Guia21 recomenda ‘Os campos voltarão’ e ‘Planeta dos Macacos: A Guerra’

Milton Ribeiro

Os filmes de guerra dominam o panorama. Se temos a 2ª Guerra Mundial em Dunkirk, temos a 1ª Guerra em Os campos voltarão, filme antibélico do veterano Ermanno Olmi, e ainda o “futuro” de Planeta dos Macacos: A Guerra.

Mas ousaríamos dizer que o melhor está nas continuações. Monsieur & Madame Adelman é ótimo, Perdidos em Paris é uma pequena joia do bom humor, O Cidadão Ilustre é forte candidato a melhor filme do ano e Neve Negra tem os melhores cinco minutos finais que um cinéfilo pode desejar.

Não esqueça que, sábado, às 18h, o Desconcerto levará o Réquiem de Fauré para o Bar Parangolé. Talvez seja algo inédito no mundo.

Este pequeno Guia é um resumo. Não se trata de uma programação completa, mas de recomendações dos melhores espetáculos que assistimos. O critério é a qualidade. Se você tiver sugestões sobre o formato e conteúdo de nosso guia, por favor, comente. Boa semana! De segunda a sexta, atualizamos nosso Guia21 com a programação do que acontece em POA.

Cinema – Estreias

Os Campos Voltarão (****)
(Torneranno I Prati), de Ermanno Olmi, Itália, 2014, 100 min


1917. Um grupo de soldados italianos está se aproximando de trincheiras inimigas nas montanhas, no final da Primeira Guerra Mundial. Ao redor, apenas neve e silêncio, homens entre longas e intermináveis esperas. A situação é aterrorizante. E, quando novas ordens chegam, ninguém sabe se vai conseguir sobreviver. O filme se passa durante uma noite. Poucos filmes antibelicistas têm a intensidade deste de Olmi (A Árvore dos Tamancos e tantos outros). Livremente inspirado no livro La Paura (O Medo), de Federico de Roberto, ambienta-se nas trincheiras da 1ª Guerra Mundial, no Altopiano di Asiago. Aliás, o filme é dedicado por Olmi a seu pai, “que viveu a guerra quando criança e me contava sempre histórias sobre ela”.

Na Cinemateca Capitólio, às 19h

Planeta dos Macacos: A Guerra (****)
(War for the Planet of The Apes), de Matt Reeves, EUA, 2017, 142 min


A nova série Planeta dos Macacos, inaugurada em 2011, é sensacional nos aspectos técnicos, mas deixava muito a dever em impacto. Esqueça a frase anterior, pois, Planeta dos Macacos – A Guerra é um grande filme. Não existe a possibilidade de a série vir a se tornar um fenômeno cultural comparável ao do filme inaugural de 1968 de Franklin J. Schaffner, mas a forma com que o diretor Matt Reeves testa os nervos da plateia é digna de nota. Dois anos após os eventos revelados em Planeta dos Macacos: A Revolta (2014), César, o líder dos macacos, é obrigado a enfrentar um exército de seres humanos comandado por Coronel, um homem implacável que deseja a sua extinção. Apesar de todos os esforços e tentativas de conciliação, ao deparar-se com a morte de milhares de companheiros, César entende que é chegado o momento de os macacos se unirem e provarem a sua força, mesmo que isso implique a destruição de toda a raça humana. A batalha que todos querem vencer vai pôr em risco não apenas a coexistência dos primatas, mas também o futuro do planeta.

CÓPIAS 3D DUBLADAS
No Cineflix Total 1, às 13h30, 16h20, 19h10 e 22h
No Cinemark Ipiranga 3, às 14h20, 17h30 e 20h40
No Cinemark Ipiranga 4, às 16h e 19h20
No Cinespaço Wallig 4, às 15h e 18h
No GNC Iguatemi 4, às 13h10
No GNC Praia de Belas 1, às 13h10 e 18h50
CÓPIAS 3D LEGENDADAS
No Cinemark Ipiranga 4, às 22h25
No Cinespaço Wallig 4, às 21h
No GNC Iguatemi 4, às 16h, 18h50 e 21h40
No GNC Praia de Belas 1, às 16h e 21h40
CÓPIAS DUBLADAS
No Arcoplex Boulevard 1, às 13h30, 16h10, 18h50 e 21h30
No Arcoplex Rua da Praia 1, às 14h 16h40 e 19h30
No Cineflix Total 5, às 14h
No Cine Victória 1, às 15h, 16h45 e 19h30
No Cinemark Ipiranga 2, às 18h30 e 21h40
No Cinespaço Wallig 2, às 14h, 17h e 20h
No Espaço Itaú 5, às 14h e 17h
No GNC Iguatemi 6, às 16h20
No GNC Lindoia 1, às 13h20, 16h10, 19h e 21h50
No GNC Praia de Belas 6, às 16h20 e 22h
CÓPIAS LEGENDADAS
No Cineflix Total 5, às às 21h45
No Espaço Itaú 4, às 15h, 18h e 21h
No Espalo Itaú 5, às 20h
No GNC Iguatemi 6, às 13h50, 19h10 e 22h
No GNC Moinhos 4, às 16h e 21h10
No GNC Praia de Belas 6, às 13h30 e 19h10

Cinema – Em cartaz

Dunkirk (****)
de Christopher Nolan, EUA / Reino Unido / França, 2017, 106 min


Os livros de história em português falam na Batalha de Dunquerque, mas o nome do filme de Christopher Nolan ficou com o nome da cidade francesa em… inglês. O filme é baseado na história da Operação Dínamo, que conseguiu resgatar mais de 330 mil homens daquela cidade durante o início da Segunda Guerra Mundial. A operação envolvia a retirada da Força Expedicionária Britânica e de outras tropas aliadas do porto de Dunquerque, cercado pelas forças nazistas, que naquele começo de guerra já invadia os Países Baixos e o Norte da França. Enquanto a liderança do exército inglês calculava que apenas 25% dos soldados conseguiria sair do cerco, a operação conseguiu tirar a quase todos. Como todos os filmes de Nolan, Dunkirk é excepcionalmente bem filmado, mas não é o maior filme de guerra de todos os tempos, como alguns estão falando. Tem que comer muito mingau para chegar ao nível de Vá e Veja, de Elem Klímov, para citar apenas um concorrente.

CÓPIA IMAX DUBLADA
No Cinespaço Wallig 8. às 13h30
CÓPIA IMAX LEGENDADA
No Cibnespaço Wallig 8, às 16h, 18h30 e 21h
CÓPIAS DUBLADAS
No Cinemark Ipiranga 6, às 19h30
No Cinespaço Wallig 7, às 17h30 e 19h30
No Espaço Itaú 6, às 13h20 e 17h40
No GNC Praia de Belas 5, às 17h45
CÓPIAS LEGENDADAS
No Cineflix Total 2, às 21h30
No Cinemark Ipiranga 5, às 22h
No Cinespaço Wallig 7, às 21h40
No Espaço Itaú 6, às 15h30, 19h50 e 22h
No GNC Iguatemi 3, às 14h45 e 19h15
No GNC Moinhos 2, às 15h10, 17h20, 19h30 e 21h40
No GNC Praia de Belas 4, às 18h40
No GNC Praia de Belas 5, às 22h10

Monsieur & Madame Adelman (****)
de Nicolas Bedos, França, 2016, 120 min


Sarah (Doria Tillier) e Victor (Nicolas Bedos) estiveram juntos por 45 anos. No funeral dele, Sarah é abordada por um jornalista que deseja contar a história de seu marido, um renomado escritor, a partir do olhar da mulher que sempre o acompanhou. A partir de então, ela passa a contar as minúcias do relacionamento que tiveram, incluindo segredos bastante íntimos. Ao longo dos 45 anos que o filme cobre, somos apresentados a personagens envolventes, complexos, que aprendem, se renovam, erram e tentam de novo. Sem cair em clichês, o romance entre eles floresce de maneira atribulada e eles trocam de papéis constantemente, mas sempre de maneira bem construída e relevante. Um belo filme.

No Guion Center 3, às 14h30 e 20h30
Na Sala Eduardo Hirtz, às 16h45

O Reencontro (***)
(Sage Femme), de Martin Provost, França, 2016, 117 min

Cena de ‘O Reecontro’

Béatrice (Catherine Deneuve) tem aproximadamente 70 anos. É extravagante, expansiva, inconveniente, não possui moradia fixa nem reservas financeiras e amou demais, ao menos numericamente. Um de seus amores foi o pai de Claire (Catherine Frot) de quem foi madrasta quando ela tinha 13 anos de idade e, de repente, fugiu. Por trás da fachada alegre, Béatrice é uma mulher solitária. Agora, trinta e tantos anos depois, Claire tem 49, não bebe, não fuma, não se excede em nada. Rígida, leva uma vida irretocável com seu filho. Na verdade, é uma mulher igualmente solitária. Porém, quando descobre ser portadora de uma doença terminal, Béatrice procura seu antigo amor. Só que o pai de Claire morreu há décadas e ela só obtém contato com a ex-enteada. Claire é obstetra — aliás, que grandes cenas de partos há no filme! –, Béatrice não é nada. Como diz o título, o filme se baseia no reencontro entre ambas. Não é nenhuma maravilha, mas funciona direitinho dentro de uma estrutura nada original. Parece cinema médio americano, mas as duas Catherines são fantásticas.

No GNC Moinhos 4, às 13h40 e 18h50
No Guion Center 2, às 16h25 e 18h35

Gatos (****)
(Kedi), de Ceyda Torun, EUA / Turquia, 2016, 79 min


Eles são personagens indissociáveis da cidade de Istambul. Estão por toda parte. A cineasta Ceyda Torun fez um documentário sobre eles. Acompanha sete gatos pela cidade. Há o sociável, o caçador, o psicopata, o cavalheiro, etc. Ceyda, na verdade, usa os gatos para falar de Istambul, de mudança – e seus reflexos nas pessoas. Os gatos da cidade têm estatuto de monumento. Quem visita Istambul, sabe que conviver com os felinos é tão importante como visitar museus, mesquitas, palácios ou mercados. O filme é “uma carta de amor” aos gatos e à própria cidade. Conta a história de sete das “centenas de milhares” de animais que por lá passeiam. Basta entrar no palácio Topkapi, sede do poder otomano durante séculos, para convencer os mais incrédulos: os felinos entram e saem do palácio mais valioso e respeitado do país com uma desfaçatez inaudita. Para quem, mesmo assim, tenha dúvidas, receita-se a A Cidadela, de Orhan Pamuk, o único nobel turco, onde o grande escritor de Istambul explica o papel que eles tiveram na eliminação da peste na idade média.

No Espaço Itaú 3, às 13h30 e 15h20

Perdidos em Paris (****)
(Lost in Paris), de Fiona Gordon e Dominique Abel, Bélgica/França, 2015, 83 min


O casal de artistas circenses Dominique Abel e Fiona Gordon revelam-se maravilhosos neste Perdidos em Paris, filme que escreveram, dirigiram e protagonizaram. Trazem um humor leve e descompromissado. O nonsense comanda o intrincado jogo de gestos e desencontros entre a bibliotecária Fiona (Fiona Gordon), a tia dela, Martha (a icônica presença de Emmanuelle Riva, morta em janeiro deste ano), e o desconhecido pobretão Dom (Dominique Abel). Tudo transcorre em Paris, tendo nos personagens verdadeiras caricaturas. O filme é uma declarada homenagem à arte de Chaplin, Jacques Tati e de Jean-Louis Barrault. Enquanto Fiona parte em busca da tia, com paradeiro incerto, ela esbarra num amontoado de coincidências e de momentos hilários. Com o Divirta-se e mais).

No Guion Center 1, às 16h05 e 19h45

Divinas Divas (****)
de Leandra Leal, Brasil, 2016, 101 min

Foto: Divulgação

As Divinas Divas são ícones da primeira geração de artistas travestis no Brasil dos anos 1960. Um dos primeiros palcos a abrigar homens vestidos de mulher foi o Teatro Rival, dirigido por Américo Leal, avô da diretora. O filme traz para a cena a intimidade, o talento e as histórias de uma geração que revolucionou o comportamento sexual e desafiou a moral de uma época. As oito biografadas em Divinas Divas foram guerreiras. Pioneiras do travestismo artístico no País, enfrentaram preconceito, mas se fizeram aceitas. Rogéria define-se como a travesti da família brasileira. Só o fato de o filme de Leandra Leal, inicialmente rejeitado, maldito, estar estreando em todas essas salas já é um acontecimento. Mas há mais: o filme é bom mesmo.

Na Sala Norberto Lubisco, às 17h

Neve Negra (***)
(Nieve Negra), de Martin Hodara, Argentina, 2016, 100 min


Salvador (Ricardo Darín) vive isolado do mundo nas colinas geladas da Patagônia. Sozinho há décadas, ele recebe a inesperada visita do irmão Marcos (Leonardo Sbaraglia) e de sua namorada, Laura (Laia Costa). O objetivo dos dois é que Salvador aceite vender as terras que os irmãos receberam como herança, algo que ele não está nem um pouco disposto a fazer. É que Marcos precisa desesperadamente de dinheiro e tem uma excelente proposta em mãos. O confronto entre os dois grandes atores argentinos é conduzido com habilidade por Hodara em meio a flashbacks. Ms o desfecho parece inferior ao restante do filme.

No Guion Center 3, às 18h45

O Cidadão Ilustre (*****)
(El Ciudadano Ilustre), de Mariano Cohn e Gastón Duprat, Argentina, 2015, 120 min


Daniel Mantovani (Oscar Martínez), um escritor argentino e vencedor do Prêmio Nobel, radicado há 40 anos na Europa, volta à sua terra natal que inspirou a maioria de seus livros, para receber o título de Cidadão Ilustre da cidade — um dos únicos prêmios que aceitou receber. No entanto, sua ilustre visita desencadeará uma série de situações complicadas entre ele e o povo local. Quando chega a cidadezinha de Salas, o escritor é recebido pelo prefeito, que lhe mostra a agenda programada para os poucos dias em que permanecerá ali. O primeiro deles é uma aula aberta. E, por mais que relute, será levado num desfile em carro de bombeiros ao lado da miss local. O humor de O Cidadão Ilustre é construído a partir das diferenças e da tensão entre a sofisticação de Daniel e a simplicidade dos moradores de Salas. O que muitos ali ainda não sabem é que a cidade e seus antigos habitantes serviram de cenário e inspiração para personagens dos romances e contos dele — e os retratos nem sempre são nostálgicos ou agradáveis.

Na Sala Paulo Amorim, às 17h15

Exposições

Exposição Fotográfica 20 anos de Presídio Central
De 20 de julho a 25 de agosto, segunda a sexta-feira, das 9h às 18h
Palácio da Justiça (Praça Marechal Deodoro, 55)

A Exposição Fotográfica 20 anos de Presídio Central. Organizada pela AJURIS, em parceria com o Memorial do Judiciário do RS, a atividade apresenta a realidade da superlotação dos presídios e da violação dos direitos humanos da maior cadeia do Estado. Por meio das fotos feitas pelo juiz de Direito Sidinei Brzuska e das imagens do acervo do magistrado Marco Antônio Bandeira Scapini, falecido em 2014, a exposição conduz o olhar dos visitantes pelas galerias e estruturas do prédio e mostra a degradação do local ao longo das duas décadas de interdição. Por um decreto do Governo do Estado, publicado em janeiro deste ano, o Presídio Central passou a se chamar Cadeia Pública de Porto Alegre. A mostra poderá ser conferida gratuitamente até o dia 25 de agosto, de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h. A Exposição Fotográfica 20 anos de Presídio Central foi montada pela primeira vez no átrio do Foro Central II de Porto Alegre como parte do Seminário Sistema Prisional e Direitos Humanos, evento promovido pela AJURIS nos dias 11 e 12 de agosto de 2016. O Seminário integrou a programação do aniversário de 72 anos da Associação.

Exposição “25 vezes Duchamp – A Fonte 100 anos”.
Museu de Arte Contemporânea – 6º andar da CCMQ (Andradas, 736).
Até 3 de setembro | Terças a sextas, das 10h às 19h, e sábados, domingos e feriados, das 12h às 19h

A Fonte 100 anos”, em homenagem à célebre e polêmica obra de Marcel Duchamp, “Fonte”. A abertura ocorre às 19h, no 6º andar da Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ). A entrada é gratuita. Com a curadoria de José Francisco Alves, a mostra apresenta 56 obras de 24 artistas convidados, a maioria inédita, realizada especialmente para a homenagem. “As obras escolhidas apresentam características variadas com a herança de Duchamp, com trabalhos de caráter objetual, a apropriação de materiais e coisas preexistentes, a elaboração mental e não manual dos objetos, o humor, o jogo, a provocação e até mesmo a revolta com a situação atual da política e das instituições brasileiras. Temos variadas, simples e sofisticadas experiências artísticas, num universo de possibilidades que é uma das mais atrativas marcas da arte contemporânea, que a cada dia testa os seus limites”, diz José Francisco.

Três Exposições na Galeria Duque
Rua Duque de Caxias, 649 – Centro Histórico, Porto Alegre
Seg/Sex: 10:00 às 19:00h | Sáb: 10:00 às 17:00h
Até 20 de agosto

A Galeria Duque inaugura três exposições neste sábado (15/07), às 14h30: a mostra Poesias singulares, com obras novas do acervo assinadas por mestres de renome internacional como Henry Moore, Lygia Pape e Aldo Locatelli; a coletiva Quatro poesias, das artistas gaúchas Daisy Viola, Graça Craidy, Roberta Agostini e Rosane Morais; e a individual Zona litorânea, série lúdica de Marcos Tabbal.

Foto: Obra de Graça Craidy

A trajetória da luz, de Leon Santos
No Margs, Praça da Alfêndega, s/n
De 12 a 13/08/2017, das 10:00 – 19:00

O Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli convida para abertura da exposição “A trajetória da Luz”, dia 11 de julho, às 19h, nas Salas Negras do MARGS. A mostra, com curadoria de Rogério Simões, pode ser visitada de 12 de julho até 13 de agosto, com entrada franca. A exposição tem por objetivo divulgar, pela primeira vez no Sul do Brasil, o trabalho do fotógrafo santista marcando o final de uma longa fase de cerca de 20 anos com a fotografia P&B. O público irá encontrar uma seleção de cerca de 40 imagens, em grandes formatos, grande parte no tamanho 60×45 e algumas em tamanho maior (70×90), que compões um panorama do trabalho do artista. Desse total, 10 imagens serão inéditas documentando o olhar do fotógrafo para a cidade de Porto Alegre, as demais são um apanhado da carreira do artista sempre com destaque para o P&B.

Música

Concerto da Série Ufrgs
8 de agosto de 2017, terça-feira, às 20h30
Salão de Atos da UFRGS — Avenida Paulo Gama, 110

Em seu próximo concerto no Salão de Atos da Universidade Federal do RS (UFRGS), a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa) promove um encontro entre as tradições musicais da Rússia e dos Estados Unidos. No dia 8 de agosto, terça-feira, às 20h30, obras de Dmitri Shostakovich, Aaron Copland, Piotr Ilyich Tchaikovsky e George Gershwin, compositores referenciais dos dois países, serão executadas sob a batuta do maestro mexicano Enrique Diemecke, diretor musical da Filarmônica de Buenos Aires. Parte da Série UFRGS, o evento tem como solista o clarinetista Diego Grendene de Souza. Os ingressos serão vendidos a R$ 30 no dia do evento, na bilheteria do local.

PROGRAMA
Dmitri Shostakovich: Abertura Festiva op. 96
Aaron Copland: Concerto para Clarinete
Piotr Ilyich Tchaikovsky: Francesca da Rimini, op. 32
George Gershwin: Um Americano em Paris

Regente: Enrique Diemecke (México)
Solista: Diego Grendene (Brasil | clarinete)

Foto: Olga Markelova Medeiros

Projeto Desconcerto — Réquiem em ré menor, opus 48, de Gabriel Fauré
Bar Parangolé (Lima e Silva, 240)
Dia 5 de agosto, às 18h

Quem transitar pela Cidade Baixa no próximo sábado, dia 5 de agosto, vai ter a oportunidade de presenciar uma experiência singular. O grupo vocal Provox, sob regência de Guilherme Rodrigues, interpreta o Réquiem em ré menor, opus 48, de Gabriel Fauré (1845-1924), na área externa do bar Parangolé (Lima e Silva, 240). É a vigésima primeira edição do projeto Desconcerto, que desta vez tem início às 18h. A missa fúnebre composta por Fauré foi recentemente apresentada em uma igreja da capital gaúcha, em recital que integra a formação de Rodrigues no curso de graduação em Música, com habilitação em Regência Coral, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Agora ele vai experimentá-la em outro contexto. “Nada melhor que celebrar essa obra, tão viva e acolhedora em relação a um tabu como a morte, em um bar no nosso bairro mais alegre e pulsante”, avalia o jovem regente. Em seu Réquiem, Fauré não segue exatamente o modelo litúrgico, incluindo textos que não pertencem à Missa dos Mortos. As alterações dão à obra um sentimento de fé no descanso eterno, o que a singulariza em relação às composições do mesmo gênero de Mozart ou Verdi, nas quais a morte é encarada com temor. “Mas é assim que eu vejo a morte: uma alegre libertação; mais uma aspiração em direção à felicidade do que uma experiência dolorosa”, disse Fauré. Além das quinze vozes do grupo Provox, a performance no Desconcerto vai contar com as participações da soprano Elisa Machado e do barítono Francis Padilha, como solistas, e do pianista Fernando Rauber. O projeto não cobra um valor fixo de couvert artístico, mas sugere uma contribuição espontânea. Reservas pelo 3019-6898.

Foto: Sofia Cortese

Teatro

Yerma ou quanto tempo leva para transbordar um balde
De 04 a 27 de agosto, sextas a domingos, sempre às 20h
Teatro Renascença (Centro Cultural Lupicínio Rodrigues – Av. Erico Verissimo 307, Azenha, Porto Alegre

Dia 04 de agosto estreia Yerma, do Teatro Ateliê, no Teatro Renascença. Um espetáculo adulto que trata de desejos, anseios e quereres de uma sociedade que cria códigos de conduta moral e de felicidade, contada transversalmente pelas expectativas de um casal que, ao mesmo tempo, os alimenta e os devora. Em 1934, Federico Garcia Lorca – na sua obra Yerma – falava de um universo de desejos insatisfeitos, maledicência, vergonha e ignorância. Um casal sem filhos. Suposições pessoais ou da sociedade sobre as quais existe um “culpado”, deformidades causadas por códigos de conduta ignoradas, defeitos físicos ou espirituais que o deformam. Esta universo é base e guia para a construção do espetáculo “Yerma ou quanto tempo leva para transbordar um balde”. A investigação parte de uma mulher e seu desejo de ser mãe para observar as distintas questões que nos inquietam – quereres, desejos e ânsias em uma coletividade que estabelece um guia de comportamento ética que a faz infeliz; os papéis no casamento e suas decorrências dentro da conjuntura social dos últimos séculos e a correlação sobre o que é possível e o que é desejado por cada pessoa.

Foto: Guega Peixoto

BUKOWSKI – Histórias da Vida Subterrânea
De 04 a 13 de agosto, de sexta a domingo sempre às 20 horas
Teatro de Arena – Altos do viaduto da Borges

aseado na vida e em fragmentos da obra do escritor norte-americano Charles Bukowski, notabilizado por uma literatura de caráter extremamente auto-biográfico, o espetáculo Bukowski: Histórias da Vida Subterrânea apresenta a oitava temporada do dia 04 a 13 de agosto, no Teatro de Arena. O espetáculo, grande sucesso de crítica e público, permeia a vida de Charles Bukowski, que revela – por meio de sua literatura autobiográfica – os trânsitos pelo caminho que se estendem da superfície ao subterrâneo psíquico, tanto do indivíduo quanto de sua relação em meio coletivo. Suas problemáticas, seus questionamentos, suas reflexões sobre a sociedade representada aqui como um agente que estabelece os conceitos que definem estratos e intelectos. O próprio tempo, o ato de pensar e viver sobre o tempo nos é apresentado em suas obras.