 2017, 141min


Treinada desde cedo para ser uma guerreira imbatível, Diana Prince nunca saiu da paradisíaca ilha em que é reconhecida como princesa das Amazonas. Quando o piloto Steve Trevor se acidenta e cai numa praia do local, ela descobre que uma guerra sem precedentes está se espalhando pelo mundo e decide deixar seu lar certa de que pode parar o conflito. Lutando para acabar com todas as lutas, Diana percebe o alcance de seus poderes e sua verdadeira missão na Terra. Não, não é apenas mais um filme de super-herói. E não é apenas uma questão semântica ou jogo de palavras, afinal estamos diante de uma heroína. A questão, na verdade, é que estamos diante da melhor adaptação da DC desde Batman. (Com a ajuda do AdoroCinema).

CÓPIAS IMAX 3D LEGENDADAS
No Cinespaço Wallig 8, às 15h, 18h e 21h
CÓPIAS 3D DUBLADAS
No Cineflix Total 1, às 19h10 e 22h
No Cinemark Barra 5, às 14h10, 17h20 e 20h30
No Cinemark Ipiranga 5, às 14h10, 17h10 e 20h15
No GNC Iguatemi 4, às 13h10 e 18h50
No GNC Praia de Belas 1, às 13h10 e 18h50
CÓPIAS 3D LEGENDADAS
No Cinemark Barra 4, às 15h15, 18h30 e 21h30
No GNC Iguatemi 4, às 16h e 21h50
No GNC Praia de Belas 1, às 16h e 21h40
CÓPIAS DUBLADAS
No Arcoplex Boulevard 2, às 16h30
No Arcoplex Rua da Praia 2, às 18h30
No Cineflix Total 1, às 13h30 e 16h20
No Cinemark Ipiranga 3, às 15h40, 18h40 e 21h40
No Cinespaço Wallig 2, às 14h, 17h e 20h
No Cine Victória 1, às 14h, 16h45 e 19h30
No GNC Lindoia 1, às 13h20 e 18h50
No GNC Praia de Belas 5, às 21h10
CÓPIAS LEGENDADAS
No Espaço Itaú 4, às 15h, 18h e 21h
No GNC Iguatemi 6, às 18h40 e 21h40
No GNC Praia de Belas 5, às 13h40

O Cidadão Ilustre (*****)
(El Ciudadano Ilustre), de Mariano Cohn e Gastón Duprat, Argentina, 2015, 120 min


Daniel Mantovani (Oscar Martínez), um escritor argentino e vencedor do Prêmio Nobel, radicado há 40 anos na Europa, volta à sua terra natal que inspirou a maioria de seus livros, para receber o título de Cidadão Ilustre da cidade — um dos únicos prêmios que aceitou receber. No entanto, sua ilustre visita desencadeará uma série de situações complicadas entre ele e o povo local. Quando chega a cidadezinha de Salas, o escritor é recebido pelo prefeito, que lhe mostra a agenda programada para os poucos dias em que permanecerá ali. O primeiro deles é uma aula aberta. E, por mais que relute, será levado num desfile em carro de bombeiros ao lado da miss local. O humor de O Cidadão Ilustre é construído a partir das diferenças e da tensão entre a sofisticação de Daniel e a simplicidade dos moradores de Salas. O que muitos ali ainda não sabem é que a cidade e seus antigos habitantes serviram de cenário e inspiração para personagens dos romances e contos dele — e os retratos nem sempre são nostálgicos ou agradáveis.

No Guion Center 2, às 14h40 e 18h40
Na Sala Paulo Amorim, às 17h15

Argentina (****)
(Zonda: Folclore Argentino), de Carlos Saura, Argentina / Espanha / França, 2015, 85 min


Zonda é um vento seco e quente, característico de regiões situadas ao pé da Cordilheira dos Andes. Na Argentina, sopra desde a província de Neuquén até Jujuy. É também o nome que o diretor Carlos Saura escolheu para seu último filme, no qual faz um passeio pelo folclore argentino. Malambo, chacareras, vidalas, chamamés. A obra continua a série sobre investigações musicais que Saura começou com Sevillanas” (1991), e seguiu com “Flamenco” (1995), “Tango” (1998), “Iberia” (2005) e “Fados” (2007). Desta vez, a co-produção é entre Argentina, Espanha e França. A direção musical é de Lito Vitale. São 20 números musicais, que oferecem também belas coreografias, como vocês podem ver o trailer abaixo. (Do Aquí me quedo).

Na Sala Norberto Lubisco, às 17h

Exposições

EXPOSIÇÃO: Mostra Acervo Zoravia Bettiol – Artistas Brasileiros e Estrangeiros
VISITAÇÃO: De segunda a sexta-feira das 10 às 18h até o dia 28 de junho de 2017
ESTÚDIO ZORAVIA BETTIOL: Rua Paradiso Biacchi, 109

A artista visual Zoravia Bettiol vai inaugurar sua nova galeria, um espaço com 100 m², no bairro Ipanema, em Porto Alegre, com uma mostra do seu acervo de obras de outros artistas que ela vem adquirindo ao longo dos anos. Estarão disponibilizadas aproximadamente 150 obras, dentre as quais importantes e representativas tanto estéticas como historicamente em pintura, desenho, gravura e escultura, de artistas brasileiros e estrangeiros. Zoravia começou a colecionar em 1961 adquirindo uma pintura de Regina Silveira sendo que as suas mais intensas aquisições foram na década de 80. Há obras de artistas estrangeiros compradas em suas viagens e algumas na Bienal Internacional de São Paulo na década de 60 quando ainda havia a possibilidade de adquirir obras nas bienais. A obra mais antiga é um desenho, retrato de Vasco Prado, realizado por João Faria Viana em 1937.

“Entre o acervo e o eStúdio”, com obras de Marilice Corono (IA/UFRGS) e
“No eStúdio”, coletiva de alunos do IA/UFRGS
De 9 de junho a 16 de julho, de terças a domingos, das 10h às 19h
No MARGS (Praça da Alfândega, s/n°)

A exposição “Entre o acervo e o eStúdio”, que ocupará as salas Ângelo Guido e Pedro Weingertner, apresenta obras de Marilice Corona, professora do Departamento de Artes Visuais do IA/UFRGS e artista visual. Para essa exposição, Marilice selecionou algumas obras do acervo do MARGS para estabelecer um diálogo com seu trabalho, como “A dama de branco”, de Artur Timótheo da Costa, e “O vestido verde”, de João Fahrion. Dando seguimento às suas investigações sobre autorreferencialidade e metapintura, Marilice seleciona pinturas cujo tema é o atelier do artista ou o cenário de produção, como também é chamado. Sendo assim, estarão presentes na exposição “Entre o acervo e o estúdio”, além das pinturas de Marilice Corona, obras de João Fahrion, Carlos A. Petrucci, Edson Motta e Pedro Weingartner. Para Marilice, essa exposição e seus diversos desdobramentos tratam especialmente de questões referentes à genealogia e à identidade da obra, do autor e do próprio espectador, agentes cuja interação é um processo em permanente construção. Não por acaso a escultura “Inca”, de Fernando Corona, avô da artista, participará da mostra. A exposição “No eStúdio” ocupa a sala João Fahrion do MARGS e apresenta obras de 23 artistas ligados ao Studio P — Atelier Aberto de Pintura, criado por Marilice Corona como projeto de Extensão em artes visuais do IA/UFRGS. A mostra tem a intenção de dar a ver a produção individual de cada integrante do grupo. O título da exposição não se refere apenas ao espaço físico onde, na maior parte das vezes, a pintura é produzida, mas ao estúdio como alegoria do espaço de pensamento, da elaboração e criação das obras e da troca e da discussão entre artistas (quando é espaço coletivo). O estúdio visto como espaço de prospecção onde a investigação da linguagem tem primazia.

Santander Cultural inaugura mostra inédita: “Zerbini, Barrão, Albano”
De 24 de maio até 16 de julho, Rua Sete de Setembro, 1028 | Centro Histórico
Terça a sábado: das 10h às 19h / Domingos: 14h às 19h

Três artistas renomados na cena nacional – Albano Afonso, Barrão e Luiz Zerbini – e três experientes curadores – Douglas de Freitas, Felipe Scovino e Marcelo Campos – são destaques no calendário de artes visuais da unidade de cultura do Santander em Porto Alegre. You are here: Home / Exposições / Santander Cultural inaugura mostra inédita: “Zerbini, Barrão, Albano”. O Santander Cultural segue a temática da instituição em 2017: inovar e dar ênfase ao ofício curatorial. Três artistas distintos estão reunidos em uma mesma exposição, Albano Afonso, Barrão e Luiz Zerbini; com curadoria de Douglas de Freitas, Felipe Scovino e Marcelo Campos, respectivamente. A mostra apresenta 43 obras em pintura, gravura, escultura e fotografia, que se direcionam pelos caminhos da instalação e potencializam as vozes individuais de cada artista. O resultado é uma grande exposição com multiplicidade de gestos, discursos e interesses no campo artístico da cena contemporânea.

Luiz Zerbini, Ilha da Mare | Foto: Luis Garrido

Música de Passarinho, de Antônio Augusto Bueno
Galeria Sotero Cosme – 6º andar da CCMQ (Andradas, 736)
Visitação: 12 de maio à 9 de julho
Terças à sextas, das 9h às 19h. Sábados, domingos e feriados, das 12h às 19h

A Galeria Sotero Cosme (6º andar da Casa de Cultura Mario Quintana) recebe a mostra “Música de Passarinho”, novo trabalho de Antônio Augusto Bueno. Com a curadoria de Marlies Ritter, a exposição traz fotos, vídeo, pintura, gravura, monotipia, objetos e elementos coletados da natureza, tendo o abacateiro do Atelier Jabutiê, de Antônio Augusto, como personagem principal. Desde que se mudou para o Jabutipê, há nove anos, o artista vem coletando e organizando os gravetos que caem da antiga árvore, armazenando os caroços e alguns abacates. Também fez algumas experiências com a fruta que deixou para os passarinhos se alimentarem, fazendo cópias em gesso das marcas deixadas pelos bicos das diferentes aves que vivem no Centro Histórico de Porto Alegre. Dos caroços também saíram pigmentos para experiências em monotipias e desenhos. Também farão parte da mostra frutos de liquidâmbares, coletados durante um outono em uma praça de Porto Alegre, e frutos de magnólias de uma praça localizada em Montevidéu (URU).

CHARRÚA, de Gustavo Tabares
Galeria Xico Stockinger – 6º andar da CCMQ (Andradas, 736)
Visitação: 12 de maio a 9 de julho
Terças à sextas, das 9h às 19h. Sábados, domingos e feriados, das 12h às 19h

A Galeria Xico Stockinger (6º andar da Casa de Cultura Mario Quintana) recebe a exposição “Charrúa”, do artista visual uruguaio Gustavo Tabares. Com a curadoria de Ana Zavadil, a mostra tem, além da peça sonora, desenhos, objetos de mármore, vídeos e pinturas. Tabares morou em Porto Alegre nos final dos anos 90 e, agora, volta para exibir uma série de trabalhos já apresentados na 56ª Bienal de Veneza, em 2015. A exposição tem, além da peça sonora, desenhos, objetos de mármore, vídeos, pinturas, etc., no formato de instalação.

Uma Possível História da Arte no Rio Grande do Sul: Plural[ismos] no Sul
Galeria Aldo Locatelli, de 12 de abril a 9 de julho, no Margs, na Praça da Alfândega
De terças a domingos, das 10h às 19h

O Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli, dando continuidade ao programa de exposições do acervo permanente do museu, prossegue com o projeto elaborado pelos núcleos do museu com o objetivo de apresentar obras da coleção do acervo do MARGS que são importantes para a configuração da constituição do cenário artístico gaúcho. A exposição Uma Possível História da Arte no Rio Grande do Sul: Plural[ismos] no Sul será apresentada na Galeria Aldo Locatelli, de 12 de abril a 9 de julho, com entrada franca. A mostra reúne 16 obras de artistas relevantes para o sistema da arte local, produzidas nos século XX, pertencentes ao acervo do MARGS. Este módulo tem como objetivo principal mostrar a pluralidade na produção gaúcha nas décadas de 1940, 1950 e 1960. Essa época foi marcada por discussões sobre o Modernismo, lançadas em São Paulo, na emblemática e questionadora Semana de Arte Moderna em 1922; tendo repercussões e desdobramentos aqui no Sul, especialmente no plano das ideias, resultando em confrontos e questionamentos sobre o que é a arte moderna e por qual caminho os artistas deveriam seguir. Tais debates influenciavam a produção artística, e a falta de consenso, aliados às diversas opiniões sobre a arte moderna, tornam-se perceptíveis ao observarmos as obras daquele momento, representadas na exposição. Embora muitos artistas não se intitulassem como modernistas e até mesmo se posicionassem contrários ao modernismo, suas obras, do ponto de vista formal, muitas vezes, passavam por atualizações estéticas e processos de modernização, originando essa multiplicidade de temas, técnicas e influências que identificamos na produção desse período.

Música

DIOGO NOGUEIRA E MARTINHO DA VILA – SAMBA SAMBA, MINHA GENTE
Dia 23 de junho, sexta-feira, às 21h
Auditório Araújo Vianna (Av. Osvaldo Aranha, 685)

Depois do sucesso do show realizado em novembro do ano passado, o cantor Diogo Nogueira volta ao palco do Auditório Araújo Vianna para apresentar o show Alma Brasileira, na mesma noite em que o cantor Martinho da Vila apresentará seus grandes sucessos no show De Bem Com a Vida. O evento Samba Samba, Minha Gente será uma celebração ao samba com os dois artistas fazendo dois shows completos na mesma noite, com o melhor de seus repertórios. Com realização da Opus Promoções, ZFM Produções e Música e Mídia Produções, o projeto será apresentado pela primeira vez na próxima sexta-feira, dia 23 de junho, às 21h, em Porto Alegre. Restam apenas ingressos de Plateia Alta Central para o evento.

Foto: Washington Possato

Concerto da Ospa | Série UFRGS
Quando: Dia 27 de junho de 2017, terça-feira, às 20h30
Local: Salão de Atos da Universidade Federal do RS (Av. Paulo Gama, 110 – Porto Alegre)

Obras de Alexander Scriabin (1872-1915), criador musical revolucionário, entrarão pela primeira vez no repertório da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa) na próxima terça-feira, dia 27 de junho. A partir das 20h30, o maestro Manfredo Schmiedt conduz concerto dedicado ao legado do compositor russo, com dois de seus trabalhos: o “Concerto para Piano e Orquestra” e a “Sinfonia nº 1”. O Coro Sinfônico da Ospa participa da apresentação, que conta também a presença do pianista georgiano Guigla Katsarava, solista da noite, e dos cantores gaúchos Natália Pereira (mezzosoprano) e João Ferreira Filho (tenor). Parte da Série UFRGS, o evento acontece no Salão de Atos da Universidade. Os ingressos serão vendidos a R$ 30 no dia do evento, na bilheteria do local.

Foto: Ana Eidam

Recital do Trio de Madeiras de Porto Alegre | Série Música no Museu da Ospa
Quando: 25 de junho, domingo, às 16h30
Onde: Museu de Arte do RS Ado Malagoli – MARGS (Praça da Alfândega, s/n – Centro Histórico)

“Neste programa, o nosso grupo executa obras originais para a formação de trio de madeiras guarnecidas por arranjos de música barroca e brasileira”, comenta Augusto Maurer, clarinetista. A primeira música do recital é “Cânone Perpétuo da Oferenda Musical”, de Bach (1685-1750). Depois, “Fragments”, do polonês naturalizado norte-americano Muczynski (1929-2010), é interpretada, seguida pelo “Trio” de Hofmann (1929-2011). Augusto conta a história dessa peça: “Ela é fruto de uma extensa parceria entre o compositor e o Trio de Madeiras que resultou, inclusive, na criação de seu Concertino Tríplice, composto para o aniversário de 20 anos do grupo”. Na sequência, ganha destaque o “Trio” escrito pelo carioca Guerra Peixe (1914-1993). “O compositor oscilou, durante toda sua carreira, entre uma vigorosa estética nacionalista e os ensinamentos de Hans-Joachim Koellreuter, principal promotor e divulgador, no Brasil, das inovações da vanguarda europeia de então. Seu ‘Trio’ reflete esta tendência ao apresentar danças estilizadas do nordeste brasileiro numa linguagem tonal provocativa”, explica Augusto. A apresentação termina com adaptações do conjunto para duas peças de Ernesto Nazareth (1863-1934): “Bambino” e “Brejeiro”. O grupo é formado pelos músicos da Ospa Leonardo Winter (flauta), Augusto Maurer (clarinete) e Adolfo Almeida Jr. (fagote).

Foto: Ana Eidam

Teatro

‘Closer, o amor é suficiente?’
23, 24 e 30 de junho, 01 de julho (sextas as 20 horas e sábados as 19 horas)
Instituto Ling (Rua João Caetano, 440 – Três Figueiras, Porto Alegre)

Um espetáculo que busca trazer a luz as diversas nuances da forma humana de se relacionar. O que há entre dois corpos, quando o sentimento de posse se encontra com a traição? Entre o erotismo e o aconchego; o ódio e o prazer; o alívio e a ruptura, está a efemeridade do sentimento. Alice é atropelada e conhece Dan. Anna e Larry se apaixonam. Dan e Anna se encontram. Entre términos, separações, traições, mágoas, quatro indivíduos desajustados se relacionam em uma complexa rede afetiva. Nessa encenação bastante intimista, os espectadores são convidados a seguir os personagens por um espaço cultural contemporâneo e participam como testemunhas de encontros potentes que evocam o erotismo, a necessidade do outro, aquecendo até o peito daquele mais cético, despertando a dor intrínseca de ser amado, e, sendo assim, de ser humano. Closer, de Patrick Marber, é um dos melhores textos acerca da relação do amor e da fidelidade na contemporaneidade. Em 2004 foi adaptado para o cinema com direção de Mike Nichols. No elenco Júlia Roberts, Jude Law, Natalie Portman e Clive Owen.

‘Ficções: Odes Mínimas’
Sala Qorpo Santo (Av. Paulo Gama, 110 — Campus Central da UFRGS, ao lado da Sala Redenção)
Nas quartas-feiras de junho (dias 07, 14, 21 e 28), às 12h30 e 19h30 (duas sessões por quarta-feira)

Nas quartas-feiras de junho acontecem as apresentações do espetáculo “Ficções: Odes Mínimas” na Sala Qorpo Santo. Imersas num universo de sonhos, desejo, ficções e pulsações, três mulheres dão voz e corpo às poesias e a trechos de prosa de Hilda Hilst (1930-2004). A partir do impulso de falar sobre os desejos, o grupo mergulhou nos textos de Hilst, marcados pela liberdade da escrita. As palavras da escritora paulista renderam um material substancioso que serviu para que a diretora e as atrizes do espetáculo construíssem ficções que têm relação complexa com a realidade, pois ficam ao mesmo tempo mais fantasiosas e mais reais a cada vez que são contadas. A temporada de “Ficções: Odes Mínimas” é atividade do Projeto “Teatro, Pesquisa e Extensão (TPE)”, mostra de teatro universitário que apresentará sete espetáculos ao longo do ano de 2017. O TPE é espaço privilegiado da pesquisa e da produção cênica realizada pelos alunos do Departamento de Arte Dramática do IA/UFRGS. O projeto apresenta um espetáculo a cada mês, sempre às quartas-feiras, em dois horários: 12h30min e 19h30min. Todas as sessões têm entrada franca. As senhas começam a serem distribuídas uma hora antes das apresentações, no local.

Foto: Nana Castilhos

Homens de Perto Desgovernados
No Theatro São Pedro, palco principal, Praça Marechal Deodoro, s/n
De 21 de junho a 24 de junho (quarta à sábado) às 21h e 25 de junho (domingo) às 18h

Para comemorar o aniversário da estreia de um ano de “Homens de Perto Desgovernados”, terceira incursão de Oscar Simch, Rogério Beretta e Zé Victor Castiel na sublime arte de fazer rir, o trio volta ao Theatro São Pedro, onde estrearam em 2016, para uma temporada entre os dias 21 e 25 de junho de 2017. Este espetáculo, com direção de Néstor Monastério e textos de Artur José Pinto, dá ênfase à política nacional, com novas cenas, novas músicas e a certeza de que podemos e devemos fazer humor com tudo e todos, inclusive conosco. As montagens anteriores, Homens de Perto 1 e 2, foram vistas por mais de 700 mil pessoas em 13 anos de apresentações, o que dá a dimensão exata da marca “Homens de Perto”. Em 2017, os “Homens de Perto” completam 15 anos de estrada.

Foto: Thafarel Lobo