O Instituto Estadual de Artes Visuais (IEAVi) inaugura, dia 28 de junho (quinta-feira), às 19h, o segundo Período Expositivo do Edital de Ocupação em suas galerias na Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ). Podem ser visitadas até 29 de julho as mostras “Dinofilia”, de Felipe Queiroz, na Galeria Augusto Meyer; “Vislumbre”, de Alisson Rocha, no Espaço Maurício Rosenblatt, ambas no 3º andar; e “Corpo Ausente”, de Marina Borges, com curadoria de Lucia Marques, na Fotogaleria Virgílio Calegari, 7º andar. A entrada é franca.
Sobre as exposições:
Dinofilia
Estudante de Artes Visuais do Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), Felipe Queiroz apresenta o resultado de sua pesquisa em Poéticas Visuais, desenvolvida em 2017 e 2018. A produção gerada dentro do campo da pintura como linguagem, aliada a um conceito operatório tenciona dicotomias, abstração e figuração, desenho e pintura, cor e linha.
A materialidade explorada nas construções das pinturas confessa o caráter dúbio das figuras identificáveis nas pinturas. O agudo interesse pelas imagens faz com o que o artista encontre em fontes variadas a potência pictórica latente no mundo visível. E a partir de um grande acervo, catalogado em seus cadernos, que Felipe Queiroz pensa suas pinturas.
Em sua expografia, o corpo de trabalho busca conduzir o espectador em uma experiência imagética provinda de dinâmicas espaciais, estruturadas a partir de pinturas. As pinturas são, finalmente, estratégias para ocupar o espaço.
Vislumbre
A exposição apresenta uma visão do centro da cidade de Porto Alegre através de fotografias que ressaltam a interação de indivíduos com os seus arredores. É um momento no qual acontecimentos se manifestam de modo breve, e o lampejo da fotografia é capaz de sublimá-los.
Arquitetura, rostos e corpos se misturam para atrair o olhar a cenas que normalmente passam despercebidas. Uma região da cidade que possui uma atmosfera caótica que tende a afastar pessoas e desestimular interações entre elas merece momentos únicos de apreciação, exaltando a beleza em cenas singelas que constituem a vida da nossa capital.
Corpo Ausente
Em uma complexidade de sentimentos, de texturas e de materiais, em elementos que se desdobram e se complementam, entre o suave e o agressivo, a presença e a ausência, o íntimo e o público, a moda e a arte, o trabalho de Marina Borges traz questões multidisciplinares que sempre estão em um limiar, ilustrando as várias possibilidades de leitura das obras — ora objetos utilizáveis, ora esculturas — evidenciando um discurso contemporâneo rico em significados, delicados e brutos.
Em “Corpo Ausente”, primeira exposição individual da artista, é pensada uma ambiência que sugere um quarto, um local íntimo, onde a individualidade pode ser explorada, desdobrada. São trazidas obras que podem ser consideradas esculturas quando dentro de um espaço expositivo, porém também são objetos utilizáveis em sua maioria: chicotes com tiras em materiais não usuais — como em correntes de strass e elásticos de lingeries, um travesseiro com uma fronha em látex, as redes-teias e o estrado antigo de ferro. As obras evocam a memória de um corpo que expõe-se ao permitir que compartilhemos seu ambiente íntimo. São objetos latentes, que oferecem a possibilidade de ação, aguardando pelo corpo que não está.
Serviço:
Abertura de Exposições – 2º Período Expositivo – Edital de Ocupação IEAVi
Quando: 28 de junho | Quinta-feira.
Horário: das 19h às 21h.
Local: Instituto Estadual de Artes Visuais – Galeria Augusto Meyer, Espaço Maurício Rosenblatt e Fotogaleria Virgílio Calegari – 3° e 7º andares da CCMQ (Rua dos Andradas, 736).
Visitação: de 29 de junho a 29 de julho.
Horário de visitação: de terça a sexta-feira, das 9h às 18h; sábados e domingos, das 12h às 18h.
Deixe um comentário