Guia21 recomenda ‘Fragmentado’, ‘T2 Trainspotting’, ‘Imprevistos de Uma Noite em Paris’ e mais

Milton Ribeiro

Três boas estreias, uma totalmente diferente da outra. Fragmentado é um grande filme norte-americano de suspense. T2 Trainspotting é uma comédia escabrosa, sequência de um filme-símbolo dos anos 90. Já Imprevistos de Uma Noite em Paris é a luta de um homem que tenta salvar um teatro parisiense.

Na área da música, terça-feira teremos Jorginho Trumpete no Salão Mourisco da Biblioteca Pública e, nas artes plásticas uma grande exposição de Vera Reichert no Margs, “A Inquietude do Olhar”.

Mas há muito mais. Confira outras indicações abaixo. 

Este pequeno Guia é um resumo. Não se trata de uma programação completa, mas de recomendações dos melhores espetáculos que assistimos. O critério é a qualidade. Se você tiver sugestões sobre o formato e conteúdo de nosso guia, por favor, comente. Boa semana! De segunda a sexta, atualizamos nosso Guia21 com a programação do que acontece em POA.

Cinema – Estreias

Fragmentado (****)
(Split), de M. Night Shyamalan, EUA, 2017, 117 min


O melhor filme do mestre do suspense Shyamalan. Kevin (James McAvoy) possui 23 personalidades distintas e consegue alterná-las quimicamente em seu organismo apenas com a força do pensamento. Um dia, ele sequestra três adolescentes que encontra em um estacionamento. Vivendo em cativeiro, elas passam a conhecer as diferentes facetas de Kevin e precisam encontrar algum meio de escapar. A atuação de McAvoy é sensacional. Todas as 23 personalidades têm como elo de ligação a sexualidade. A menina Hedwig, de 9 anos, é a personalidade mais dilacerante do filme. Vale a pena.

CÓPIAS DUBLADAS
No Arcoplex Boulevard 2, às 19h e 21h20
No Cine Victória 1, às 15h30 e 17h45
No Cineflix Total 3, às 14h30, 17h e 19h30
No Cinespaço Wallig 1, às 14h e 16h30
No Cinespaço Wallig 7, às 16h30
No Cinemark Ipiranga 8, às 13h20 e 16h
No GNC Iguatemi 5, às 14h30
No GNC Praia de Belas 3, às 14h
CÓPIAS LEGENDADAS
No Cineflix Total 3, às 22h
No Cinespaço Wallig 1, às 19h e 21h30
No Cinespaço Wallig 7, às 16h10, 18h40 e 21h10
No Cinemark Barra 6, às 13h05, 15h45, 18h45 e 21h40
No Cinemark Ipiranga 7, às 17h50 e 20h40
No Espaço Itaú 6, às 13h30, 16h, 18h30 e 21h
No GNC Iguatemi 5, às 17h10, 19h30 e 21h50
No GNV Moinhos 1, às 14h10, 16h30, 19h10 e 21h30
No GNC Praia de Belas 3, ás 16h30, 19h10 e 21h50

T2 Trainspotting (***)
(T2 Trainspotting), de Danny Boyle, Reino Unido, 2017, 117 min


Sequência de Trainspotting – Sem Limites (1996), a trama apresenta os mesmos personagens e o mesmo elenco e diretor, vinte anos depois. Ou seja, da rebeldia para a nostalgia. O filme original foi um dos que mais marcaram a cultura popular dos anos 90. T2 Trainspotting é tudo o que se espera dele: assustador, engraçado, desesperadamente triste, de visual arrojado. O que começou como uma brincadeira na década de 1990 agora renasce como uma comédia negra escabrosa e brutal sobre a decepção masculina de meia-idade e o medo da morte.

No Espaço Itaú 2, às 14h10, 16h40, 19h10 e 21h40
No GNC Moinhos 4, às 13h50, 16h15, 18h50 e 21h15
No Guion Center 1, às 14h15, 16h30, 18h45 e 21h

Imprevistos de Uma Noite em Paris (***)
(Ouvert la Nuit), de Edouard Baer, França, 2017, 97 min


Um teatro de Paris enfrenta uma série de problemas: os funcionários não recebem os salários há meses, os patrocinadores querem retirar o apoio financeiro e a mais nova peça, de um excêntrico diretor japonês, não agrada o elenco. O diretor do local, Luigi (Edouard Baer), tem que enfrentar todos esses problemas e mais alguns, como a necessidade de encontrar um macaco de verdade para participar do espetáculo e a dificuldade de comparecer ao aniversário do afilhado. Nas 24h que antecedem a estreia, ele tenta consertar todos os erros, à sua maneira malandra e pouco honesta.

No Guion Center 3, às 13h50, 17h35 e 21h15

Cinema – Em cartaz

Jonas e o Circo sem Lona (*****)
de Paulo Gomes, Brasil, 2015, 82 min


O documentário mostra o dia a dia de Jonas, um artista-mirim que sonha em manter vivo o circo que ele mesmo criou no quintal de casa. Enquanto luta por isso, atravessa a grande aventura de crescer. Rodado ao longo de dois anos na Região Metropolitana de Salvador, o filme partiu de uma pesquisa iniciada em 2006 pela diretora. Paula procurava por circos itinerantes pelo interior da Bahia quando conheceu a família de Jonas. Vindo de uma família tradicional de artistas, Jonas teve a ideia de criar o seu próprio circo, usando materiais que restaram do circo que a família tinha deixado para trás. Os novos artistas são amigos e vizinhos que ele convidou para participar e ensinou um pouco da arte circense. O filme também discute a educação no Brasil através do dilema de Jonas. Sem incentivo nenhum da escola e dos professores, o garoto quer deixar os estudos de lado para se se dedicar totalmente a sua paixão. Mas a mãe não abre mão do futuro do filho e vê nos estudos a grande oportunidade.

No CineBancários, às 17h

O Filho de Joseph (***)
(Le Fils de Joseph), de Eugène Green, França/Bélgica 2016, 115 min


Vincent, um adolescente de 15 anos, foi criado com amor por sua mãe, Marie, mas ela sempre se recusou a revelar quem é seu pai. Ele finalmente descobre que é um certo Oscar Pormenor, um editor parisiense egoísta e cínico. Vincent desenvolve um violento plano de vingança, mas seu encontro com Joseph, um homem que vive à margem da sociedade, tem um profundo impacto em sua vida, assim como na vida de sua mãe.

No Guion Center 2, às 14h05, 16h20 e 18h30

Personal Shopper (****)
(Personal Shopper), de Olivier Assayas, França, 2016, 105min


Em Personal Shopper, o novo filme do francês Olivier Assayas, prêmio de melhor direção em Cannes, Kristen Stewart segue seu processo de emancipação artística interpretando Maureen Cartwright, uma jovem americana que trabalha em Paris como assistente pessoal de uma célebre e temperamental “top model” (Kyra, vivida pela austríaca Nora Von Waldstatten), comprando-lhe roupas e sapatos. Maureen está de luto pela morte recente de Lewis, o seu irmão gémeo. Lewis e ela combinaram que o primeiro a morrer daria um sinal do Além ao outro. Maureen, que tem qualidades mediúnicas, está obcecada por receber esse sinal e protagoniza uma assustadora experiência sobrenatural na casa no campo onde Lewis vivia com a mulher. Parece bobo, mas Assayas garante excelente filme.

Na Sala Paulo Amorim, às 17h15

Logan (****)
de James Mangold, EUA, 2017, 137 min


Em 2029, Logan (Hugh Jackman) ganha a vida como chofer de limousine para cuidar do nonagenário Charles Xavier (Patrick Stewart). Debilitado fisicamente e esgotado emocionalmente, ele é procurado por Gabriela (Elizabeth Rodriguez), uma mexicana que precisa da ajuda do ex-X-Men para defender a pequena Laura Kinney / X-23 (Dafne Keen). Ao mesmo tempo em que se recusa a voltar à ativa, Logan é perseguido pelo mercenário Donald Pierce (Boyd Holbrook), interessado na menina. Repleto de simbolismos, o longa de James Mangold opõe passado e presente, juventude e velhice, saudosismo e novidade para fazer a passagem de bastão do icônico Wolverine (Hugh Jackman) para a nova geração de Laura Kinney / X-23. Depois de 17 anos — e nove vezes no papel –, o filme é a despedida que Jackman (caso não volte a viver o personagem, como já anunciou) merecia.

CÓPIAS DUBLADAS
No Arcoplex Boulevard 2, às 14h
No Arcoplex Rua da Praia 2, às 16h30
No Cine Victória 1, às 20h
No Cineflix Total 4, às 13h40, 16h20, 19h10 e 21h50
No Cinemark Ipiranga 6, às 18h45 e 21h40
No GNC Iguatemi 3, às 13h20
No GNC Lindoia 1, às 21h30
No GNC Praia de Belas 2, às 13h30
CÓPIAS LEGENDADAS
No Cinespaço Wallig 5, às 14h, 16h30, 19h e 21h30
No Cinemark Barra 1, às 14h40, 17h40 e 20h40
No Cinemark Barra 8, às 16h40 e 19h30
No Cinemark Ipiranga 6, às 15h20
No Espaço Itaú 3, às 14h, 16h30, 19h e 21h30
No GNC Iguatemi 3, às 16h, 18h40 e 21h20
No GNC Praia de Belas 2, às 18h50 e 21h40

Um Limite Entre Nós (****)
(Fences), de Denzel Washington, EUA, 2016, 139 min


Fences conta a história de um homem que sonha em ser jogador de basebol, nos Estados Unidos, mas a liga de basebol não aceita negros. Quando, finalmente, essa barreira é eliminada, o protagonista já não tem idade para jogar num clube profissional. O argumento do filme baseia-se numa peça de teatro do escritor August Wilson. Viol,a Davis ganhou o Oscar de melhor atriz de 2017 por seu trabalho no filme.

No GNC Moinhos 3, às 19h

Moonlight – Sob a Luz do Luar (****)
(Moonlight), de Barry Jenkins, EUA, 2016, 111 min


Filme sensação do último Festival Internacional de Cinema de Toronto e grande concorrente ao Oscar 2017, Moonlight: Sob a Luz do Luar é uma pérola. Dirigido pelo cineasta norte americano Barry Jenkins, com roteiro baseado na peça In Moonlight Black Boys Look Blue, de Tarell McCraney, o filme fala sobre a vida de um garoto de origem humilde que precisa enfrentar os absurdos feitos pela mãe e acreditar nas suas escolhas num mundo indiferente. Black trilha uma jornada de autoconhecimento enquanto tenta escapar do caminho fácil da criminalidade e do mundo das drogas de Miami. Encontrando amor em locais surpreendentes, ele sonha com um futuro maravilhoso.

No Espaço Itaú 1, às 17h e 21h20
No GNC Moinhos 3, às 16h e 21h40

Eu Não Sou Seu Negro (*****)
(I Am Not Your Negro), de Raoul Peck, EUA / França / Bélgica / Suíça, 2016, 95 min


Narrado por Samuel L. Jackson, o documentário constrói uma reflexão sobre como é ser negro nos Estados Unidos. Em 1979, James Baldwin iniciou seu último livro, Remember This House, relatando as vidas e assassinatos dos lideres ativistas que marcaram a história social e politica americana: Medgar Evers, Malcolm X e Martin Luther King Jr. Baldwin não foi capaz de completar o livro antes de sua morte, e o manuscrito inacabado foi confiado ao diretor Raoul Peck, que combina esse material com um rico arquivo de imagens dos movimentos Direitos Civis e Black Power, conectando essas lutas históricas por justiça e igualdade com os movimentos atuais que ainda clamam os mesmos direitos. Um filme estarrecedor e necessário.

Na Sala Paulo Amorim, às 15h30 e 19h15

O Apartamento (*****)
(Forushande), de Asghar Farhadi, Irã/França, 2016, 125 min


Emad (Shahab Hosseini) e Rana (Taraneh Alidoosti) são casados e encenam a montagem da peça teatral “A Morte de um Caixeiro Viajante”, de Arthur Miller. Um dia, eles são surpreendidos com o alerta para que eles e todos os moradores do prédio em que vivem deixem o local imediatamente. O problema é que, devido a uma obra próxima, todo o prédio corre o risco de desabamento. Diante deste problema, Emad e Rana passam a morar, provisoriamente, em um apartamento emprestado. É lá que Rana é surpreendida com a entrada de um estranho no banheiro, justamente quando está tomando banho. Ela acaba no hospital por motivos que não devemos declinar. O trauma do ocorrido que afeta, cada vez mais, suas vidas. “O Apartamento” é de Asghar Farhadi — mesmo diretor de “A Separação” — e é um filme notavelmente bem narrado, desconcertante e de grande tensão. Excelente roteiro e atores.

No Guion Center 3, às 18h30
Na Sala Eduardo Hirtz, às 16h30

Eu, Daniel Blake (*****)
(Daniel Blake), de Ken Loach, Reino Unido / França / Bélgica, 2016, 97 min


Após sofrer um ataque cardíaco e ser desaconselhado pelos médicos a retornar ao trabalho, Daniel Blake (DAVE JOHNS), um carpinteiro de meia-idade, busca receber os benefícios concedidos pelo governo a todos que estão nesta situação. Entretanto, ele esbarra na extrema burocracia instalada pelo governo, amplificada pelo fato dele ser um analfabeto digital. Numa de suas várias idas a departamentos governamentais, ele conhece Katie (HAYLEY SQUIRES), uma mãe solteira de duas crianças, que se mudou recentemente para a cidade para escapar de viver numa residência para sem-abrigos em Londres. Sem condições financeiras para se manter, a única hipótese de Katie foi a de aceitar um apartamento numa cidade que ela desconhece, a 300 milhas de distância. Daniel e Katie encontram-se na terra de ninguém, presos na burocracia da Segurança Social… Longa que apresenta um retrato crítico sobre o sistema de bem-estar social inglês “EU, DANIEL BLAKE“, filme do diretor britânico Ken Loach foi o grande vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes/ 2016. Triste, kafkiano, realista e perfeito. Este vai direto para o Top 10 de 2017.

Na Sala Norberto Lubisco, às 17h

Exposições

“A Inquietude do Olhar”, de Vera Reichert
No Margs, Praça da Alfândega, s/n°, de terças a domingos, das 10h às 19h
Até 7 de maio

O Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli, MARGS, inaugura a exposição A Inquietude do Olhar, da artista plástica Vera Reichert, no dia 22 de março de 2017, com início às 19h. Na ocasião, também será lançado o livro que deu origem ao título da exposição, com registros da produção da artista em seus 30 anos de carreira. A exposição que ocupará as galerias Iberê Camargo e Oscar Boeira do MARGS, tem curadoria de Ana Zavadil e pode ser visitada até 7 de maio de 2017. No dia mundial da água, Vera Reichert apresenta sua exposição “A Inquietude do Olhar”, um recorte de sua produção que busca chamar a atenção para os problemas da água e da natureza, onde a água é a sua matéria plástica. Ao longo de 30 anos Vera desenvolveu e experimentou suportes e mídias variadas para materializar suas ideias, inicialmente através da pintura, passando para a fotografia, com desdobramentos em instalações, além da produção em vídeo e intervenções na paisagem.

PlanoPedraPapelPessoa
Galeria da Duque, Rua Duque de Caxias, 649
Até 3 de Maio, Seg/Sex: das 10h às 19h | Sáb: das 10h às 17h

Obras de grandes mestres recém-incorporadas ao acervo e a nova produção de cavalos do escultor Caé Braga são as atrações da exposição planopedrapapelpessoa que a Galeria Duque inaugura na sexta-feira (17/03), às 18h, com curadoria de Daisy Viola. A mostra fica em cartaz até 3 de maio. A galeria mostrará pela primeira vez ao público dezenas de novas obras que passam a integrar o acervo. Com ênfase na arte brasileira, são trabalhos de mestres como Hércules Barsotti, Carlos Bracher, Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti, Alice Soares, Alice Brueggman, Benedito Calixto, Carlos Vergara, Iberê Camargo, Carybé, Vasco Prado, Siron Franco, Jorge Guinle, Orlando Teruz, Farnese de Andrade, Tomie Ohtake, Yoshiya Takaoka, Abraham Palatnik e Victor Vassarely, entre outros. “Mostraremos obras que ampliam as possibilidades do olhar; que em tempos diversos restabeleceram os limites do fazer artístico. Serão planos tratados milimetricamente em espaços de cor, com forma e conteúdo impecáveis de um tempo em que a narrativa figurativa comprometia a postura política e social da pessoa-artista. Assim, a obra comunica através do ritmo da cor e da forma”, diz a curadora.

A Fonte de Duchamp: 100 Anos da Arte Contemporânea
No Margs, Praça da Alfândega, s/n°, de terças a domingos, das 10h às 19h
Até 23 de abril

A mostra tem o objetivo de marcar os 100 anos de Fonte, obra icônica de Marcel Duchamp (1887-1968), considerada uma das obras de arte mais importantes do Séc. XX. A Fonte foi um passo adiante nas experiências de Duchamp, no que ele chamou de readymade (algo como “objeto-pronto”), trabalhos feitos com peças industrializadas, simplesmente escolhidas pelo artista por sua beleza. Extraídos do contexto funcional original e considerados como obra pelo simples ato do artista em dar-lhes títulos e exibi-los como arte. A provocação de Duchamp, a par de todas as teses, histórias e especulações que giram em torno do readymade, com o tempo reverberou e foi adquirindo maior importância. Em especial a partir da década de 1950, com a Pop Arte, e, definitivamente, nos anos 60 e 70, do Minimalismo à Arte Conceitual, formando assim a base dos problemas do que hoje entendemos como Arte Contemporânea. A provocação, o humor e, principalmente, a elaboração mental como características da arte contemporânea tem em Duchamp a sua origem. Muito dos aspectos construtivos da obra de arte nos últimos 60 anos têm nos readymades seus precedentes fundamentais: a apropriação de coisas pré-existentes e o uso de técnicas industriais na feitura – ou montagem – das obras. O artista, assim, deixa de fabricar ele mesmo o trabalho, não o faz manualmente, somente elabora a obra de arte. Artistas participantes: Albano Afonso, Jac Leirner, Alexandra Eckert, Jander Rama, Alfi Vivern, Juan Urruzola, Almandrade, Leandro Machado, Ana Norogrando, Leonardo Fanzelau, André Petry, Lia Menna Barreto, Andrei Thomaz, Marina Camargo, Avatar Moraes, Mário Rohnelt, Britto Velho, Mauro Fuke, Carlos Asp, Mona Hatoum, Charles Long, Neca Sparta, Cibele Vieira, Peter Fox, Cláudio Maciel, Otto Sulzbach, Daniel Escobar, Romanita Disconzi, Didonet Thomaz, Rui Macedo, Dione Veiga Vieira, Rochele Zandavalli, Dudi Maia Rosa, Rommulo Vieira Conceição, Eleonora Fabre, Saint Clair Cemin, Emilia Sandoval, Sandro Ka, Fabio Del Re, Shirley Paes Leme, Felipe Barbosa, Telmo Lanes, Fernanda Martins Costa, Teresa Poester, Fernando Baril, Teti Waldraff, Fernando Lindote, Tridente, Gaudêncio Fidelis, Waltercio Caldas e Gilberto Perin.

Música

Jorginho Trumpete e Luiz Mauro Filho — Parceria Pra Lá de Si Bemól
Salão Mourisco da Biblioteca Pública do Estado/BPE (Riachuelo, 1190)
Em 28 de março de 2017 (terça-feira), às 19h

Após uma apresentação bem sucedida na Biblioteca Pública do Estado (BPE), no final de novembro, com lotação esgotada e uma performance repleta de sucessos e improvisações, Jorginho do Trompete e o pianista Luiz Mauro Filho voltam ao Salão Mourisco, no dia 28 de março, às 19h. A dupla sela 21 anos de parceria, no show “Parceria Pra Lá de Si Bemól”, em que faz um apanhado desta trajetória, tocando standards do jazz, bossa nova e samba, dando espaço para algum improviso. Dentro do projeto Chapeu Acústico, a entrada se dá mediante contribuição espontânea. Reconhecidos no cenário artístico gaúcho, os dois artistas de inquestionável talento mantém uma relação pautada pela amizade, parceria, companheirismo e principalmente pela música. Tocando junto nesse período, o duo criou personalidade, consolidou temas e descobriu improvisações. Foram nesses muitos encontros sonoros que a cumplicidade foi se estreitando e aumentando. Nesta apresentação eles resumem, se isso é possível, um pouco desta longa estrada juntos, em que acumulou pérolas e alçou vôos. O programa será composto por músicas que no passar do tempo marcaram a amizade e parceria desses dois grandes profissionais, entre o jazz e a MPB, com momentos de improvisação, conforme o clima e reação da plateia.

| Foto: Marcos Monteiro

Teatro

Ilha
No dia 26/03, domingo, às 16h30min – Arroio Dilúvio,
Em frente ao Parque Marinha do Brasil, próximo ao anfiteatro Pôr-do-Sol

Ilha é o primeiro espetáculo do projeto Ecopoética: Arte e Sustentabilidade em Intervenções Urbanas. Financiada pelo Fumproarte, a montagem vai criar uma ilha de lixo que irá flutuar pelas águas poluídas de Porto Alegre. O diretor Rossendo Rodrigues comemora o resultado de quatro anos de investigação cênica em intervenções realizadas ao ar livre na Capital gaúcha. “O projeto vem construindo uma trajetória. Fizemos outras performances, mas esse é o primeiro espetáculo. Tudo que já fizemos é pesquisa para composição de espetáculos teatrais e performáticos no ambiente urbano”, explica o encenador. A pesquisa para composição de Ilha começou no ano passado e os ensaios se estenderam pelos últimos três meses. Em cena, quatro atrizes terão como palco um amontoado de lixo flutuante erguido sobre uma estrutura de vinte metros quadrados composta por ferro, madeira e tonéis plásticos reutilizados. Só para a composição dos figurinos foram utilizadas mais de três mil sacolas plásticas. Serão dois locais de apresentações e o cenário natural tornará cada sessão única. A estreia será na Ilha da Pintada e, no domingo seguinte, Ilha segue para o arroio Dilúvio na confluência com o Guaíba. Por questões de segurança, essa ilha cênica ficará atada e ancorada. A produção terá o suporte de um barco, que acompanhará as apresentações. O espetáculo recebeu autorização da Marinha para ser encenado em Porto Alegre.

| Foto: Adriana Marchiori

Ícaro
De 10 a 26/03 – sextas, sábados e domingos, às 20h
Teatro do Instituto Goethe (Rua 24 de outubro, 112 – Independência, Porto Alegre)

Ícaro é, acima de tudo, um espetáculo sobre a diversidade humana. Em cena, um único ator e seis histórias que abordam temas universais, como relacionamentos entre pais e filhos, resiliência, relações amorosas, suicídio, preconceito, gravidez e maternidade. O ponto em comum: todas são depoimentos ficcionais de pessoas cadeirantes.
Dramas que se tornaram espetáculo pelas mãos do ator gaúcho Luciano Mallmann, que estreia como dramaturgo e vai interpretar todas as personagens. São homens e mulheres que contam para a plateia seus medos, frustrações, alegrias e conquistas. A inspiração partiu das próprias experiências do autor e de pessoas que conheceu depois que passou a usar cadeira de rodas. Em 2004, Luciano sofreu uma lesão na medula ao cair durante uma acrobacia aérea em tecido no Rio de Janeiro. Com direção Liane Venturella, a montagem intimista valoriza a interpretação. Sobre o palco, não haverá cenário nem marcações bruscas. “O que mais importa é este ator contando essas histórias. É a própria força que está no corpo do Luciano. É essencialmente um trabalho de ator. Ele é o elemento principal”, afirma a diretora.

| Foto: Fernanda Chemale