A 1ª Bienal Black Brazil Art acontecerá no Museu da UFRGS de 10 de janeiro a 7 de fevereiro. No dia da inauguração, às 10h, acontece o debate Memória e Trauma (Reminiscência), com mediação da artista Carla Menegaz e a participação de Afroberdiana, Cecifrance Aquino, Coletivo Sopapo de Mulheres, Jordana Braz, Isabel Freitas e Rosane Soares.
O último ciclo da bienal traz o tema Memória e Trauma: Reminiscências em mais de 25 peças que incluem instalações, desenhos e vídeos. Com entrada franca, o evento inaugurado em novembro na capital gaúcha e em Florianópolis (SC), reuniu mais de 300 obras – de 150 artistas plásticos de todo o país – espalhadas em diversos espaços culturais.
Sucesso de público em Porto Alegre, a Bienal Black ainda pode ser visitada na Fotogaleria Virgílio Calegari CCMQ (até 12/01/20), Memorial do Rio Grande do Sul (prorrogado até 09/03/20), Museu Júlio de Castilhos (até 20/01/20) e Museu de Comunicação Social Hipólito José da Costa (até 20/01/20) e Museu da UFRGS (10/01/20 a 07/02/20). O acervo exposto inclui pinturas, esculturas, vídeo arte, entre outros trabalhos.
A bienal tem curadoria da museóloga porto-alegrense Patricia Brito. Maiores informações no link bit.ly/bienalblack.
Curadoria
Para a curadoria da exposição, a bienal oferece uma visão geral da produção artística feminina, com um recorte especial para a produção de mulheres negras, e destaca trabalhos figurativos, narrativas sobre dor, violências, feminismo e a participação ativa das mulheres negras nas artes visuais. “Com o objetivo claro de abrir a discussão para a arte de mulheres esquecidas pela sociedade, apresentamos trabalhos poderosos e pungentes de diversos artistas contemporâneos do país”, resume Patricia Brito. “Os artistas expressam uma infinidade de pontos de vista sobre o lugar de fala e a representatividade deste lugar. As obras de arte desta exposição usam objetos, imagens e ideias atuais e históricas para embasar a percepção de longa data de que os corpos negros pertencem aos limites da história brasileira”, explica Patricia. Para a organizadora, embora o Brasil seja comemorado como um país da diversidade cultural, as narrativas dominantes reduziram a experiência da arte negra brasileira a uma arte ocasional. “Esses artistas questionam isso expondo traços históricos profundos da presença negra na diversidade artística brasileira. Ao apresentar várias vozes e sensibilidades, esta exposição interrompe narrativas simplistas e reconfortantes, ao mesmo tempo em que afirma a relevância dessa discussão”, conclui.
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