A Associação Chico Lisboa, em comemoração aos seus 80 anos, em parceria com a ASALA – espaço de construção de imagem, e Cirkula – Editora, Livraria e Café, promovem a exposição BOM FIM TODO O TEMPO 2018 – que integra o Projeto Fotografia Todo o Tempo, já em sua quarta edição.
A exposição coletiva de fotografias inaugura dia 14 de novembro, às 19h. As obras dos 29 artistas ficarão expostas na Cirkula – Editora, Livraria e Café (Av. Osvaldo Aranha, 522 – Bom Fim, Porto Alegre/RS) até 03 de março.
O Bom Fim inicialmente chamado de Campo da Várzea, teve sua denominação alterada para Campo do Bom Fim, em função da construção da Capela Senhor do Bom Fim, localizada junto ao futuro prolongamento da rua Barros Cassal. A construção com início em 1867 e conclusão em 1872, foi o grande marco do bairro, e a região foi se desenvolvendo e crescendo ao seu redor. Na década de 20, com a chegada e formação das primeiras comunidades judaicas, o Bom Fim, ou Bomfa, como é carinhosamente chamado, começa a traçar a sua identidade. Nos dias de hoje, apesar de toda diversidade de moradores, o bairro permanece como símbolo da colonização judaica. Entre as sinagogas presentes, encontramos uma das mais antigas do Brasil, a União Israelita de Porto Alegre, que completou o seu centenário em 2010.Frequentado por trabalhadores, intelectuais e integrantes de movimentos alternativos e de contracultura, a atmosfera do bairro é efervescente e diversificada, e o Bar Ocidente, atuante desde 1980, é um dos seus expoentes com intensa agenda cultural e também não poderíamos deixar de falar da Lancheria do Parque, ponto de encontro de boêmios, artistas e intelectuais da cidade. Nomes como o do escritor Moacyr Scliar, que passou a sua infância no bairro, contribuíram muito para a divulgação do bairro, que também já foi tema de filmes e documentários.
O Instituto de Educação General Flores da Cunha, o Hospital de Pronto Socorro, a Praça Dom Sebastião, a Igreja Santa Teresinha ,fazem parte do Bairro Farroupilha, mas afetivamente pertencem ao Bairro Bom Fim assim como o Parque Farroupilha, mais conhecido como Redenção. O parque é um dos mais importantes da cidade e oferece aos sábados, a feira ecológica e aos domingos o Brique da Redenção, tradicional ponto de encontro de rodas de chimarrão e com diversas banquinhas de artesanato e antiguidades ao longo da Av. José Bonifácio. Também presente no parque, situa-se o Auditório Araújo Viana, Patrimônio Histórico e Cultural de Porto Alegre, palco de shows, manifestações políticas, assembleias e palestras, reaberto em 2012 em evento que reuniu artistas e músicos locais.
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