Este fim de semana na Fundação Iberê Camargo, dias 21 e 22 de abril, será marcado pelo início de duas novas programações musicais: as Piano Sessions – Unânime Noite e o projeto FICSom – Música na Fundação Iberê Camargo. Confira a programação completa:
No sábado (21), a Dama do Jazz gaúcho, Ivone Pacheco, é a convidada da primeira Piano Session. A pianista – criadora do Take Five Clube de Jazz – se apresenta com os músicos Andy Serrano (harmônica), Adelamir Neto (baixo) e Maurício Oliveira (sax) acontece às 19h, no átrio da Fundação. As Piano Sessions serão experiências noturnas pontuadas por atrações que envolvem música, performance, cinema e leituras, inspiradas pela carga de excitação e mistério presentes nos Cabarets e Nightclubs. Realizada ao longo dos sábados de abril a junho, sempre no início da noite, com apoio da Person Pianos, a programação faz parte das atividades paralelas à exposição Unânime Noite – Volume 3, em cartaz na Fundação até o dia 6 de maio.
No domingo (22), às 15h, tem programação especial para crianças. O Programa Educativo da Fundação oferece a oficina de escrita divertida Você tem sonho de quê?. Tomando como ponto de partida o mundo ficcional, sonhadoras e sonhadores mirins são convidados a ‘contar escrevendo’ e ‘escrever desenhando’ seus sonhos, numa oficina que terá lugar nos espaços expositivos, ateliês e corredores da Fundação. Dedicada a crianças entre os sete e os onze anos de idade, a oficina tem apenas dez vagas e as inscrições devem ser feitas previamente pelo email agendamento@iberecamargo.org.br.
Às 16h, o Cine Iberê exibe o filme O Ninho, que trata de juventude e sexualidade, abordando a temática LGBT sem estereótipos. A sessão será comentada pelos próprios diretores, Marcio Reolon e Filipe Matzembacher. Em O Ninho, o personagem Bruno viaja a Porto Alegre à procura do irmão que não vê há anos. Quando chega à cidade não o encontra, mas descobre os seus amigos, as suas memórias, revive o quotidiano do irmão e acaba por descobrir um espaço onde pode ser ele mesmo e expressar a sua sexualidade. Exibido originalmente como uma série de TV em quatro episódios, O Ninho foi premiado em diversos festivais: 2º Festival Telas – Menção especial pela ousadia temática e novos talentos, 2016 Berlinale Talents: In the nest: a drama series made by Talents, 2016 OutFest Los Angeles – Menção Especial do Júri – International Narrative, 2016 Kaleidoscope Arkansas International Film Festival, 2016 Insideout Toronto LGBT Film Festival, 2016 Torino Gay and Lesbian International Film Festival, 2016 Pink Apple LGBT Zurich International Film Festival.
O domingo também será marcado pelo início de um novo projeto musical, com curadoria de Gabriel Cevallos: o FICSom – Música na Fundação Iberê Camargo será uma programação quinzenal com DJs e apresentações ao vivo. O FICSom acompanha musicalmente a atual fase de abertura da Fundação para novos públicos e propostas, privilegiando sonoridades contemporâneas e marginais. Quem inaugura as sessões, das 16h às 19h, é o DJ Landosystem, residente da festa Disc-O-Nexo. Com mais de 20 anos de vivência e contribuição na cena eletrônica porto-alegrense, Landosystem (aka Renan Schmidt) transita entre diversos gêneros da música eletrônica e vive em pesquisa contínua por novidades, mesclando influências da tríade house-techno-disco com sonoridades complementares à pista de dança.
Durante todo o fim de semana, os artistas Andressa Cantergiani e Maurício Ianês dão continuidade à ação-instalação Avesso. Selecionada pelo edital de exposição temporárias, promovido pela Instituição no começo do ano. Avesso é uma ação-instalação concebida e executada pelos artistas, que pretende tornar visíveis e presentes as estruturas, trabalhadoras e trabalhadores da Fundação Iberê Camargo, assim como os seus visitantes. Avesso é uma ocupação performática e relacional com duração de um mês e meio, ocupando o 4º andar até o dia 03 de junho, com a presença dos artistas aos sábados e domingos. Nas quartas e quintas-feiras, quando acontecem as visitas das escolas, o trabalho estará aberto para visitação e participação do público. Ao “virar do avesso” a instituição, a obra propõe um questionamento sobre como as relações são criadas dentro de um espaço institucional artístico, ampliando e revelando as possibilidades de criação e distribuição do sensível de forma coletiva e transparente.
Saiba mais sobre as exposições em cartaz na Fundação:
Unânime Noite – Volume 3
A exposição Unânime Noite – Volume 3 traz obras – muitas delas inéditas – de cerca de 30 artistas contemporâneos, referências nas artes visuais locais e mundiais. Inspirada nos jogos surrealistas e na literatura de Jorge Luis Borges e Julio Cortázar, a mostra questiona os limites da linguagem e a autoria, num instigante desafio narrativo. (acesse a lista de artistas, obras e imagens aqui).
Unânime Noite tem a estrutura de um romance. Ao invés de capítulos, obras de arte compõem uma narrativa de ficção, cujo desdobramento se dá nas experiências vividas ao longo do percurso realizado pelo visitante no espaço expositivo. Partindo de um texto escrito pelo artista lituano Raimundas Malašauskas (leia o texto e ouça o áudio aqui), o curador Bernardo José de Souza – que cumpre o papel de “narrador” da história – convida outros artistas para dar continuidade à narrativa, criando novas obras (novos capítulos) ou elegendo obras já existentes, que derivem ou se articulem com as anteriores e, assim, sucessivamente. Neste sentido, a estrutura da exposição busca desafiar as noções convencionais de narrativa: existe uma ordem de “leitura” proposta pelo autor, mas que pode e deve ser subvertida a qualquer tempo por iniciativa do leitor/visitante.
Avesso, de Andressa Cantergiani e Maurício Ianês (fim de semana de abertura)
Avesso é uma ação-instalação concebida e executada pelos artistas Andressa Cantergiani e Maurício Ianês, que pretende tornar visíveis e presentes as estruturas, trabalhadoras e trabalhadores da Fundação Iberê Camargo, assim como os seus visitantes. Avesso é uma ocupação performática e relacional com duração de um mês e meio, com a presença dos artistas aos sábados e domingos. Ao “virar do avesso” a instituição, a obra propõe um questionamento sobre como as relações são criadas dentro de um espaço institucional artístico, ampliando e revelando as possibilidades de criação e distribuição do sensível de forma coletiva e transparente.
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