INGMAR BERGMAN RESTAURADO
A partir de 8 de julho
O SÉTIMO SELO
(Det sjunde inseglet)
96 min., Suécia, 1957
Direção: Ingmar Bergman
O cavaleiro Antonius Block retorna das Cruzadas para uma Suécia devastada pela peste negra e pela Inquisição. Ao seu redor apenas sofrimento e destruição. Em suas andanças, Antonius encontra a morte, que o desafia para uma partida de xadrez. Exibição em DCP.
MORANGOS SILVESTRES
(Smultronstället)
91 min., Suécia, 1957
Direção: Ingmar Bergman
Isak Borg, respeitado professor de Medicina, é convidado por sua universidade de formação, na cidade sueca de Lund, para a cerimônia de comemoração pelos seus 50 anos de carreira. Isak viaja com a sua nora, Marianne, que passa por uma crise em seu casamento, e durante o percurso é obrigado a enfrentar o vazio de sua existência. Um delicado e poético filme sobre a mortalidade e o passado. Exibição em DCP.
GRITOS E SUSSURROS
(Viskningar Och Rop)
90 min., Suécia, 1972
Direção: Ingmar Bergman
Em uma casa no campo, uma mulher está bastante enferma e recebe cuidados de duas irmãs e de uma empregada da família, que precocemente perdeu sua filha e por isso extravasa seu amor de mãe, dando o maior carinho possível para aquela moça tão debilitada. Dentro deste contexto, lembranças, frustrações e imaginações em um misto de amor e ódio surgem no interior de cada pessoa. Exibição em DCP.
BEDUÍNO
A partir de 8 de julho
75 min., Brasil, 2016
Direção: Julio Bressane
Um curioso casal de dramaturgos leva a vida através da arte, onde cada um dos atos das suas existências representam certa conexão entre a vida real e o que é encenado. Com repetições e múltiplas representações entrelaçadas, dentro de um cenário de luz e sombras, a esperança e o desespero se misturam. Exibição em DCP.
VISITA OU MEMÓRIAS E CONFISSÕES
A partir de 8 de julho
73 min., Portugal, 1982-2015
Direção: Manoel de Oliveira
Distribuição: Filmes da Mostra
Um casal encontra uma casa aparentemente vazia no campo e, ao entrar nela, passa a explorar os cômodos do local. Em determinados momentos surge em cena o próprio diretor, Manoel de Oliveira, que explica o porquê de estar se mudando daquela casa, onde viveu por mais de 40 anos, e ainda faz um retrato de sua vida e carreira. Em 1982, Manoel de Oliveira rodou Visita ou memórias e confissões para ser exibido publicamente somente após a sua morte. Exibição em DCP.
A VIDA APÓS A VIDA
A partir de 20 de julho
(Zhi fan ye mão)
80 min., China, 2016
Direção: Zhang Hanyi
Distribuição: Zeta Filmes
Poucos moradores ainda vivem na pequena província chinesa de Shanxi, muitos se mudaram ou morreram, muitas casas abandonadas desabaram e alguns fantasmas voltaram. O espírito de Xiuying vagou por mais de uma década e retornou à aldeia através do corpo do filho, Leilei. Ela quer mover a árvore que plantou no jardim da família do marido quando se casou. Através da visão do passado de Xiuying vemos o que restou no presente, as pessoas, a reencarnação. Zhang Hanyi, em seu primeiro filme, capta o espectro entre a vida e oesquecimento. Exibição em DCP.
NA VERTICAL
A partir de 20 de julho
(Rester Vertical)
100 min., França, 2016
Direção: Alain Guiraudie
Distribuição: Zeta Filmes
Leo está à procura de um lobo. Durante uma caminhada no sul da França conhece Marie, uma pastora de espírito livre e dinâmico. Nove meses depois, nasce o filho dos dois. Sofrendo de depressão pós-parto e sem fé em Leo, que vai e vem sem aviso, Marie os abandona. Leo encontra-se sozinho, com um bebê para cuidar. Através de uma série de encontros inesperados e incomuns, o filme apresenta várias camadas subjetivas que nos apresentam a natureza, o sexo, o onírico, a velhice, a morte, a complexidade da vida. Leo vai fazer o que for preciso para se manter de pé. Exibição em DCP.
O FUTURO PERFEITO
A partir de 20 de julho
(El futuro perfecto)
65 min., Argentina, 2016
Direção: Nele
Distribuição: Zeta Filmes
Xiaobin tem 17 anos e não fala sequer uma palavra de espanhol quando chega à Argentina para encontrar sua família. Alguns dias depois, ela ganha o nome de Beatriz e um trabalho em um supermercado chinês. Sua família cuida de uma lavanderia e vive completamente isolada dos argentinos e da vida local. Xiaobin/Beatriz consegue guardar algum dinheiro e começa a frequentar um curso de castelhano. Ela testa seu novo idioma nas ruas e acaba conhecendo o indiano Vijay. Quando aprende o tempo condicional na escola, Xiaobin começa a pensar no futuro, no que aconteceria se seus pais soubessem de seu relacionamento com Vijay. Quanto mais ela aprende o novo idioma, mais ela é capaz de modificar sua realidade. Exibição em DCP.
MOSTRAS
FRAPA
04 a 07 de julho
O FRAPA – Festival de Roteiro Audiovisual de Porto Alegre – é o primeiro evento inteiramente voltado ao roteiro de cinema e televisão na América Latina. O festival, que hoje já é um poderoso espaço de reflexão sobre a escrita audiovisual na América Latina, traz para a capital gaúcha centenas de profissionais de todo continente, contribuindo para o intercâmbio de experiências, qualificação dos profissionais e a celebração de novas parcerias na produção audiovisual brasileira. Entre os dias 28 de junho e 02 de julho, o FRAPA exibe, com entrada franca, os seis longas finalistas do 1º Prêmio ABRA de Roteiro: Aquarius, Boi Neon, Elis, O Silêncio do Céu, Nise – O Coração da Loucura, BR 716. A ABRA é a Associação Brasileira de Autores Roteiristas.
PRO-CULTURA
13 a 19 de julho
Entrada franca.
A mostra Pro-Cultura traça um panorama de produções recentes do Rio Grande do Sul financiadas através da SEDAC/IECINE. A programação é composta por longas e séries que tiveram pouca circulação em Porto Alegre ou que ainda não ganharam lançamento comercial. Serão exibidos os longas Desvios, de Pedro Guindani, Eles Vieram e Roubaram Sua Alma, de Daniel de Bem, Central, de Tatiana Sager e Renato Dornelles, Terráqueos, de Frederico Ruas, Cromossomo 21, de Alex Duarte, Mar Inquieto, de Fernando Mantelli, Glauco do Brasil, de Zeca Brito, e as séries Ninho, de Filipe Matzembacher e Márcio Reolon, Horizonte B, de Emiliano Cunha, e Ocidentes, com episódios dirigidos por Fabiano de Souza, Carlos Gerbase, Bruno Polidoro e João Gabriel de Queiroz. A mediação dos debates com os realizadores é da crítica e pesquisadora Fatimarlei Lunardelli.
JORGE LUIS BORGES NO CINEMA: VERSÕES E PERVERSÕES
A partir de 25 de julho.
Entrada franca.
Programação especial da Cinemateca Capitólio Petrobras para o Festival de Inverno, a mostra apresenta uma série de filmes que estabelecem diálogo com a obra do escritor argentino Jorge Luis Borges. Há adaptações livres: Dias de Ódio (1954), de Leopoldo Torre Nilsson, A Intrusa, de Carlos Hugo Christensen (1979), Garoto (2015), de Julio Bressane. Um clássico da vanguarda argentina: Invasão (1969), de Hugo Santiago, roteirizado por Borges e Bioy Casares. E filmes que procuram diferentes sintonias com o universo borgiano: Paris nos Pertence (1961), de Jacques Rivette, Performance (1970), de Nicolas Roeg e Donald Cammell, O Navio dos Afogados (1983), de Raoul Ruiz, Jauja (2013), de Lisandro Alonso, Em Busca de Borges (2016), de Cristiano Burlan.
Completa a programação uma edição especial do Projeto Raros com a exibição de A Estratégia da Aranha (1970), de Bernardo Bertolucci, adaptação personalíssima do célebre conto O Tema do Traidor e do Herói. Produzido pela RAI, canal de televisão estatal italiano, o filme nunca teve lançamento comercial em DVD ou blu-ray. Exibição a partir de uma matriz em HD exibida no canal.
SESSÕES ESPECIAIS
PROJETO RAROS
21 de julho – 20h30 (entrada franca)
DARK WATERS
(Temnye vody)
94 min., Rússia/Itália/Reino Unido, 1993
Direção: Mariano Baino
Dirigido pelo italiano Mario Baino, um obscuro mestre do terror, Dark Waters começou como uma adaptação do conto ‘A Sombra sobre Innsmouth’, de HP Lovecraft, e acabou ‘evoluindo’ para algo diferente graças às dificuldades de produção. Aborda a visita de uma estudante americana para a misteriosa ilha onde nasceu, habitada por freiras, que esconde um misterioso culto. É o primeiro filme ocidental rodado na Ucrânia ao redor da região de Chernobyl, pouco tempo depois do acidente nuclear de 1986. Exibição em HD com legendas em português. A sessão será apresentada pelo crítico e pesquisador Carlos Thomaz Albornoz.
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