Um dos temas centrais das artes visuais inspira várias interpretações na nova exposição da Galeria Duque (Rua Duque de Caxias, 649), em Porto Alegre. A figura humana estará em destaque no espaço a partir deste sábado, 22 de setembro, das 15h às 17h. A exposição fica em cartaz até 14 de novembro, com entrada franca.
São criações de nomes como Di Cavalcanti, Carybé, Carlos Vergara, Ado Malagoli, Gelson Radaelli, Antoni Tàpies, Carlos Bracher, Carlos Araújo, Burle Marx, Mário Cravo, Iberê Camargo, Danúbio Gonçalves e Djanira da Motta e Silva, que compões o acervo da galeria. Também estarão em evidência as produções dos artistas contemporâneos Marcelo Pfescher e Marcia Baroni, que extrapolam o convencional em suas expressões que também elegem a figura humana como tema.
A curadora da Galeria Duque, Daisy Viola, destaca que essa expressão nasce da vontade e, ao mesmo tempo, da necessidade do homem de se representar e de guardar memória de si mesmo. “Isso fez com que ele deixasse de se remeter apenas para a esfera das formas, ultrapassando seus limites e ampliando até a sua visão do mundo que o rodeava e da sua representação, entendida como um processo de reflexão sobre a origem e a evolução da própria humanidade, ‘documentando” o processo histórico”, analisa.
Além das obras do acervo, que ocupam os dois primeiros andares da galeria, também há espaço para o novo e a temática da figura humana em diferentes abordagens. Os “Fragmentos Cromáticos”, de Marcelo Pherscher, ocupam o terceiro pavimento. O portoalegrense, que é filho do artista plástico austríaco Benno Pferscher, apresenta 18 pinturas e esculturas de sua nova fase artística. A exposição tem curadoria de Daniela Giovana Corso. “Em um primeiro momento, o que mais chama a atenção é a desconstrução cromática das camadas que formam suas obras, mas logo se percebe, nas pinturas, que esta desconstrução vai além e que o artista se utiliza das esculturas para criar suas obras pictóricas”, observa a curadora.
No último andar da Galeria Duque, são as apresentadas as mulheres “Descoladas”, da artista Márcia Baroni, com curadoria de Alexandre Boer. Márcia é psicóloga e filósofa clínica. Estudou desenho e pintura e só mais tarde descobriu a técnica da colagem. O curador Alexandre Boer, responsável pela seleção das obras, destaca que as mulheres de “Descoladas” são únicas, apaixonantes, divertidas e sedutoras. “Márcia encontrou na colagem seu dado de expressividade, uma busca por comunicar, conjugar instantes e percepção de vida, na perspectiva da singularidade feminina”, resume Boer.
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