Depois de mostrar um grande espetáculo em Novo Hamburgo, no último dia 28 de maio, no Teatro Feevale, o duo Anavitória volta ao Rio Grande do Sul nesta segunda-feira, dia 12 de junho, para mais uma apresentação. A dupla desembarcará no Auditório Araújo Vianna, em Porto Alegre, às 21h, com show em homenagem ao Dia dos Namorados. Os ingressos de plateia baixa central e plateia gold já estão esgotados, mas ainda há lugares à venda na plateia alta lateral, plateia alta central e plateia baixa lateral. Confira o serviço completo abaixo.
Com produção de F/Simas e realização da Opus Promoções, as jovens, que são naturais da cidade de Araguaína (TO), já ultrapassaram a marca de milhões de visualizações no YouTube e muitos seguidores no Facebook. O show é composto por canções do álbum Anavitória, sob produção de Tiago Iorc. O disco aponta com toda a precisão o espaço muito particular que as duas artistas podem ocupar no cenário musical brasileiro daqui em diante. A história e faixa etária das integrantes possibilita um trânsito orgânico entre o urbano e o rural, entre o pop e o sertanejo, entre a cidade e a natureza.
Segundo uma teoria de Andy Warhol, o pai da arte pop, desde que o cinema foi inventado, as pessoas tendem a replicar na vida real as situações e comportamentos que veem na tela. Mas há também os casos em que a vida, por conta própria, decide ser um filme. Ou um sonho. Foi mais ou menos assim que aconteceu com Ana Caetano e Vitória Falcão, duas amigas desde a época da escola. Elas passavam os dias juntas, tocando violão, cantando e publicando vídeos das performances no YouTube.
Os duetos de Ana e Vitória apresentavam principalmente a produção autoral de Ana, mas também faziam versões novas para músicas dos artistas que as duas mais gostavam. E foi nesse espírito que regravaram Um Dia após o Outro, canção do brasiliense Tiago Iorc lançada por ele no álbum Zeski (2013). Postaram o vídeo e logo tiveram a ideia: e se mostrassem a versão ao Tiago? Conseguiram um caminho via Felipe Simas, empresário do cantor. E enviaram. A vontade era agradar o ídolo, só isso. E qualquer elogio já seria um prêmio. No dia seguinte, veio a resposta: tanto Tiago quanto Simas não apenas tinham pirado com a versão como queriam produzir um disco das meninas.
Com produção de Tiago Iorc, o álbum Anavitória (Universal Music) é mais uma sequência dessa trama. A mais importante de todas elas, pois imprime com clareza o alto potencial de comunicação de Ana e Vitória juntas – e a ideia de unir os dois nomes em um, Anavitória, surgiu em uma conversa entre artistas e produtores.
Elas não são cantoras de folk, simplesmente. Tampouco seus talentos se prestam apenas à música pop. As meninas ouviram as duas coisas no rádio, e muito mais do que isso, sem qualquer distinção e com igual prazer, durante toda a vida. Por isso, acabaram criando um som capaz de explodir essas fronteiras. Propõem algo conciliador e mais interessante, que chama de “pop rural”. E podem contribuir com novos caminhos estéticos – e trazer mais doçura – para o mainstream brasileiro.
Ana Caetano assina as dez faixas de Anavitória, três delas escritas em parceria com Tiago Iorc. Única regravação do álbum, o clássico Tocando em Frente, de Almir Sater e Renato Teixeira, clareia o foco de referências e vem trazer ainda mais consistência conceitual à proposta da dupla. As 11 faixas foram gravadas no estúdio Fibra, no Rio de Janeiro. Além das parcerias e da produção, Tiago toca violão, viola, piano e percussão em várias faixas do álbum. E participa, cantando, de Trevo (Tu). O time de músicos tem João Viana (bateria), Gastão Villeroy (baixo), Marco Lobo (percussão) e Jeff Pinas (viola), além dos arranjos de cordas de Rafael Lagoni Smith.
Algumas canções do álbum já não eram inéditas antes mesmo do lançamento, pois já estavam por aí, em vídeos postados pela própria Anavitória. São os casos de Singular e Chamego Meu, que também já haviam sido apresentadas no EP Anavitória e também produzido por Tiago Iorc (com Jeff Pinas) para o selo Forasteiro, que o cantor tem em sociedade com Simas. Além das duas faixas, esse EP trazia versões da dupla para as canções Cores, de Lorena Chaves, e Tente entender, da banda Pouca Vogal, formada por Humberto Gessinger e Duca Leindecker.
A ideia era mesmo testar o potencial das meninas, entender como seriam recebidas, traçar o caminho com calma. Tanto assim que, quando fizeram a proposta, os produtores não quiseram criar expectativas muito altas, mais ainda por se tratar de duas meninas cursando faculdade. “A gente vai gravar essas músicas no Rio. Vocês vêm, gravam e voltam para as vidas normais de vocês. E a gente vai vendo o que acontece”, eles disseram.
Mas aconteceu tudo. Os vídeos feitos para as canções explodiram. Lançado na página “Brasileiríssimos” do Facebook, Singular deu início ao processo todo. O EP do ano passado também foi bem: chegou a constar entre os 20 álbuns mais vendido do Brasil no iTunes e a atingir o segundo lugar entre as mais virais do Spotify. Toda essa repercussão formou uma base sólida de fãs. Fiéis às meninas, eles compareceram em massa quando elas decidiram inscrever o projeto do disco novo no site de financiamento coletivo Catarse. Não só conseguiram toda a grana que precisavam para a gravação quanto ultrapassaram a meta em quase 30%.
Na vida de Ana Caetano e Vitória Falcão, que se conheceram e se conectaram pela via da música há não muito mais de três anos, várias revoluções aconteceram. Vitória se mudou para São Paulo e estuda teatro. Tempos depois, Ana trancou a faculdade de Medicina em Araguari, em Minas Gerais, e seguiu para perto da parceira, para se dedicarem integralmente à carreira.
SERVIÇO
ANAVITÓRIA
Dia 12 de junho
Segunda, às 21h
Auditório Araújo Vianna (Av. Osvaldo Aranha, 685)
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