Atividades paralelas da Bienal homenageiam o dia Internacional da África no final de semana

Reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU), o dia Internacional da África é 25 de maio. Para celebrar a data, dois antropólogos de origem africana radicados no Brasil, com pesquisas sobre as religiões afro-brasileiras, relatam suas investigações, as relações do Brasil com a África e as condições dos negros nos dois lados do Atlântico. O seminário “O devir do negro na África e na diáspora” tem a participação de Hippolyte Brice Sogbossi, nascido na República do Benin, graduado em Língua e Literaturas Hispânicas pela Universidad de La Habana e doutor em Antropologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, é professor de Ciências Sociais da Universidade Federal de Sergipe. Também integra a mesa José Carlos Gomes dos Anjos, nascido em Cabo Verde, mestre e doutor em Antropologia Social pela UFRGS e pós-doutor pela École Normale Supérieure de Paris, leciona e pesquisa no Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFRGS. Após, Juleandra Lima, professora de da Organização Nova Acrópole aborda a arte pelo viés da Filosofia à Maneira Clássica. Os encontros acontecem no MARGS, a partir das 16h.

No sábado é dia de música, com Pedro Miranda (voz e pandeiro), Luís Barcelos (bandolim e cavaquinho), Mathias Pinto (violão 7 cordas), Guilherme Sanches (pandeiro) e Luciano Krolow (flauta e sax), no Santander Cultural. Figura destacada na cena musical contemporânea do Rio de janeiro, Miranda é considerado um dos grandes cantores da nova geração da música brasileira, e agora lança “Samba Original”.

Domingo a programação começa às 11h, com a Banda Municipal de Porto Alegre, sob a regência de Davi Coelho da Rosa. Ao meio dia é a vez de Maculelê, com Meninas Crespas e Afroativos. O projeto “Meninas Crespas” é realizado pela professora Perla Santos, na Escola Municipal Senador Alberto Pasqualini, da Restinga, e tem como objetivo a valorização da identidade e da ancestralidade negra; a representatividade; a livre expressão do cabelo natural e o empoderamento da mulher negra na sociedade. Às 14h a apresentação “Eu não sou macaco”, uma co-produção Usina do Trabalho do Ator RS, denuncia injustiças cometidas contra os negros, utilizando-se da linguagem teatral como forma de manifestação política. A atriz Dedy Ricardo assume as identidades de Cláudia da Silva Ferreira (arrastada por uma viatura da polícia pelas ruas da favela do Rio de Janeiro), Amarildo Dias de Souza (desaparecido após interrogatório na Unidade de Polícia Pacificadora na Rocinha), Paulo Afonso Soares (militante gay assassinado em Porto Alegre), além de figuras históricas, como João Cândido e os lanceiros negros. Às 15h o Coralito (coral com cantores de várias partes do RS), sob a regência de Ione Goetz, encerra a programação do final de semana. Todas as atividades são gratuitas.

Serviço:

Sexta de seminários (programação detalhada em anexo)- 25 de maio:

Auditório do MARGS

18h: “A expressão filosófica da arte”: Juleandra Lima, da Nova Acrópole.

Sábado de música- 26 de maio

Praça dos Cofres

17h: Pedro Miranda (voz e pandeiro), Luís Barcelos (bandolim e cavaquinho), Mathias Pinto (violão 7 cordas), Guilherme Sanches (pandeiro) e Luciano Krolow (flauta e sax).

Domingo de Criação- 27 de maio

Em frente ao Memorial do RS, Praça da Alfândega

11h: Apresentação da Banda Municipal, com regência de Davi Coelho da Rosa

12h: “Maculelê”, com Meninas Crespas e participação dos Afroativos

14h: “Eu não sou macaco”, co-produção Usina do Trabalho do Ator RS. Atuação: Dedy Ricardo, trilha sonora: Ricardo Pavão, direção: Júlia Rodrigues e produção: Thiago Pirajira

15h: Coral FECORS apresenta: Coralito (coral com cantores de várias partes do RS), sob a regência de Ione Goetz.