Guia21 recomenda ‘Lady Macbeth’, ‘Corpo Elétrico’, ‘Queermuseu’ e ‘Yerma’

Milton Ribeiro

Destacamos quatro lançamentos. O grande filme inglês Lady Macbeth, baseado num original de Leskov, o brasileiro Corpo Elétrico, o finlandês O Dia Mais Feliz da Vida de Olli Mäki e o argentino Eva não dorme. Tem para quase todos os gostos, como você poderá conferir lendo as sinopses. 

No campo das artes plásticas, o Santander Cultural recebe a imensa exposição Queermuseu – Cartografias da Diferença na Arte Brasileira, vasto painel de 85 artistas e 270 obras, de meados do século 20 até os dias de hoje. 

No teatro, sugerimos Yerma ou quanto tempo leva para transbordar um balde, cujo tema foi retirado da peça de García Lorca que fala de um universo de desejos insatisfeitos, maledicência, vergonha e ignorância.

Este pequeno Guia é um resumo. Não se trata de uma programação completa, mas de recomendações dos melhores espetáculos que assistimos. O critério é a qualidade. Se você tiver sugestões sobre o formato e conteúdo de nosso guia, por favor, comente. Boa semana! De segunda a sexta, atualizamos nosso Guia21 com a programação do que acontece em POA.

Cinema – Estreias

Lady Macbeth (****)
(Lady Macbeth), de William Oldroyd, Reino Unido, 2016, 89 min


O filme é uma adaptação do romance Lady Macbeth de Mtsensk, de Leskov. Shostakovich escreveu uma ópera baseada na mesma história, fato que o separou para sempre de uma boa convivência com Stálin. O pequeno livro publicado em 1865 era escandaloso, espécie de denúncia dos males que afligiam a Rússia, entre os quais a ignorância, a escravidão na zona rural e o tratamento das mulheres como propriedade sem valor. Na transposição para a Inglaterra, Katherine é vendida pela família, trancafiada em casa e tratada de forma aviltante pelo marido e sogro. Não pode sair de casa e entedia-se. Durante uma ausência do marido, envolve-se com Sebastian, um peão, e a liberdade desperta dentro dela o desejo e a oportunidade de ser dona de si. Katherine chegará a extremos. Tremendo filme.

No GNC Moinhos 2, às 13h40, 15h40, 17h30, 19h30 e 21h35
No Espaço Itaú 2, às 19h30 e 21h30

Corpo Elétrico (****)
de Marcelo Caetano, Brasil, 2016, 94 min


O filme acompanha Elias, um jovem que tenta equilibrar seu cotidiano entre o trabalho em uma fábrica de vestuários e encontros casuais com outros homens. Em cada cama que Elias se deita um universo se abre a partir das narrativas contadas pelos personagens. Elias ama de forma leve. Ele tem 23 anos é gay e nordestino. Usa cada encontro para moldar um pouco sua personalidade, tornando-se uma espécie de prisma humano, capturando tudo que pode de seus parceiros. Ele transita entre o masculino e o feminino, pode ser o trabalhador empenhado, mas também um anarquista debochado. Dessa forma, Corpo Elétrico questiona também os lugares socialmente estabelecidos para gays, negros, mestiços, migrantes, operários.

No CineBancários, às 15h e 19h
No Espaço Itaú 8, às 17h20, 19h20 e 21h20

O Dia Mais Feliz da Vida de Olli Mäki (*****)
(Hymyilevä Mies), de Juho Kuosmanen, Finlândia / Alemanha / Suécia, 2016, 96 min


Representante da Finlândia no último Oscar, O Dia Mais Feliz da Vida de Olli Mäki baseia-se numa história real. 1962. O pugilista amador finlandês Olli Mäki está prestes a enfrentar o norte-americano Davey Moore, campeão mundial na categoria peso-pluma. A vitória no combate pode mudar a sua vida e torná-lo uma estrela do boxe profissional. Apesar de se sentir fisicamente preparado para o grande momento, há algo que joga sua concentração nas nuvens: Raija, uma jovem mulher que acabou de conhecer e por quem se apaixonou perdidamente… O romance aparece com grande beleza, mostrando um lado do atleta que raramente se vê em um filme. Há uma grande delicadeza nas cenas entre Olli e Raija, assim como os diálogos tímidos, como se estivéssemos vendo a paixão entre dois adolescentes. Um filme mais sobre sentimentos e humanidade do que suor, sangue e gritos de vitória. (Com ajuda do Plano Crítico).

Na Cinemateca Capitólio, às 15h

Eva não dorme (****)
(Eva no duerme), de Pablo Aguero, Argentina, Espanha, França, 2015, 87 min


Em 1952, a primeira-dama da Argentina, Evita Péron, morre de câncer aos 33 anos de idade e seu corpo é embalsamado. Três anos depois, o presidente Juan Perón sofre um golpe de estado e o corpo de Evita é enviado para a Europa, com o intuito de apagar o legado dela da memória popular. Seu corpo então vira o centro de um confronto de poder que dura 25 anos. Sem pretensões históricas ou documentais, o filme privilegia uma leitura poética sobre o papel dos ícones na sociedade. O roteiro parte da morte para imaginar os sucessivos tratamentos físicos e midiáticos que o corpo recebeu. Para representar o apelo de Evita junto às plateias da época, o diretor Pablo Aguero utiliza materiais de arquivo, com discursos da antiga primeira-dama sobre a igualdade social. As imagens em branco e preto criam forte contraste com o conteúdo fantasista. (Com ajuda do AdoroCinema).

No Guion Center 2, às 15h50 e 19h30
No Guion Center 3, às 17h40

Cinema – Em cartaz

Os Campos Voltarão (****)
(Torneranno I Prati), de Ermanno Olmi, Itália, 2014, 100 min


1917. Um grupo de soldados italianos está se aproximando de trincheiras inimigas nas montanhas, no final da Primeira Guerra Mundial. Ao redor, apenas neve e silêncio, homens entre longas e intermináveis esperas. A situação é aterrorizante. E, quando novas ordens chegam, ninguém sabe se vai conseguir sobreviver. O filme se passa durante uma noite. Poucos filmes antibelicistas têm a intensidade deste de Olmi (A Árvore dos Tamancos e tantos outros). Livremente inspirado no livro La Paura (O Medo), de Federico de Roberto, ambienta-se nas trincheiras da 1ª Guerra Mundial, no Altopiano di Asiago. Aliás, o filme é dedicado por Olmi a seu pai, “que viveu a guerra quando criança e me contava sempre histórias sobre ela”.

Na Cinemateca Capitólio, às 18h30

Planeta dos Macacos: A Guerra (****)
(War for the Planet of The Apes), de Matt Reeves, EUA, 2017, 142 min


A nova série Planeta dos Macacos, inaugurada em 2011, é sensacional nos aspectos técnicos, mas deixava muito a dever em impacto. Esqueça a frase anterior, pois, Planeta dos Macacos – A Guerra é um grande filme. Não existe a possibilidade de a série vir a se tornar um fenômeno cultural comparável ao do filme inaugural de 1968 de Franklin J. Schaffner, mas a forma com que o diretor Matt Reeves testa os nervos da plateia é digna de nota. Dois anos após os eventos revelados em Planeta dos Macacos: A Revolta (2014), César, o líder dos macacos, é obrigado a enfrentar um exército de seres humanos comandado por Coronel, um homem implacável que deseja a sua extinção. Apesar de todos os esforços e tentativas de conciliação, ao deparar-se com a morte de milhares de companheiros, César entende que é chegado o momento de os macacos se unirem e provarem a sua força, mesmo que isso implique a destruição de toda a raça humana. A batalha que todos querem vencer vai pôr em risco não apenas a coexistência dos primatas, mas também o futuro do planeta.

CÓPIAS 3D DUBLADAS
No Cineflix Total 2, às 13h30, 16h15, 19h05 e 21h55
No Cinespaço Wallig 4, às 16h
No GNC Iguatemi 4, às 13h30
No GNC Praia de Belas 1, às 13h30 e 19h
CÓPIAS 3D LEGENDADAS
No Cinemark Barra 7, às 14h30, 17h30 e 20h40
No Cinespaço Wallig 4, às 21h
No GNC Iguatemi 4, às 16h10, 19h e 21h50
No GNC Praia de Belas 1, às 16h10 e 19h45
CÓPIAS DUBLADAS
No Arcoplex Boulevard 2, às 18h50 e 21h30
No Arcoplex Rua da Praia 2, às 14h e 16h40
No Cinemark Ipiranga 6, às 14h15, 17h20 e 20h40
No Cinespaço Wallig 2, às 14h, 17h e 20h
No Cine Victória 1, às 16h45
No GNC Lindoia 2, às 13h40, 19h e 21h40
No GNC Praia de Belas 6, às 16h e 21h35
CÓPIAS LEGENDADAS
No Cinemark Barra 2, às 22h15
No Cinemark Ipiranga 7, às 22h15
No Espaço Itaú 4, às 15h10, 18h e 21h
No GNC Iguatemi 3, às 16h e 18h45
No GNC Praia de Belas 6, às 18h50

Dunkirk (****)
de Christopher Nolan, EUA / Reino Unido / França, 2017, 106 min


Os livros de história em português falam na Batalha de Dunquerque, mas o nome do filme de Christopher Nolan ficou com o nome da cidade francesa em… inglês. O filme é baseado na história da Operação Dínamo, que conseguiu resgatar mais de 330 mil homens daquela cidade durante o início da Segunda Guerra Mundial. A operação envolvia a retirada da Força Expedicionária Britânica e de outras tropas aliadas do porto de Dunquerque, cercado pelas forças nazistas, que naquele começo de guerra já invadia os Países Baixos e o Norte da França. Enquanto a liderança do exército inglês calculava que apenas 25% dos soldados conseguiria sair do cerco, a operação conseguiu tirar a quase todos. Como todos os filmes de Nolan, Dunkirk é excepcionalmente bem filmado, mas não é o maior filme de guerra de todos os tempos, como alguns estão falando. Tem que comer muito mingau para chegar ao nível de Vá e Veja, de Elem Klímov, para citar apenas um concorrente.

CÓPIA IMAX LEGENDADA
No Cinespaço Wallig 8, às 16h e 21h
CÓPIAS DUBLADAS
No Espaço Itaú 6, às 13h20 e 17h40
CÓPIAS LEGENDADAS
No Cinemark Barra 8, às 19h20 e 22h
No Cinespaço Wallig 4, às 13h30 e 18h50
No Espaço Itaú 6, às 15h30, 19h50 e 22h
No GNC Iguatemi 2, às 15h e 20h
No GNC Moinhos 1, às 15h35, 17h40 e 19h50
No GNC Praia de Belas 4, às 15h30 e 20h

Monsieur & Madame Adelman (****)
de Nicolas Bedos, França, 2016, 120 min


Sarah (Doria Tillier) e Victor (Nicolas Bedos) estiveram juntos por 45 anos. No funeral dele, Sarah é abordada por um jornalista que deseja contar a história de seu marido, um renomado escritor, a partir do olhar da mulher que sempre o acompanhou. A partir de então, ela passa a contar as minúcias do relacionamento que tiveram, incluindo segredos bastante íntimos. Ao longo dos 45 anos que o filme cobre, somos apresentados a personagens envolventes, complexos, que aprendem, se renovam, erram e tentam de novo. Sem cair em clichês, o romance entre eles floresce de maneira atribulada e eles trocam de papéis constantemente, mas sempre de maneira bem construída e relevante. Um belo filme.

No Guion Center 1, às 14h15, 18h35 e 20h50
Na Sala Eduardo Hirtz, às 17h15

Perdidos em Paris (****)
(Lost in Paris), de Fiona Gordon e Dominique Abel, Bélgica/França, 2015, 83 min


O casal de artistas circenses Dominique Abel e Fiona Gordon revelam-se maravilhosos neste Perdidos em Paris, filme que escreveram, dirigiram e protagonizaram. Trazem um humor leve e descompromissado. O nonsense comanda o intrincado jogo de gestos e desencontros entre a bibliotecária Fiona (Fiona Gordon), a tia dela, Martha (a icônica presença de Emmanuelle Riva, morta em janeiro deste ano), e o desconhecido pobretão Dom (Dominique Abel). Tudo transcorre em Paris, tendo nos personagens verdadeiras caricaturas. O filme é uma declarada homenagem à arte de Chaplin, Jacques Tati e de Jean-Louis Barrault. Enquanto Fiona parte em busca da tia, com paradeiro incerto, ela esbarra num amontoado de coincidências e de momentos hilários. Com o Divirta-se e mais).

Na Sala Paulo Amorim, às 15h

Divinas Divas (****)
de Leandra Leal, Brasil, 2016, 101 min

Foto: Divulgação

As Divinas Divas são ícones da primeira geração de artistas travestis no Brasil dos anos 1960. Um dos primeiros palcos a abrigar homens vestidos de mulher foi o Teatro Rival, dirigido por Américo Leal, avô da diretora. O filme traz para a cena a intimidade, o talento e as histórias de uma geração que revolucionou o comportamento sexual e desafiou a moral de uma época. As oito biografadas em Divinas Divas foram guerreiras. Pioneiras do travestismo artístico no País, enfrentaram preconceito, mas se fizeram aceitas. Rogéria define-se como a travesti da família brasileira. Só o fato de o filme de Leandra Leal, inicialmente rejeitado, maldito, estar estreando em todas essas salas já é um acontecimento. Mas há mais: o filme é bom mesmo.

Na Sala Norberto Lubisco, às 16h45

Exposições

Queermuseu – Cartografias da Diferença na Arte Brasileira
No Santander Cultural, Rua Sete de Setembro, 1028 | Centro Histórico
De 16 de agosto até 8 de outubro | Ter a sábado, das 10h às 19h | Domingos, das 13h às 19h

O Santander Cultural apresenta a mostra Queermuseu – Cartografias da Diferença na Arte Brasileira com mais de 270 obras – oriundas de coleções públicas e privadas – que percorrem o período histórico de meados do século 20 até os dias de hoje. Trata-se de uma iniciativa inédita que explora a diversidade de expressão de gênero e a diferença na arte e na cultura em períodos diversos. O Santander valoriza a diversidade e investe em sua unidade de cultura no Sul do País para que ela seja contemporânea, plural e criativa. A exposição, que adota um modelo de disposição não cronológica e propõe desfazer hierarquias, mostra que a diversidade surge refletida no modelo artístico observada sob aspectos da variedade e da diferença. Pintura, gravura, fotografia, serigrafia, desenho, colagem, cerâmica, escultura e vídeo são apresentadas por meio de 85 artistas. Queermuseu é, sobretudo, uma mostra que busca dar projeção à arte e a cultura por meio de questões artísticas que ultrapassam diversos aspectos da vida contemporânea, na constituição formal dos objetos, nos hábitos, nos costumes, na moda, na diversidade comportamental, geracional e na evolução da estética.

Rogério Nazari

Exposição Fotográfica 20 anos de Presídio Central
De 20 de julho a 25 de agosto, segunda a sexta-feira, das 9h às 18h
Palácio da Justiça (Praça Marechal Deodoro, 55)

A Exposição Fotográfica 20 anos de Presídio Central. Organizada pela AJURIS, em parceria com o Memorial do Judiciário do RS, a atividade apresenta a realidade da superlotação dos presídios e da violação dos direitos humanos da maior cadeia do Estado. Por meio das fotos feitas pelo juiz de Direito Sidinei Brzuska e das imagens do acervo do magistrado Marco Antônio Bandeira Scapini, falecido em 2014, a exposição conduz o olhar dos visitantes pelas galerias e estruturas do prédio e mostra a degradação do local ao longo das duas décadas de interdição. Por um decreto do Governo do Estado, publicado em janeiro deste ano, o Presídio Central passou a se chamar Cadeia Pública de Porto Alegre. A mostra poderá ser conferida gratuitamente até o dia 25 de agosto, de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h. A Exposição Fotográfica 20 anos de Presídio Central foi montada pela primeira vez no átrio do Foro Central II de Porto Alegre como parte do Seminário Sistema Prisional e Direitos Humanos, evento promovido pela AJURIS nos dias 11 e 12 de agosto de 2016. O Seminário integrou a programação do aniversário de 72 anos da Associação.

Exposição “25 vezes Duchamp – A Fonte 100 anos”.
Museu de Arte Contemporânea – 6º andar da CCMQ (Andradas, 736).
Até 3 de setembro | Terças a sextas, das 10h às 19h, e sábados, domingos e feriados, das 12h às 19h

A Fonte 100 anos”, em homenagem à célebre e polêmica obra de Marcel Duchamp, “Fonte”. A abertura ocorre às 19h, no 6º andar da Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ). A entrada é gratuita. Com a curadoria de José Francisco Alves, a mostra apresenta 56 obras de 24 artistas convidados, a maioria inédita, realizada especialmente para a homenagem. “As obras escolhidas apresentam características variadas com a herança de Duchamp, com trabalhos de caráter objetual, a apropriação de materiais e coisas preexistentes, a elaboração mental e não manual dos objetos, o humor, o jogo, a provocação e até mesmo a revolta com a situação atual da política e das instituições brasileiras. Temos variadas, simples e sofisticadas experiências artísticas, num universo de possibilidades que é uma das mais atrativas marcas da arte contemporânea, que a cada dia testa os seus limites”, diz José Francisco.

Três Exposições na Galeria Duque
Rua Duque de Caxias, 649 – Centro Histórico, Porto Alegre
Seg/Sex: 10:00 às 19:00h | Sáb: 10:00 às 17:00h
Até 20 de agosto

A Galeria Duque inaugura três exposições neste sábado (15/07), às 14h30: a mostra Poesias singulares, com obras novas do acervo assinadas por mestres de renome internacional como Henry Moore, Lygia Pape e Aldo Locatelli; a coletiva Quatro poesias, das artistas gaúchas Daisy Viola, Graça Craidy, Roberta Agostini e Rosane Morais; e a individual Zona litorânea, série lúdica de Marcos Tabbal.

Foto: Obra de Graça Craidy

Música

Duo de flautas doces Curvo-Soares
Na Ecarta, Av. João Pessoa, 943
Sábado (19), às 18h, entrada franca

Os flautistas Luciane Cuervo e Vladimir Soares formam o Duo Cuervo-Soares e vão apresentar, no sábado (19.08), um repertório de músicas de diferentes períodos da história, bem como instrumentos da família da flauta doce, da Idade Média até o período contemporâneo. O recital será composto pelos gêneros erudito e popular e o programa reúne obras de Vivaldi, Telemann e Pixinguinha e a estreia do compositor brasileiro Dimitri Cervo, com obra criada especialmente para o Duo Cuervo-Soares.

Foto: Felipe Adami e Ckaudio Etges

Clube da Esquina Tributo RS é atração no Chapeu Acústico
Dia 22 de agosto de 2017 (terça), a partir das 19h
No Salão Mourisco – Biblioteca Pública do Estado (Riachuelo, 1190)

Uma ‘viagem’ por Minas Gerais através da obra de três dos seus maiores compositores: Lô Borges, Beto Guedes e Milton Nascimento é o que propõe o “Clube da Esquina Tributo RS”, atração do dia 22 de agosto (terça-feira), a partir das 19h, na Biblioteca Pública do estado (BPE). O espetáculo faz um apanhado de várias fases desses grandes artistas, com ênfase, obviamente, no álbum “Clube da Esquina” de 1972, uma das maiores obras-primas da MPB, tendo lançado uma estética inédita e forjado um movimento musical que conquistou o respeito mundial de músicos, crítica e público nos quatro cantos do mundo. Dentro do projeto Chapeu Acústico, coordenado pelo fotógrafo e produtor Marcos Monteiro, o show tem entrada mediante contribuição espontânea. Formado por Alemão Jef (Voz e violão 12 cordas), Zeca Garcia (guitarra semiacústica), Daniel Vlacic (contrabaixo) e Rainer Campos (bateria), o grupo tocará 14 músicas. São elas: “Trem Azul” (Lô Borges/Ronaldo Bastos), “Nada Será Como Antes” (Milton Nascimento/Ronaldo Bastos), “Paisagem da Janela” (Lô Borges/Fernando Brant), “Nuvem Cigana” (Lô Borges/Ronaldo Bastos), “Para Lennon e McCartney” (Lô Borges/Fernando Brant/Márcio Borges), “Trem de Doido” (Lô Borges/Márcio Borges), “Tudo Que Você Podia Ser” (Lô Borges/Márcio Borges), “Amor de Índio” (Beto Guedes/Ronaldo Bastos), “Um Girassol da Cor do Seu Cabelo” (Lô Borges/Márcio Borges), “Clube da Esquina 2” (Lô Borges/Milton Nascimento/Márcio Borges), “O Caçador” (Lô Borges/Márcio Borges), “A Força do Vento” (Rogério Freitas), “Feira Moderna” (Beto Guedes/Ronaldo Bastos/Lô Borges) e “Fé Cega, Faca Amolada” (Milton Nascimento/Ronaldo Bastos).

Teatro

Yerma ou quanto tempo leva para transbordar um balde
De 04 a 27 de agosto, sextas a domingos, sempre às 20h
Teatro Renascença (Centro Cultural Lupicínio Rodrigues – Av. Erico Verissimo 307, Azenha, Porto Alegre

Dia 04 de agosto estreia Yerma, do Teatro Ateliê, no Teatro Renascença. Um espetáculo adulto que trata de desejos, anseios e quereres de uma sociedade que cria códigos de conduta moral e de felicidade, contada transversalmente pelas expectativas de um casal que, ao mesmo tempo, os alimenta e os devora. Em 1934, Federico Garcia Lorca – na sua obra Yerma – falava de um universo de desejos insatisfeitos, maledicência, vergonha e ignorância. Um casal sem filhos. Suposições pessoais ou da sociedade sobre as quais existe um “culpado”, deformidades causadas por códigos de conduta ignoradas, defeitos físicos ou espirituais que o deformam. Esta universo é base e guia para a construção do espetáculo “Yerma ou quanto tempo leva para transbordar um balde”. A investigação parte de uma mulher e seu desejo de ser mãe para observar as distintas questões que nos inquietam – quereres, desejos e ânsias em uma coletividade que estabelece um guia de comportamento ética que a faz infeliz; os papéis no casamento e suas decorrências dentro da conjuntura social dos últimos séculos e a correlação sobre o que é possível e o que é desejado por cada pessoa.

Foto: Guega Peixoto

GRANDES bênçãos/daDIVAS preciosas
18, 19 e 20 de agosto (sexta, sábado e domingo), às 20h.
Teatro de Arena (Av. Borges de Medeiros, 835 – Centro, Porto Alegre – RS)

Retorna a cartaz em curta temporada nos dias 18, 19 e 20 de agosto no Teatro de Arena o espetáculo GRANDES bênçãos/daDIVAS preciosas, solo de Lauro Fagundes com direção de Ricardo Zigomático. O texto original usa como inspiração o universo narrativo de Happy Days, peça de Samuel Beckett, e se apresenta como uma delicada homenagem às grandes mulheres que marcaram a vida do ator. Fagundes iniciou o desenvolvimento do projeto após assistir à montagem Oh, os belos dias, dirigida por Rubens Rusche estrelada por Sandra Dani como Winnie. É a partir do texto de Beckett que o espetáculo aborda temas como o envelhecimento, o amor pela vida, o medo e a fissura pela morte, a juventude, a passagem do tempo a partir da fala dessa única criatura, que também são várias – dentro de um universo de grandes divas do teatro.

Foto: Qex Bittencourt