Responsável pela retomada do carnaval de rua da Capital, o Bloco Maria do Bairro retorna à Cidade Baixa no dia 9 de março. Antes, no dia 23 de fevereiro (sáb), às 23h, o evento ganha uma prévia no Bar Opinião (R. José do Patrocínio, 834). O carnaval de rua acontece no dia 9 de março, a partir das 15h, na Praça Garibaldi. Para fechar, no dia 17 de março (dom), será realizado o Enterro dos Ossos às 11h, no Parque da Redenção, junto ao Monumento do Expedicionário. Os ingressos para a festa no Bar Opinião podem ser comprados na hora ou pela internet no site goo.gl/JJkvhk, enquanto o carnaval de rua tem entrada franca. A festa traz, além da tradicional Banda do Bloco (formada por integrantes que tocam clássicos do samba e marchinhas de carnaval), convidados especiais que subirão ao trio elétrico. Fabielly Klimberg assume o manto de rainha do bloco este ano. A 13ª edição do Maria do Bairro tem patrocínio da Hot Pepper Sex Shop.
Anualmente, o Bloco Maria do Bairro apresenta um samba ou marchinha que homenageia personagens importantes da cultura gaúcha. Lupicínio Rodrigues, Túlio Piva, Jerônimo Jardim e Caco Velho foram alguns dos nomes celebrados na história do bloco que acontece desde 2007. A homenageada desta edição é Sofia Veloso (1856-1930), abolicionista do século XIX que dá nome à rua onde nasceu o evento. A autoria do enredo intitulado “Sofia Veloso – A Abolicionista” é do jornalista Gasparotto e do carnavalesco Zeca Brito, um dos fundadores do Maria do Bairro. “Neste carnaval vamos falar da resistência do povo da rua, contando a história de uma mulher que não aceitou a escravidão de seus semelhantes e lutou por liberdade”, explica Brito. “Sofia é exemplo de luz e inspiração em tempos sombrios. Ela nos lembra que a rua existe para o exercício da fraternidade e do amor”, conclui.
Histórico do Bloco
O Bloco Maria do Bairro foi criado em 2007 por um grupo de foliões ávidos pelo retorno dos carnavais de rua. Em 2007 e 2008 foi o único bloco em atividade em Porto Alegre e deu origem a partir de 2009 a um movimento popular que hoje já ultrapassa 50 blocos de rua por toda a cidade. A iniciativa do bloco mobiliza hoje, além de diversos representantes da classe artística da cidade (como cineastas, músicos, atores, artistas visuais, escritores), a comunidade do samba e moradores da Cidade Baixa e do interior do estado que não resistem às velhas marchinhas e ao samba no pé do mais tradicional bloco de rua de Porto Alegre.
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