Da Redação
Estava faltando a participação da cultura na política? Pois não faltará mais. Na próxima quarta, 23, a partir das 17h, o Largo Zumbi dos Palmares será o palco da Cultura Pela Democracia. Artistas, intelectuais, produtores culturais, músicos, jornalistas, escritores, professores universitários e as mais diversas manifestações da cultura gaúcha se reúnem em defesa da democracia no Brasil e contra o golpe em curso.
O evento não é partidário e as possíveis divergências entre os participantes foram deixadas de lado em razão da causa comum de ser contra o golpe e o desequilíbrio da mídia e do judiciário no tratamento da atual crise.
Após a concentração no Largo Zumbi, o manifesto cultural tomará conta da Cidade Baixa, em uma caminhada que seguirá até o Centro Municipal de Cultura (Teatro Renascença). Ali, às 20h, será realizado o ato-show Cultura Pela Democracia, onde vários artistas se revezarão no palco.
Um evento no Facebook e um vídeo que já circula pelas redes sociais convidam a população para participar da atividade.
A atividade da próxima quarta, foi definida neste sábado (19), em reunião realizada no Bar Ocidente, da qual participaram cerca de 140 pessoas. A reunião foi definida e articulada em um período de cinco horas através de grupos de telefone. Neste encontro, também foi aprovado o manifesto da Cultura Pela Democracia, que reproduzimos a seguir.
Artistas gaúch@s em defesa da democracia e legalidade; pelo Estado Democrático de Direito!
Somos contra o golpe midiático e judicial que evidentemente está em curso no país. Lutamos para que a democracia seja preservada.
Somos contra todos os autoritarismos, como os que nos rondam agora, nesse instável e delicado momento político.
Não queremos privilegiar alguns, não estamos aqui para defender qualquer líder – queremos justiça equânime para todos.
Queremos a igualdade perante as leis, perante a Constituição Federal.
Para tanto, lançamos nosso manifesto.
MANIFESTO
A CULTURA PELA DEMOCRACIA
Não é a tua janela, a minha rua, esta esquina ou aquela avenida – o problema é manter o horizonte aberto da democracia.
Por ela lutamos e continuamos a lutar.
Para que seja preservada, contra todos os autoritarismos, como os que nos rondam agora, nessa grave crise política.
Não queremos privilégios para fulano ou beltrana, não estamos aqui para defender um deputado ou qualquer líder – queremos justiça equânime para todos.
Investigação dentro da lei, sem livrar a cara de qualquer um.
O país precisa sair dessa melhor do que entrou.
Não é a favor do marasmo, nem da balbúrdia – é a favor da vida livre, contra as discriminações de opinião, classe, gênero, etnia, gosto.
Para isso chegamos até aqui, e para preservar o já conquistado é que vamos adiante.
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