A edição de maio da FeirArteira é uma rota de fuga para driblar o consumismo desenfreado, sem abrir mão do delicado gesto de homenagear as mães. O evento– promovido pela Agência Livre para Informação, Cidadania e Educação (ALICE)- acontecerá na João Telles 499, de 5 a 7 de maio das 10 às 18 horas, com prorrogação até as 21 horas no sábado. Trata-se de uma oportunidade para presentear com arte, prestigiar artistas locais e contribuir com trabalhos sociais, já que parte da renda será revertidos para os projetos sociais da ALICE. Mais do que um ponto de vendas, a Feira constitui um espaço de convivência e circulação de desenhistas, pintores, fotógrafos, escritores, artesãos e músicos, que distribuirão autógrafos e conversarão com os frequentadores. Lanches saudáveis oferecidos pelo Paná-Paná Bistrô, também estarão à disposição de quem passar pelo local. Durante os três dias, ainda, ocorrerão canjas musicais e bate-papos sobre temas como sustentabilidade e responsabilidade social, além do lançamento do Manifesto dos Arteiros, um documento que defende a arte como direito de todos. Acompanhe a programação pela página do facebook “Os arteiros”.
Autogerido pelos próprios expositores, a FeirArteira reúne artistas e invencioneiros de várias linguagens e gerações, inclusive estrangeiros. Trabalhos premiados internacionalmente convivem com a produção da gurizada recém-chegada com suas inquietações, questionamentos, materiais inusitados e formas de democratizar o trabalho artístico. Nela, são abertos os escaninhos e quebradas as hierarquias de mercado. Os artistas agrupam-se de maneira solidária, tomam decisões coletivas e contribuem com os projetos da Ong.
Idealizado pelas jornalistas e artesãs Vera Rotta e Rosina Duarte, o evento teve sua primeira edição nos altos do Mercado Público, em 1998- uma época em que iniciativas como essa eram bastante raras-, sendo batizado inicialmente como Bazar dos Arteiros. Em 2013, foi adotado pela ALICE passando a fazer parte dos Saraus Amigos da Alice, reprisados todos os meses. A organização não governamental existe desde 1999 e trabalha para revelar o que a sociedade não vê, defendendo o direito de todos à comunicação, à cultura e à arte. Nessa linha, desenvolve projetos alternativos e autônomos, envolvendo comunidades ignoradas pela mídia tradicional e negligenciadas pelas políticas públicas. Entre os trabalhos realizados, destacam-se o jornal Boca de Rua – feito e vendido por moradores de rua de Porto Alegre há 16 anos – e Direito à Memória e à Verdade, que resgata fatos históricos do período da Ditadura Militar.
“A valorização dos talentos locais, o incentivo ao consumo consciente num espaço de convivência onde predominam a confiança e a plena vivência da cidadania são os principais diferenciais do grupo. “Os arteiros – por meio da Feira – oferecem uma alternativa inteligente para quem quer adquirir ou presentear arte de qualidade. Além disso, insere os visitantes num espaço diferenciado ao consumo desenfreado e ao individualismo – marcas da sociedade atual”, resume Vera Rotta, articuladora da iniciativa.
Principais expositores:
Humor gráfico: Santiago, Moa, Rafael Correa, Edgar Vasques, Uberti,
Artes Plásticas e Gráficas: Lídia Fabrício, Ernani Chaves, Vera Rotta, Amaro Abreu, Augusto Abreu, Daniela Mei e Luciana Giot
Fotografia: Luiz Abreu, Otávio Teixeira, Eduardo Tavares, Marco Couto, Felipe Farias, Douglas Freitas
Música (CD): Batuque de Cordas, Nivaldo José, Maria Lúcia
Artesanato: Nina de Oliveira, Antonio Perra, Silvia Marcuzzo, Anahy Metz, Guillermo Guterres, Rosina Duarte
Literatura: Rafael Guimarãens, Mário Pirata, Luiz Antonio Silva, Guilherme Cassel, Dois Santos dos Santos, Paulo César Teixeira
Joalheria em prata: Antonio Perra
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