Guia21 recomenda ‘Ande Comigo, ‘Mulher Maravilha’ e a mostra ‘Zerbini, Barrão, Albano’

Milton Ribeiro

Nesta semana, indicamos um bom filme dinamarquês, Ande Comigo, e um bem-sucedido blockbuster, Mulher Maravilha, mas achamos que o filé está nas continuações, com os excelentes Paterson e O Cidadão Ilustre.

Recomendamos também a mostra Zerbini, Barrão, Albano no Santander Cultural e a inusitada peça teatral Imobilhados.  Desta vez deixamos de fora o concerto da Ospa que terá uma programação dureza nos bancos igualmente duros da Igreja da Ressurreição, no Colégio Anchieta.

Confira outras indicações abaixo. 

Este pequeno Guia é um resumo. Não se trata de uma programação completa, mas de recomendações dos melhores espetáculos que assistimos. O critério é a qualidade. Se você tiver sugestões sobre o formato e conteúdo de nosso guia, por favor, comente. Boa semana! De segunda a sexta, atualizamos nosso Guia21 com a programação do que acontece em POA.

Cinema – Estreias

Ande comigo (****)
(De standhaftige), de Lisa Ohlin, Dinamarca / Suécia, 2016, 105 min


Um elogiado drama dinamarquês cuja sinopse beira o lacrimoso, mas é digno. Escalado para uma missão em Helmand, Afeganistão, o jovem Thomas fica gravemente ferido após pisar em uma mina terrestre. No centro de reabilitação ele conhece Sofie, uma bailarina em ascensão do Royal Danish Ballet, que está ajudando na recuperação de um parente. Thomas quer desesperadamente voltar ao campo de batalha, mas a melhora não é tão rápida como ele gostaria. Quando Sofie lhe oferece ajuda, ele aceita. E, apesar das diferenças, eles desenvolvem fortes laços de afetivos. Não parece muito inteligente? Pois é, mas esse filme não é norte-americano. Logo o drama aborda o seu verdadeiro tema: o trauma da guerra. Thomas sofre em duas vertentes. Pelo aspecto físico, precisa aprender a retomar os movimentos após perder ambas as pernas. Pelo aspecto psicológico, precisa compreender que o desejo de retornar à guerra em busca de vingança se tornou inviável, e que a impressão de superioridade em relação ao povo invadido não se sustenta mais. Em outras palavras, o macho alfa é obrigado a perceber a sua impotência. (Com a ajuda do AdoroCinema).

No Espaço Itaú 3, às 17h e 21h40

Mulher Maravilha (****)
(Wonder Woman), de Patty Jenkins, EUA, 2017, 141min


Treinada desde cedo para ser uma guerreira imbatível, Diana Prince nunca saiu da paradisíaca ilha em que é reconhecida como princesa das Amazonas. Quando o piloto Steve Trevor se acidenta e cai numa praia do local, ela descobre que uma guerra sem precedentes está se espalhando pelo mundo e decide deixar seu lar certa de que pode parar o conflito. Lutando para acabar com todas as lutas, Diana percebe o alcance de seus poderes e sua verdadeira missão na Terra. Não, não é apenas mais um filme de super-herói. E não é apenas uma questão semântica ou jogo de palavras, afinal estamos diante de uma heroína. A questão, na verdade, é que estamos diante da melhor adaptação da DC desde Batman. (Com a ajuda do AdoroCinema).

CÓPIAS IMAX 3D DUBLADAS
No Cinespaço Wallig 8, às 15h
CÓPIAS IMAX 3D LEGENDADAS
No Cinespaço Wallig 8, às 18h e 21h
CÓPIAS 3D DBULADAS
No Cineflix Total 1, às 13h30, 16h20, 19h10 e 22h
No Cinemark Barra 2, às 17h45
No Cinemark Ipiranga 3, às 14h50, 17h50 e 20h10
No Cinemark Ipiranga 4, às 13h50, 17h05 e 20h10
No GNC Iguatemi 4, às 13h20 e 18h40
No GNC Praia de Belas 1, às 13h20 e 18h40
CÓPIAS 3D LEGENDADAS
No Cinemark Barra 2, às 21h
No Cinemark Barra 4, às 13h50, 17h05 e 20h10
No Cinemark Barra 5, às 18h30 e 21h40
No Cinemark Barra 7, às 19h10 e 22h20
No Cinespaço Wallig 4, às 17h50 e 20h50
No GNC Iguatemi 4, às 16h e 21h20
No GNC Praia de Belas 1, às 16h e 21h20
CÓPIAS DUBLADAS
No Arcoplex Boulevard 1, às 13h30, 16h10, 18h50 e 21h30
No Arcoplex Rua da Praia 1, às 14h, 16h40 e 19h20
No Cine Victória 1, às 14h, 16h45 e 19h30
No Cineflix Total 5, às 13h45, 16h35, 19h25 e 22h15
No Cinemark Ipiranga 5, às 18h50 e 22h
No Cinespaço Wallig 2, às 14h, 17h e 20h
No Espaço Itaú 7, às 14h, 17h e 20h
No GNC Lindoia 1, às 13h30, 16h20, 19h e 21h40
No GNC Iguatemi 6, às 14h e 19h20
No GNC Praia de Belas 5, às 16h40 e 22h

Cinema – Em cartaz

Muito Romântico (****)
de Melissa Dullius e Gustavo Jahn, Alemanha / Brasil, 2016, 111 min


Dirigido, roteirizado, produzido e atuado por Melissa Dullius e Gustavo Jahn, Muito Romântico traz a aventura de um casal que resolveu tentar a vida em Berlim, na Alemanha, depois de morar juntos no Brasil. Com fortes referências ao cinema vanguardista do diretor Godard, o filme usa recursos simples e caseiros para revelar memórias, experiências, desejos e fantasias, através de expressões artísticas, como a música, a pintura, a literatura e a dança, e outros recursos como imagem granulada, cinematografia nostálgica antiga, e, por muitas vezes, a presença do cinema dentro do próprio longa.

No CineBancários, às 17h

Uma Dama de Óculos Escuros com Uma Arma no Carro (***)
(La Dame Dans L`Auto Avec Des Lunnetes et un Fusil), de Joann Sfar, França / Bélgica, 2015, 93 min


Certo dia, uma secretária rouba o carro do seu chefe para dar um passeio e visitar uma cidade litorânea. Ao chegar, mesmo jurando nunca ter estado lá, ela descobre que todos a conhecem, mas seu maior problema é quando um corpo aparece no porta-malas do carro e ela se torna a principal suspeita de um assassinato do qual nada sabe. Estaria ela ficando louca ou haveria mais algum mistério por trás destes acontecimentos?

No Guion Center 3, às 13h50 e 21h15

Corra! (****)
(Get Out!), De Jordan Peele, EUA, 2016, 104 min


O excelente Corra! é um tremendo sucesso comercial e de crítica. Chris e Rose vivem um casal apaixonado que embarca para um final de semana no interior a fim de conhecer a família dela. Ele é negro, ela é branca de olhos azuis. Acostumado com o estranhamento das pessoas, Chris questiona a namorada se ela teria avisado aos pais sobre o fato de ele ser negro. Rose responde que isso não era necessário. Tá bom. É um estresse suficiente para Chris por imaginar possíveis objeções raciais dos pais da moça, mas ao chegar lá ele descobre que o buraco é ainda mais embaixo com direito sessões de hipnose, empregados misteriosos e um verdadeiro show de bizarrices.

CÓPIAS DUBLADAS
No Cinemark Barra 7, às 13h30
No Espaço Itaú 2, às 13h20
No GNC Praia de Belas 3, às 17h35
CÓPIAS LEGENDADAS
No Espaço Itaú 2, às 19h10 e 21h20
No GNC Iguatemi 2, às 17h35 e 19h40
No GNC Praia de Belas 3, às 19h40

O Cidadão Ilustre (*****)
(El Ciudadano Ilustre), de Mariano Cohn e Gastón Duprat, Argentina, 2015, 120 min


Daniel Mantovani (Oscar Martínez), um escritor argentino e vencedor do Prêmio Nobel, radicado há 40 anos na Europa, volta à sua terra natal que inspirou a maioria de seus livros, para receber o título de Cidadão Ilustre da cidade — um dos únicos prêmios que aceitou receber. No entanto, sua ilustre visita desencadeará uma série de situações complicadas entre ele e o povo local. Quando chega a cidadezinha de Salas, o escritor é recebido pelo prefeito, que lhe mostra a agenda programada para os poucos dias em que permanecerá ali. O primeiro deles é uma aula aberta. E, por mais que relute, será levado num desfile em carro de bombeiros ao lado da miss local. O humor de O Cidadão Ilustre é construído a partir das diferenças e da tensão entre a sofisticação de Daniel e a simplicidade dos moradores de Salas. O que muitos ali ainda não sabem é que a cidade e seus antigos habitantes serviram de cenário e inspiração para personagens dos romances e contos dele — e os retratos nem sempre são nostálgicos ou agradáveis.

No Guion Center 2, às 16h, 18h15 e 20h30
No GNC Moinhos 3, às 14h10 e 19h15

A Filha (****)
(The Daughter), de Simon Stone, Austrália, 2016 96 min


Longe de casa há mais de dez anos, Christian (Paul Schneider) retorna à cidade em que cresceu para o casamento do pai (Geoffrey Rush), com quem tem uma relação complicada. Enquanto aguarda a chegada de sua namorada, ele se reconecta com o amigo de infância Oliver (Ewen Leslie), que acaba de perder o emprego, e descobre por acaso um segredo de família há muito tempo enterrado. Bom filme.

No Guion Center 1, às 17h45

Argentina (****)
(Zonda: Folclore Argentino), de Carlos Saura, Argentina / Espanha / França, 2015, 85 min


Zonda é um vento seco e quente, característico de regiões situadas ao pé da Cordilheira dos Andes. Na Argentina, sopra desde a província de Neuquén até Jujuy. É também o nome que o diretor Carlos Saura escolheu para seu último filme, no qual faz um passeio pelo folclore argentino. Malambo, chacareras, vidalas, chamamés. A obra continua a série sobre investigações musicais que Saura começou com Sevillanas” (1991), e seguiu com “Flamenco” (1995), “Tango” (1998), “Iberia” (2005) e “Fados” (2007). Desta vez, a co-produção é entre Argentina, Espanha e França. A direção musical é de Lito Vitale. São 20 números musicais, que oferecem também belas coreografias, como vocês podem ver o trailer abaixo. (Do Aquí me quedo).

No Guion Center 2, às 14h15
No Guion Center 3, às 17h35
Na Sala Eduardo Hirtz, às 15h15

Além das Palavras (****)
(A Quiet Passion), de Terence Davis, Reino Unido / Bélgica, 2016, 125 min


Além das Palavras, roteirizado e dirigido por Terence Davies, acompanha a biografia de uma das maiores poetisas norte-americanas de todos os tempos. Narra com intenso vigor o período que vai da juventude de Emily Dickinson no internato até os seus últimos anos, vivendo como uma artista reclusa e ainda não reconhecida. O filme aborda as rejeições, repressões e paixões que influenciaram a trajetória da escritora, bem como os relacionamentos com sua família e outras pessoas que marcaram sua alma e obra.

No Guion Center 1, às 15h25
Na Sala Paulo Amorim, às 15h

Paterson (*****)
(Paterson), de Jim Jarmusch, EUA, 2016, 118 min


Se ainda existem cineastas de culto, Jim Jarmusch é o maior deles. E Adam Driver e Golshifeth Farahani formam o casal mais romântico do ano. E é garantido que, sob a câmara de Jarmuch, o romantismo nunca é tolo. Um filme literário, delicado, pontuado por piadas de bom gosto sobre a sobrevivência da literatura em meio ao cotidiano. Paterson entra direto na lista dos melhores filmes do ano. Paterson é um motorista de ônibus da cidade homônima, em Nova Jersey. Diariamente, ele repete uma rotina simples: dirige seu ônibus observando a cidade, enquanto ouve fragmentos das conversas que o rodeiam. Também escreve poesias em um caderno, passeia com o cachorro, vai a um bar à noite, bebe uma cerveja e volta para casa para encontrar a esposa Laura. Ao contrário do marido, o mundo de Laura está sempre mudando. Ela tem novos planos todos os dias. Paterson a apoia e ela encoraja o talento dele para a poesia. O filme mostra silenciosamente as vitórias e derrotas da vida diária com a poesia que se intrometendo nos pequenos detalhes. Um tremendo filme. Cinema puro falando da vida e da literatura.

Na Sala Eduardo Hirtz, às 17h

Central (****)
de Tatiane Sager e Renato Dorneles, Brasil, 2015, 75 min

Foto: Sidney Brzuska

O Presídio Central de Porto Alegre já foi considerado o pior do Brasil pela CPI do Sistema Carcerário, da Câmara dos Deputados, em 2008. Agora, o local abre suas portas para expor a estrutura mal conservada e a vida de penitenciários em condições insalubres. Funcionários da prisão, detentos e familiares dos presos contam como é a vida cotidiana na cadeia e propõem uma reflexão sobre o estado do sistema penitenciário brasileiro. A obra também apresenta o olhar dos próprios presos, que, com câmeras nas mãos, captaram imagens diretamente nas galerias, onde nem mesmo a polícia tem acesso. Superlotação, falta de infraestrutura e de higiene, má alimentação, uso liberado de drogas, além de uma rotina de execuções e maus tratos, são evidenciados no longa-metragem. A partir de depoimentos de policiais militares, familiares, presos, o sociólogo Marcos Rolim e autoridades, o filme também apresenta as diversas faces de uma mesma história,

Na Sala Eduardo Hirtz, às 19h15

Exposições

Santander Cultural inaugura mostra inédita: “Zerbini, Barrão, Albano”
De 24 de maio até 16 de julho, Rua Sete de Setembro, 1028 | Centro Histórico
Terça a sábado: das 10h às 19h / Domingos: 14h às 19h

Três artistas renomados na cena nacional – Albano Afonso, Barrão e Luiz Zerbini – e três experientes curadores – Douglas de Freitas, Felipe Scovino e Marcelo Campos – são destaques no calendário de artes visuais da unidade de cultura do Santander em Porto Alegre. You are here: Home / Exposições / Santander Cultural inaugura mostra inédita: “Zerbini, Barrão, Albano”. O Santander Cultural segue a temática da instituição em 2017: inovar e dar ênfase ao ofício curatorial. Três artistas distintos estão reunidos em uma mesma exposição, Albano Afonso, Barrão e Luiz Zerbini; com curadoria de Douglas de Freitas, Felipe Scovino e Marcelo Campos, respectivamente. A mostra apresenta 43 obras em pintura, gravura, escultura e fotografia, que se direcionam pelos caminhos da instalação e potencializam as vozes individuais de cada artista. O resultado é uma grande exposição com multiplicidade de gestos, discursos e interesses no campo artístico da cena contemporânea.

Luiz Zerbini, Ilha da Mare | Foto: Luis Garrido

Música de Passarinho, de Antônio Augusto Bueno
Galeria Sotero Cosme – 6º andar da CCMQ (Andradas, 736)
Visitação: 12 de maio à 9 de julho
Terças à sextas, das 9h às 19h. Sábados, domingos e feriados, das 12h às 19h

A Galeria Sotero Cosme (6º andar da Casa de Cultura Mario Quintana) recebe a mostra “Música de Passarinho”, novo trabalho de Antônio Augusto Bueno. Com a curadoria de Marlies Ritter, a exposição traz fotos, vídeo, pintura, gravura, monotipia, objetos e elementos coletados da natureza, tendo o abacateiro do Atelier Jabutiê, de Antônio Augusto, como personagem principal. Desde que se mudou para o Jabutipê, há nove anos, o artista vem coletando e organizando os gravetos que caem da antiga árvore, armazenando os caroços e alguns abacates. Também fez algumas experiências com a fruta que deixou para os passarinhos se alimentarem, fazendo cópias em gesso das marcas deixadas pelos bicos das diferentes aves que vivem no Centro Histórico de Porto Alegre. Dos caroços também saíram pigmentos para experiências em monotipias e desenhos. Também farão parte da mostra frutos de liquidâmbares, coletados durante um outono em uma praça de Porto Alegre, e frutos de magnólias de uma praça localizada em Montevidéu (URU).

CHARRÚA, de Gustavo Tabares
Galeria Xico Stockinger – 6º andar da CCMQ (Andradas, 736)
Visitação: 12 de maio a 9 de julho
Terças à sextas, das 9h às 19h. Sábados, domingos e feriados, das 12h às 19h

A Galeria Xico Stockinger (6º andar da Casa de Cultura Mario Quintana) recebe a exposição “Charrúa”, do artista visual uruguaio Gustavo Tabares. Com a curadoria de Ana Zavadil, a mostra tem, além da peça sonora, desenhos, objetos de mármore, vídeos e pinturas. Tabares morou em Porto Alegre nos final dos anos 90 e, agora, volta para exibir uma série de trabalhos já apresentados na 56ª Bienal de Veneza, em 2015. A exposição tem, além da peça sonora, desenhos, objetos de mármore, vídeos, pinturas, etc., no formato de instalação.

Uma Possível História da Arte no Rio Grande do Sul: Plural[ismos] no Sul
Galeria Aldo Locatelli, de 12 de abril a 9 de julho, no Margs, na Praça da Alfândega
De terças a domingos, das 10h às 19h

O Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli, dando continuidade ao programa de exposições do acervo permanente do museu, prossegue com o projeto elaborado pelos núcleos do museu com o objetivo de apresentar obras da coleção do acervo do MARGS que são importantes para a configuração da constituição do cenário artístico gaúcho. A exposição Uma Possível História da Arte no Rio Grande do Sul: Plural[ismos] no Sul será apresentada na Galeria Aldo Locatelli, de 12 de abril a 9 de julho, com entrada franca. A mostra reúne 16 obras de artistas relevantes para o sistema da arte local, produzidas nos século XX, pertencentes ao acervo do MARGS. Este módulo tem como objetivo principal mostrar a pluralidade na produção gaúcha nas décadas de 1940, 1950 e 1960. Essa época foi marcada por discussões sobre o Modernismo, lançadas em São Paulo, na emblemática e questionadora Semana de Arte Moderna em 1922; tendo repercussões e desdobramentos aqui no Sul, especialmente no plano das ideias, resultando em confrontos e questionamentos sobre o que é a arte moderna e por qual caminho os artistas deveriam seguir. Tais debates influenciavam a produção artística, e a falta de consenso, aliados às diversas opiniões sobre a arte moderna, tornam-se perceptíveis ao observarmos as obras daquele momento, representadas na exposição. Embora muitos artistas não se intitulassem como modernistas e até mesmo se posicionassem contrários ao modernismo, suas obras, do ponto de vista formal, muitas vezes, passavam por atualizações estéticas e processos de modernização, originando essa multiplicidade de temas, técnicas e influências que identificamos na produção desse período.

Música

A3 – Canções do Sul
No dia 03 de junho (sábado), às 20h
No Teatro SESC Canoas (Guilherme Shell, 5340)

No dia 03 de junho (sábado), no Teatro SESC Canoas (Guilherme Shell, 5340) Flora Almeida, Márcio Celli e Zé Caradípia levam ao palco o espetáculo intitulado: A3 – Canções do Sul. No show, os três vão interpretar músicas produzidas por autores gaúchos que fizeram sucesso nas rádios e junto ao público em um período efervescente da cultura local, os anos 70 e 80. Além da Flora, Márcio e Caradípia, teremos a participação dos músicos: Caio Maurente (baixo e produção musical); Marco Farias (teclados); Antônio Flores (violão e guitarra); Daniel Vargas (bateria). O repertório é composto de 16 canções: Vim Vadiar (Nelson Coelho de Castro); Exaltação (Nei Lisboa); Becos Blues e Pealo de Sangue (Raul Elwanger); Moda de Sangue (Jerônimo Jardim); Enguiço (Adriana Calcanhotto); Medley de Pampa de Luz (Pery Souza/Miranda) e Horizontes (Bicca); Lugarejo (Giba biba e Wanderlei Falckenberg); Loucos de Cara (Vitor Ramil/Kleinton Ramil); Xote da Amizade (Mário Barbará); Flor – Silvio Marques/Nico Nicolaiwsky); Paixão (Kleiton e Kledir); Noite de São João (Pery Souza e Kledir Ramil); Medley de Asa Morena e Diamante (Zé Caradípia); Mais Uma Canção (Bebeto Alves); Com sua licença (Gelson Oliveira).

Foto: Vilmar Carvalho

Teatro

Espetáculo IMOBILHADOS
Dias 2,3,4,9,10,11,16,17,18 de junho – sextas, sábados e domingos, às 20h
Sala Álvaro Moreyra (Av. Erico Verissimo, 307)

Os dilemas, a intimidade e os desafios de convivência entre moradores de um prédio de apartamentos servem como pano de fundo para o espetáculo Imobilhados, primeira produção do grupo Máscara EnCena, com estreia marcada para o dia 2 de junho, 20h, na sala Álvaro Moreyra. Convidando o espectador a testemunhar fragmentos da vida dos moradores, a peça faz uso da máscara expressiva, técnica que não permite o recurso da fala ao ator, fazendo com que a interpretação seja feita através de gestos, ações e movimentos coreografados. Assim, os atores em cena revelam as particularidades de nove personagens e expõem seus segredos, anseios e fragilidades. O prédio funciona como um microcosmo. Entre os seus habitantes, encontram-se os mais variados tipos de pessoas: uma mulher carente e romântica, um homem recém chegado de uma cidade do interior, um velho ranzinza, uma mulher bem resolvida e hippie, a síndica maníaca por limpeza. A mulher carente e o caipira vivem um romance; a hippie se estressa constantemente com o velho rabugento; a síndica incomoda o faxineiro, e assim por diante. Situações hilárias – e outras dramáticas – se desenvolvem, em retratos simples e poéticos da vida humana.
Ingressos: À venda no Catarse (www.catarse.me/pt/imobilhados) e no local, a partir das 19h nos dias de espetáculo
Valor: De R$ 20,00 a R$ 40,00

Fabrício Simões

Um Caso para Terapia
De 2 a 18 de junho, sempre às sextas-feiras, sábados e domingos, às 20h30min
No Teatro Bruno Kiefer da Casa de Cultura Mario Quintana

Depois da estreia no Porto Verão Alegre deste ano, a peça Um Caso para Terapia entra em cartaz na cidade no dia 02 de junho para uma temporada de três semanas – sempre às sextas-feiras, sábados e domingos, às 20h30min, no Teatro Bruno Kiefer da Casa de Cultura Mario Quintana. Os ingressos estão sendo vendidos em várias plataformas desde 18 de maio. Na noite de estreia, o público será recebido com um brinde. Baseada em texto do escritor Fabio Ferraz, a peça aborda, de forma leve, simples e bem humorada, um tema relevante do campo da psicologia e da psiquiatria, as patologias que se acentuam na sociedade contemporânea, como transtorno obsessivo compulsivo, bipolaridade e pânico. No elenco, Simone Telecchi, Marcus Rech e Pedro Corbetta. A direção é coletiva e conta com a orientação cênica de Deborah Finocchiaro. No palco, um jovem casal, Angélica (Simone) e Daniel (Marcus), e os problemas decorrentes de suas psicopatologias. Angélica é bipolar. Oscila entre a depressão, a euforia e a irritação. Daniel é ansioso, tem síndrome do pânico e alguns problemas sexuais. Eles se conheceram pela internet e pareciam perfeitos um para o outro. Depois de algum tempo, passaram a viver as crises comuns de um casamento, agravadas por suas “doenças”. Os dois fazem terapia com o psiquiatra Giusepe Talarico (Pedro), figura participativa, bem humorada, mas um pouco estranha, que sofre de transtorno obsessivo compulsivo (TOC) em grau elevado. As cenas se desenrolam no consultório do psiquiatra e na casa do casal.
Ingressos
– Pela internet, R$ 40,00 – https://www.sympla.com.br/umcasoparaterapia
– Bilheteria, no dia do espetáculo, R$ 40,00.
– Pontos de venda promocionais, R$ 30,00 – Zilá Fashion Store (Félix da Cunha, 1.149 / Fone 3022 7889) e Homem&Company (Av. Nilo Peçanha, 2.605 / Fone 3328 5007), pagamento em dinheiro.

| Foto: Cristiano Primm