Guia21 recomenda Com amor, Van Gogh, Thelma e a exposição PulsationsPulsações

Milton Ribeiro

Muitas estreias, doze. Porém, a maioria delas foi mal avaliada pela crítica e pelo público. Sugerimos duas.

Primeiro, a surpreendente animação Com Amor, Van Gogh, trabalho que envolveu a criação de 62.450 quadros a óleo para contar a história do final da vida do pintor. Depois, o suspense norueguês Thelma, que mistura paranormalidade e fundamentalismo religioso em uma muito boa história.

Para complementar, o Instituto Ling inaugurou a exposição PulsationsPulsações – Do arquivo vivo de Sérvulo Esmeraldo, primeira exposição póstuma do artista cearense, pioneiro da arte cinética e autor de obras de geometria e luminosidade singulares.  

Abaixo, maiores detalhes de tudo isso e muito mais.

Este pequeno Guia é um resumo. Não se trata de uma programação completa, mas de recomendações dos melhores espetáculos que assistimos. O critério é a qualidade. Se você tiver sugestões sobre o formato e conteúdo de nosso guia, por favor, comente. Boa semana! De segunda a sexta, atualizamos nosso Guia21 com a programação do que acontece em POA.

Cinema – Estreias

Com Amor, Van Gogh (****)
(Loving Vincent), de Dorota Kobiela e Hugh Welchman, Reino Unido/Polônia, 2017, 95 min


A trama da animação britânica e polonesa se baseia nas mais de 800 cartas escritas pelo próprio Vincent Van Gogh. Depois que as cenas foram filmadas, 85 pintores recriaram os 62.450 frames em formas de pinturas individuais a óleo. Para cada segundo do longa são necessárias nada menos do que 12 pinturas para que a montagem possa ser feita. Ao todo, foram necessários 860 quadros pintados, além de terem sido realizados 1.026 desenhos. Trata-se e uma investigação aprofundada sobre a vida e a misteriosa morte de Vincent Van Gogh através das suas pinturas e dos personagens que habitam suas telas. Animado com a técnica de pintura a óleo do pintor holandês, os personagens mais próximos são entrevistados e há reconstruções dos acontecimentos que precederam sua morte. É o primeiro longa-metragem feito totalmente em óleo sobre tela. A história: 1891. Um ano após o suicídio de Vincent Van Gogh, Armand Roulin encontra uma carta por ele enviada ao irmão Theo, que jamais chegou ao seu destino. Após conversar com o pai, carteiro que era amigo pessoal de Van Gogh, Armand é incentivado a entregar ele mesmo a correspondência. Desta forma, ele parte para a cidade francesa de Arles na esperança de encontrar algum contato com a família do pintor falecido. Lá, inicia uma investigação junto às pessoas que conheceram Van Gogh, no intuito de decifrar se ele realmente se matou. (Com o AdoroCinema).


No Cinespaço Wallig 3, às 19h10 e 21h20
No Espaço Itaú 5, às 16h e 20h
No Guion Center 1, às 14h30, 16h40, 18h40 e 20h30

Thelma (****)
de Joachim Trier, Noruega/França/Dinamarca/Suécia, 2017, 116 min


​Thelma é uma jovem tímida que acaba de deixar a casa dos pais para estudar em Oslo, onde vive seu primeiro amor. Mas seu relacionamento é logo afetado pela intromissão opressiva de sua família, as crenças religiosas fundamentalistas de seus pais e habilidade única que exercem em afetar a vida da garota. Mas há mais coisas perseguindo Thelma (Eili Harboe). Quando a estudante entra na universidade de biologia, os pássaros no céu parecem segui-la. As cobras também. Os pais religiosos acompanham seus passos, fazem com que ela confesse qualquer deslize. Desde a magnífica cena inicial, percebemos que ela está em perigo. A câmera não para de espiá-la, à distância, em planos aéreos, remetendo ao olhar de uma figura divina, meio protetora e meio punitiva. Sabemos que algo grave está prestes a acontecer com a personagem – ou talvez já tenha acontecido. Aos poucos, descobrimos uma jovem cristã corroída pela culpa. Por um lado, a moral estimula que ela reprima todos os seus desejos, o que inclui a proibição de álcool, drogas e sexo.


No Guion Center 3, às 14h15, 18h30 e 20h45

Cinema – Em cartaz

Uma verdade mais inconveniente (****)
(An Inconvenient Sequel: Truth to Power), de Bonni Cohen e Jon Shen, EUA, 2017, 98 min


Dez anos após Uma Verdade Inconveniente (2006) ter alertado sobre a necessidade da união entre países para tratar a crise iminente envolvendo o aquecimento global, Al Gore retorna ao tema para mostrar não apenas as consequências práticas da crise climática, mas também os avanços obtidos na obtenção de energia através de fontes limpas. Há mais de três décadas, o ex-vice-presidente norte-americano Al Gore busca trazer à atenção pública os problemas relacionados às questões ambientais, como o perigo das mudanças climáticas. O Uma Verdade Inconveniente de 2006 gerou grande alvoroço em torno da questão, sendo premiado com o Oscar de Melhor Documentário, contribuindo para que Gore fosse agraciado com o Prêmio Nobel da Paz, em 2007. Passados dez anos, período em que se manteve afastado de cargos políticos, dedicando seu tempo exclusivamente à causa ambientalista, Gore retorna com este Uma Verdade Mais Inconveniente, comandado por Bonni Cohen e Jon Shenk, que atualiza o cenário apresentado no longa anterior. O momento parece ser bastante oportuno, com o tumultuado panorama político dos EUA estabelecido após a eleição de Donald Trump, no qual o tema volta ser questionado – já que o atual presidente trata o assunto como sendo de baixa prioridade, tendo, inclusive, já anunciado oficialmente a saída norte-americana do Acordo de Paris. (Com o Papo de Cinema).


No GNC Moinhos 3, às 13h50

Os golfinhos vão para o leste (***)
(Las Toninas Van al Este), de Gonzalo Delgado e Veronica Perrotta, Uruguai / Argentina, 2016, 83 min


Miguel Angel Garcia Mazziotti, figura gay decadente do showbiz no Rio de la Plata, é visitado por sua filha Virginia, de quem se manteve afastado por anos. El Gordo, como o chamam em Punta del Este, rejeita abertamente a visita. Mas, ao saber que vai se tornar avô, não consegue controlar a emoção e acaba cedendo e compartilhando da felicidade de sua filha. Miguel Ángel (Jorge Denevi) e Virginia (Veronica Perrotta) são pai e filha afastados há anos. Ao engravidar, ela resolve retomar os laços. Sem qualquer preparação ou aviso, Virginia embarca em um ônibus para Punta del Este, caminho tomado pelos golfinhos do título (em tradução literal), a fim de quebrar o gelo formado pelo tempo. No famoso balneário uruguaio, Ángel é uma celebridade que tenta lidar com o envelhecimento. A chegada da filha não apenas não colabora para despistar a velhice como promove, sem sequer consultá-lo, o personagem de Denevi a uma posição nova e desconhecida: a de avô.


No Espaço Itaú 1, às 15h20
Na Sala Eduardo Hirtz, às 15h

Lola Pater (***)
(Lola Pater), de Nadir Moknèche, França / Bélgica, 2017, 95 min


Depois de enterrar sua mãe falecida, o jovem Zino (Tewfik Jallab), de 27 anos, descobriu um grande mistério sobre seu passado. Filho de imigrantes argelinos, ele sempre acreditou que seu pai, Farid (Fanny Ardant), quem não vê há 20 anos, abandonou ele e sua mãe e voltou para a Argélia. Agora, inesperadamente, ele recebe a notícia de que o pai nunca voltou para o seu país natal, nunca se divorciou da mãe e, para completar, se tornou uma mulher transsexual, chamada Lola. O filme é bem intencionado, não espere uma obra-prima. Apesar da originalidade do tema, Lola Pater tem estrutura convencional e pouco criativa.


No Guion Center 2, às 14h, 17h30 e 19h15

Histórias de Amor que Não Pertencem a Este Mundo (***)
(Amori che non sanno stare al mondo), de Francesca Comencini, Itália, 2017, 92 min


Depois de se separar de Flavio (Thomas Trabacchi), Claudia (Lucia Mascino) se vê como uma alma perdida aos 50 anos de idade e acha que a solução para seus problemas é reconquistar o ex-marido. O que ela não imagina é que Flavio já tem outros objetivos bem diferentes: ele quer seguir em frente e mudar de vida. Com isso, reconquistá-lo será uma batalha.


No Guion Center 2, às 15h45

No Intenso Agora (****)
de João Moreira Salles, Brasil, 2017, 127 min


Feito a partir da descoberta de filmes caseiros rodados na China em 1966, durante a fase inicial e mais aguda da Revolução Cultural, No intenso agora trata da natureza efêmera dos momentos de grande intensidade. Às cenas da China somam-se imagens dos eventos de 1968 na França, na Tchecoslováquia e, em menor medida, no Brasil, a partir das quais, na tradição dos filmes-ensaio, tenta-se investigar como aqueles que tomaram parte naqueles acontecimentos seguiram adiante depois do arrefecimento das paixões. As imagens, todas elas de arquivo, revelam não só o estado de espírito das pessoas filmadas – alegria, encantamento, medo, decepção, desalento – como também a relação entre registro e circunstância política. O que se pode dizer de Paris, Praga, Rio de Janeiro e Pequim a partir das imagens daquele período? Por que cada uma dessas cidades produziu um tipo específico de registro?


No Espaço Itaú 8, às 17h10

Um Perfil para Dois (****)
(Un Profil Pour Deux), de Stéphane Robelin, França / Alemanha / Bélgica, 2017, 101 min


O viúvo Pierre não sai de casa há dois anos. Ele descobre as alegrias da internet graças a Alex, um jovem contratado pela filha para lhe ensinar informática. Em um site de encontros, Pierre se interessa por Flora. O problema é que, em seu perfil, o viúvo colocou a foto de Alex e não a sua. Uma bela comédia.


No GNC Moinhos 1, às 14h30, 17h, 19h40 e 21h50

Gabriel e a Montanha (****)
de Fellipe Barbosa, Brasil, 2017, 131 min


Rapaz rico e inteligente deixa sua casa, família e cidade para se aventurar sozinho por territórios distantes com pouca bagagem e muito interesse nas pessoas que encontra pelo caminho. Nunca mais retorna. Apesar das semelhanças, Gabriel e a Montanha não é o Na Natureza Selvagem brasileiro. Por razões distintas, é tão bom quanto. Gabriel Buchmann (João Pedro Zappa) tinha um grande sonho: conhecer a África. Entretanto, mais do que visitar seus pontos turísticos ele desejava conhecer como era o estilo de vida do africano, sem se passar por turista. Desta forma, decide encerrar sua viagem ao mundo justamente no continente, onde se envolve com vários habitantes locais e recebe a visita da namorada, Cristina (Caroline Abras), que mora no Brasil. Prestes a retornar, seu grande objetivo se torna alcançar o topo do monte Mulanje, localizado no Malawi. (Com AdoroCinema).


Na Sala Eduardo Hirtz, às 16h45

Exposições

Exposição PulsationsPulsações – Do arquivo vivo de Sérvulo Esmeraldo
De 28 de novembro de 2017 a 31 de março de 2018
De segunda a sexta, das 10h30 às 22h e sábados, das 10h30 às 20h
Na Galeria do Instituto Ling, na Rua João Caetano, 440

PulsationsPulsações – Do arquivo vivo de Sérvulo Esmeraldo, primeira exposição póstuma do artista cearense,falecido em fevereiro deste ano, pouco antes de completar 88 anos. A exposição mostra uma das trajetórias mais originais da arte brasileira: conhecido por seu rigor geométrico-construtivo, Esmeraldo incursionou pela escultura, a gravura, a ilustração e a pintura, tendo sido um dos pioneiros da arte cinética e autor de obras de geometria e luminosidade singulares. A mostra, com curadoria de Ricardo Resende, traz 84 peças – entre gravuras, matrizes, desenhos, estudos, relevos, maquetes, instalações, documentos e fotografias – que fazem parte do arquivo do IAC – Instituto de Arte Contemporânea (São Paulo/SP). PulsationsPulsações joga luz sobre o rico processo criativo do artista em seus primeiros anos na França, uma fase de aprendizado, de iniciação nas técnicas da gravura em metal e litografia. Contempla os desenhos e as gravuras em metal que compõem esse período europeu, sob a influência do abstracionismo lírico que vigorava na capital francesa naquele momento, que seria uma resposta à Action Painting nova-iorquina. É acompanhada, ainda, de uma seleção de esculturas e de duas pinturas posteriores a essa fase, quando explorou a topologia das coisas e formas.

Sérvulo Esmeraldo | Foto: Leonard De Selva

Exposições Diante do espelho, de Eduardo Vieira da Cunha,
e Prazer em Re conhecer com obras do acervo, na Galeria Duque
Rua Duque de Caxias, 649, de segunda a sexta das 10h às 19h e aos sábados das 10h às 17h
Término: 20 de janeiro de 2018

A exposição Diante do espelho, composta por 10 pinturas e 25 desenhos do artista plástico Eduardo Vieira da Cunha – a maior parte dos trabalhos foi produzida este ano. “Trata-se do resultado de uma pesquisa plástica na qual o imaginário do espelho aparece como uma procura pelo mistério da imagem”, revela ele. A Duque apresenta também obras de mestres do seu acervo. A curadora Daisy Viola faz um recorte com obras que, associadas, criam uma proposta de diálogo com o público, estimulando a reflexão. “Abre-se para um público mais amplo do que aquele que frequenta normalmente o espaço tradicional de uma galeria, a possibilidade de se (re) encontrar com obras de grandes mestres da historia da arte brasileira, e com o trabalho de artistas atuantes no cenário cultural da cidade e do país”, diz Daisy.

Divulgação Eduardo Vieira da Cunha / Galeria Duque

Cabeças Iluminadas – Biba Corrêa
Até 4 de dezembro, De segunda a sexta, das 14h às 18h
Barraco Cultural/Galeria Mascate — – Rua Laurindo, 332 – bairro Santana

Biba é arquiteta de formação, mas sempre circulou com desenvoltura entre a pintura, a estamparia e a escultura leve do papel machê. Plural e inquieta, a artista possibilita o lado utilitário dos objetos com suas cabeças iluminadas. Mais que luminárias, com olhos irreverentes, as 11 peças estarão expostas na galeria. Como já tradição do espaço, moda e arte se encontram: as araras da Mascate apresentam também o trabalho de moda da arquiteta, em vestidos, blusas e jaquetas de Neoprene com estampas de ladrilhos de estâncias gaúchas, registradas pela artista. Mais detalhes aqui.

Crédito: Tiago Coelho

Scheffel por ele mesmo
No Margs (Praça da Alfândega, s/n)
Até 5 de dezembro, de terças a domingos, das 10h às 19h

A Exposição “Scheffel por Ele Mesmo”, reúne obras da Coleção Família Zelmanowicz, Fundação E. F. Scheffel e acervos privados e propõe revelar ao público um recorte sobre a obra de Ernesto Scheffel, talvez o mais instigante de sua produção: a década de 1970, que permanece ainda pouco conhecida. A escolha das obras forma um conjunto estabelecido pelo próprio Scheffel – com texto de sua autoria – em uma exposição por ele sonhada e não realizada em vida. Apresenta ainda, uma mostra de retratos, promovendo uma visão panorâmica sobre a produção artística de Scheffel, a partir da década de 1950 até os anos 2000. Em diálogo com a Exposição, o Museu de Arte do Rio Grande do Sul apresenta uma coletânea de obras dos professores do artista, no Instituto de Belas Artes (atual Instituto de Artes da UFRGS), do período entre 1941 e 1946. Entre eles, nomes consagrados da pintura gaúcha, como: João Fahrion, Ângelo Guido, José Lutzenberger, Benito Castañeda, Maristany de Trias e Fernando Corona, possibilitando ao público um olhar sobre os Mestres que influenciaram diretamente a obra de Ernesto Frederico Scheffel.

Divulgação / Margs

Música

Vanessa da Mata — Caixinha de Música
Dia 1º de dezembro, sexta, às 21h
Teatro do Bourbon Country (Av. Túlio de Rose, 80 / 2º andar – Shopping Bourbon Country)

A turnê aterrissa em Porto Alegre, nesta sexta-feira, dia 1º de dezembro, no Teatro do Bourbon Country; e em Novo Hamburgo, no sábado, dia 2, no Teatro Feevale. Ainda há ingressos à venda para as duas apresentações. Confira o serviço completo abaixo. Canções que entraram no repertório do intimista Delicadeza, em que Vanessa se apresentava amparada por piano, violão e guitarra, foram registradas agora nesse novo trabalho e também fazem parte da nova turnê. É o caso de Love Will Tear us Apart, clássico do grupo inglês Joy Division, e ainda Mágoas de Caboclo e Vá Pro Inferno com Seu Amor, gravadas, respectivamente, por Orlando Silva e a dupla Milionário e José Rico. Os grandes hits de Vanessa, que fizeram dessa cantora e compositora uma das maiores estrelas do mercado fonográfico brasileiro, também não poderiam deixar de estar em Caixinha de Música. Entre elas, Ai, Ai, Ai, Amado, Boa Sorte/Good Luck, Não Me Deixe Só, Ainda Bem, entre outras.

Crédito: Marcos Hermes

Dois no samba — com Diogo Nogueira e Jorge Aragão
Dia 2 de dezembro, sábado, às 21h
Auditório Araújo Vianna (Av. Osvaldo Aranha, 685)

Depois de receber Diogo Nogueira e Martinho da Vila na mesma noite em junho deste ano, com ingressos esgotados, o Auditório Araújo Vianna se prepara para abrigar outro grande encontro. Desta vez, Diogo Nogueira fará show na mesma noite em que Jorge Aragão, no evento Dois no Samba, que promove mais uma homenagem especial ao ritmo brasileiro com o melhor dos repertórios dos dois artistas, exatamente no Dia Nacional do Samba. Com realização da Opus Promoções, as apresentações dos dois músicos, que estão concorrendo ao Grammy Latino neste ano, acontecem em Porto Alegre no dia 2 de dezembro, a partir das 21h. Os ingressos já estão à venda. Confira o serviço completo abaixo. O primeiro a subir no palco será Jorge Aragão com o show que comemora os seus 40 anos de carreira, reunindo sucessos como Malandro, Coisa de Pele, Lucidez, Coisinha do Pai e Vou Festejar. Em seguida, quem assume o microfone é Diogo Nogueira apresentando músicas de seu novo CD Munduê, que será lançado em novembro, além de parte do set list do DVD Alma Brasileira, de setembro do ano passado, que inclui sucessos como Porta Voz da Alegria, Alma Boemia, Clareou e Pé na Areia.

Crédito: Divulgação