Milton Ribeiro
Super destaque para o filme As Mil e Uma Noites — Volume 1: O Inquieto, do português Miguel Gomes, autor de Tabu, melhor filme de 2013. Neste filme, as vítimas são os políticos portugueses. Pelo visto, eles também merecem…
Os 7 gatinhos é uma produção da Cia. de Retalhos de Teatro, de Santa Maria, que vem precedida de muitos elogios.
E há muita coisa na área musical. Para terminar as novidades, destacamos o show de Alcione, a Marrom, no Araújo Vianna, e o concerto da Ospa na próxima terça feira na Ufrgs. Trata-se do último bom concerto da orquestra em 2015, pois depois virão os xaroposos concertos natalinos e os famigerados encontros de crossover.
Confiram tudo isso e muito mais no Recomenda.
Todas as semanas, o Sul21 traz indicações de filmes, peças de teatro, exposições e música para seus leitores. Não se trata de uma programação completa, mas de recomendações dos melhores espetáculos que assistimos. O critério é a qualidade. Se você tiver sugestões sobre o formato e conteúdo de nosso guia, por favor, comente. Boa semana!
Cinema – Estreia
As Mil e Uma Noites — Volume 1: O Inquieto (*****)
(As Mil e Uma Noites — Volume 1: O Inquieto), de Miguel Gomes, POrtugal / França / Alemanha / Suíça, 2015, 125 min
O Inquieto é a primeira parte de uma epopeia portuguesa que tem como base a estrutura narrativa do clássico As Mil e uma Noites. Nesta versão, são narradas histórias mirabolantes de um país arruinado pelo comando de “belzebus”, como a certa altura são descritos os governantes de Portugal. Estas servem de substituição aos contos narrados por Xerazade que, para entreter o cruel rei Shariar, a fim de alimentar a sua curiosidade e assim adiar a derradeira noite de núpcias em que morrerá. É um mundo fantástico criado através de uma imaginação corrosiva e trocista para, com isso, sublinhar a “portugalidade”. Deste modo, Miguel Gomes consegue atingir a critica social. Dividido em três atos, todos eles sustentados por tons distintos, O Inquieto abre a série elaborando uma sátira à política, não só portuguesa, como também europeia. (Adaptado do C7nema)
Na Sala Paulo Amorim, às 19h
No Espaço Itaú 1, às 16h50 e 19h20
Cinema – Em Cartaz
Dheepan – O refúgio (*****)
(Dheepan), de Jacques Audiard, França, 2015, 109 min
Este belíssimo filme francês de 2015 do diretor Jacques Audiard é uma adaptação livre das “Cartas Persas” de Montesquieu. A produção recebeu — merecidamente — a Palma de Ouro no Festival de Cannes de 2015. Dheepan (Antonythasan Jesuthasan), Yalini (Kalieaswari Srinivasan) e a pequena Illayaal (Claudine Vinasithamby) assumem identidades falsas para fugir do Sri Lanka, seu país natal, que está em guerra. Eles não se conhecem e, diante da situação, precisam conviver como se fossem uma família verdadeira ao chegar na França. Sem conhecer a língua local, Dheepan consegue emprego como zelador de um condomínio de classe baixa, enquanto que Yalini passa a trabalhar como empregada doméstica de um idoso com problemas de saúde.
No Guion Center 2, às 16h15 e 18h20
No Espaço Itaú 3, às 19h30 e 21h40
Beira-Mar (***)
(Beira-Mar), de Filipe Matzembacher e Marcio Reolon, Brasil, 2015, 83min
Se João Gilberto Noll fizesse algo sobre a temática adolescente, faria algo semelhante a Beira-Mar. Martin e Tomaz viajam para o litoral gaúcho. Martin precisa encontrar um documento para o pai na casa de parentes, e Tomaz decide acompanhá-lo. Os dois acabam abrigando-se em uma casa de vidro à beira-mar, a fim de fugir da rejeição familiar de Martin e da estranha distância que surgiu entre os dois. O filme é um resgate do que a dupla de diretores viveu na adolescência, além de um exercício audiovisual sobre o tema da juventude e da identidade sexual.
No CineBancários, às 17h
No Espaço Itaú 1, às 13h30, 15h10 e 21h40C Moinhos 1, às 15h30 e 19h30
No GNC Moinhos 1, às 15h30 e 19h30
No Guion Center 3, às 15h50
007 contra Spectre (***)
(Spectre), de Sam Mendes, EUA/Grã-Bretanha, 2015, 148 min
Cá entre nós, já vimos outros Bonds mais bem-humorados. Brosnan e Connery dão de dez na seriedade de Daniel Craig, que perece estar atuando em Duro de Matar XVIII. Gente, é Bond, James Bond! Bem, James Bond (Daniel Craig) vai à Cidade do México com a tarefa de eliminar Marco Sciarra (Alessandro Cremona), sem que seu chefe, M (Ralph Fiennes), tenha conhecimento. Isto faz com que o agente seja suspenso temporariamente de suas atividades e que Q (Ben Whishaw) instale em seu sangue um localizador, que permite que o governo britânico saiba sempre em que parte do planeta ele está. Apesar disto, Bond conta com a ajuda de seus colegas na organização para que possa prosseguir em sua investigação pessoal sobre a misteriosa organização chamada Spectre. Legalzinho, com reservas e Monica Bellucci de bond-woman.
Cópia Imax dublada:
No Cinespaço Wallig 8, às 14h40
Cópia IMAX legendada:
No Cinespaço Wallig 8, às 17h50 e 21h
Cópias dubladas:
No Arcoplex Boulevard 1, às 17h30 e 20h30
No Arcoplex Rua da Praia 1, às 16h e 19h
No Cineflix João Pessoa 3, às 15h, 18h e 21h
No Cineflix Total 1, às 16h
No Cinespaço Wallig 2, às 14h e 17h10
No Espaço Itaú 5, às 14h
No GNC Iguatemi 4, às 15h
No GNC Lindoia 1, às 18h20 e 21h20
No GNC Lindoia 2, às 13h40
No GNC Praia de Belas 1, às 15h
Cópias legendadas
No Cineflix Total 1, às 19h e 22h
No Cinespaço Wallig 2, às 20h20
No Cinemark Barra 5, às 14h50, 18h10 e 21h20
No Cinemark Barra 6, às 19h10 e 22h20
No Cinemark Barra 7, às 13h50, 17h05 e 20h20
No Cinemark Ipiranga 2, às 18h20 e 21h30
No Cinemark Ipiranga 3, às 14h20, 17h30 e 21h
No Cinemark Ipiranga 5, às 15h10, 18h50 e 22h20
No Espaço Itaú 5, às 17h10 e 20h20
No Espaço Itaú 7, às 14h30, 17h40 e 20h50
No GNC Iguatemi 2, às 19h
No GNC Iguatemi 4, às 18h30 e 21h30
No GNC Moinhos 4, às 15h,18h30 e 21h30
No GNC Praia de Belas 1, às 18h30 e 21h30
No GNC Praia de Belas 3, às 14h15
45 anos (*****)
(45 Years), de Andrew Haigh, Inglaterra, 2015, 95 min
Kate Mercer (Charlotte Rampling) está planejando a festa de comemoração dos 45 anos de casada. Porém, cinco dias antes do evento, o marido (Tom Courtenay) recebe uma carta: o corpo de seu primeiro amor foi encontrado congelado no meio dos Alpes Suíços. A estrutura emocional dele é seriamente abalada e Kate já não sabe se vai ter o que comemorar durante a festa. Os veteranos Rampling (69 anos) e Courtenay (78) levaram os prêmios de melhor atriz e ator do Festival de Berlim deste ano e dão um show à parte. Ingmar Bergman cansou de nos mostrar que dois grandes atores às voltas com um bom texto pode dar resultados de primeira grandeza. É o caso. O jovem cineasta Andrew Haigh demonstra grande talento e delicadeza para captar as nuances de um casal que sai fora do prumo.
No Guion Center 3, às 19h
Sem Filhos (***)
(Sin hijos), de Ariel Winograd, Argentina / Espanha, 2015, 90 min
Sem Filhos não é nenhuma maravilha. Tem início fraco, mas depois torna-se leve e divertido. Gabriel é um quarentão divorciado e pai de uma menina de nove anos, Sofia. Ele só pensa na filha e só fala sobre ela, o que assusta as pretendentes. Até que surge Vicky, antigo amor platônico de Gabriel, que começa a flertar com ele. Em pouco tempo, os dois apaixonam-se. Só que Vicky odeia crianças. Então, Gabriel só tem uma saída se quiser continuar dividindo a cama com ela: esconder a filha. Tem aquele perfume de coisa já vista, mas é divertido.
No GNC Moinhos 3, às 14h
Ponte dos Espiões (****)
(Bridge of Spies), de Steven Spielberg, EUA, 2015, 132 min
Guerra Fria. Mas, antes de começar: você prefere os Spielberg de fundo humanista ou o cineasta de filmes de entretenimento? Se você prefere o segundo, ficará feliz com Ponte dos Espiões. Sem novidades, o filme conta uma história muito grata ao cinema norte-americano: a do homem comum envolvido em uma trama maior do que seu horizonte habitual. Um estilo de comédia ingênua é o elemento que dá a Ponte dos Espiões um jeitão de filme de meados do século XX, mas o roteiro co-escrito pelos irmãos Joel e Ethan Coen ajuda a manter Spielberg no presente. A combinação funciona bem: o idealismo meio boboca de Spielberg anula o fatalismo dos Coen, enquanto que o deboche dos irmãos tira a neo-grandiloquência que matou Lincoln (referimos ao filme, não ao tiro).
No Guion Center 3, às 20h40
No GNC Moinhos 2, às 18h45
No GNC Moinhos 3, às 16h
No Cinemark Ipiranga 7, às 16h, 19h e 22h15
No GNC Praia de Belas 4, às 21h20
Numa Escola de Havana (*****)
(Conducta), de Ernesto Daranas, Cuba, 2015, 108 min
Chala é um garoto de 11 anos com uma vida familiar difícil e um comportamento problemático na escola. Quando sua professora Carmela, a única pessoa que Chala respeita, tem que se ausentar por motivos de saúde, sua substituta o transfere para um internato. Ao voltar, Carmela tenta reverter a decisão, mas os compromissos que ela terá que assumir irão colocar os dois em risco. Numa Escola de Havana faz um retrato da educação em Cuba a partir da emocionante relação de um estudante rebelde com sua professora. O filme foi visto por mais de 400 mil espectadores em seu país, um fenômeno que conseguiu o milagre de ser indicado tanto pelo jornal Granma (pró governo), quanto pela blogueira Yoani Sánchez…
Na Sala Paulo Amorim, às 15h
Que horas ela volta? (*****)
(Que horas ela volta?), de Anna Muylaert, Brasil, 2015, 112 min
Filmaço! Que Horas ela Volta? conta a história de Val (Regina Casé), uma pernambucana que se muda para São Paulo para trabalhar como babá do menino Fabinho ( Michel Joelsas) e deixa aos cuidados da avó sua filha Jéssica (Camila Márdila). Após 13 anos de serviço Val tornou-se uma segunda mãe para Fabinho e também a administradora absoluta da casa dos simpáticos patrões Barbara (Karine Telles) e Carlos (Lourenço Mutarelli), A ação do filme começa quando Val recebe a notícia que sua filha vem para São Paulo prestar vestibular. Val pede o apoio dos patrões que aceitam hospedar a menina junto com a mãe no quartinho dos fundos.
A família de Fabinho recebe a menina de forma cordial, mas como ela não segue as regras invisíveis de comportamento e protocolos esperados para ela, a situação se complica. Esses conflitos farão com que Val precise encontrar um novo equilíbrio na sua vida.
Na Sala Eduardo Hirtz, às 17h30
No Cinemark Ipiranga 2, às 15h30
Que mal eu fiz a Deus? (***)
(Qu’est-ce qu’on a fait au Bon Dieu?), de Philippe de Chauveron, França, 2014, 97min
Uma família rica com quatro filhas por casar, uma respeitada família católica francesa da alta classe média… Mas ocorre um desgraça. Isabelle, Odile e Ségoléne fazem casamentos multiculturais com um chinês, um judeu e um muçulmano. Quando a última filha, Laure, anuncia a sua intenção de casar com o católico Charles, seus pais ficam encantados. Ao menos uma filha manterá a tradição familiar! Um casamento tradicional, finalmente! Mas eis que Laure os informa que Charles é africano. A mãe, Marie, cai em depressão e Claude, o pai, tenta sabotar o casamento. Ele encontra um aliado inesperado em André, o pai de Charles. Ambos concordam em pelo menos uma coisa: o que fizeram a Deus para merecer isto?
No Guion Center 3, às 14h05
Exposições e Artes Plásticas
Flanando no Paradoxo (Felipe Mollé)
Centro Histórico-Cultural Santa Casa (Independência, 75)
Horário: 9h às 18h (3ª a sábados) / 14h às 18h (domingos e feriados)
Até 26/02/2016
Fruto de um inusitado projeto do fotógrafo Felipe Mollé. A partir das provocações recebidas durante as aulas, Felipe resolveu cruzar alguns corredores que normalmente são evitados pelas pessoas. Intrigado com o fato de que em outros lugares – como Buenos Aires, Paris, Viena, Washington -, abrigam cemitérios que estão incluídos nos roteiros turísticos, ele resolveu se aventurar e fotografar o Cemitério da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre. Fundado em 1850, o Cemitério da Santa Casa é o mais antigo em atividade no Rio Grande do Sul . Considerado um museu a céu aberto, o local guarda lembranças, fatos históricos e um vasto patrimônio artístico esculpido em pedra, mármore, bronze e ferro. O fotógrafo então atravessou os portões e andou por suas alamedas, iniciando uma viagem ao passado e registrando diversas figuras históricas ilustres.
A Paisagem: Vestígios, Desvios e outras Derivas
De 10/11 a 31/12/2015, de terças a domingos, das 9h às 19h e sábados, domingos e feriados, das 12h às 19h
Galerias Sotero Cosme e Xico Stockinger – 6º andar da Casa de Cultura Mario Quintana/CCMQ (Andradas, 736)
Com mais de 50 obras do seu acervo e de coleções de artistas, as obras desta exposição foram escolhidas para simbolizar um conceito peculiar, e mesmo elas sendo de estilos diferentes no contexto museológico ampliam o seu potencial de significado. A paisagem que ora se apresenta descritiva, ora metafórica, pode ser também emblemática e simbólica nas obras desta exposição. Essas obras reunidas criam possibilidades de leituras intercambiáveis, provocadas pela disposição e pelo grau de complexidade de cada uma. A chave para essa leitura está no percurso escolhido por cada observador e no modo como colocará a sua imaginação a uma disposição aberta da sensibilidade.
O acervo foi investigado com a intenção de colocar ao lado das obras, cujas historicidades tratam especificamente do ponto em questão, aquelas que, de alguma maneira, trouxessem novas perspectivas e criassem um ambiente favorável a diálogos e/ou aproximações para juntas construírem novos sentidos, uma vez que, as escolhas interpretativas estão diretamente relacionadas ao percurso do visitante. Mas como representar a paisagem em pleno século XXI?
Retrospectiva de Plínio Bernhardt
Galeria Espaço Cultural Duque, Rua Duque de Caxias, 649, Centro Histórico
Até 27 de novembro, de 2ª a 6ª das 10h às 19h e aos sábados das 10h às 17h
Plínio César Bernhardt (Cachoeira do Sul, 1927 — Porto Alegre, 14 de abril de 2004) foi um pintor, gravador, desenhista e professor. Formou-se em Artes Plásticas em 1948, no Instituto de Artes da UFRGS, e foi aluno de Iberê Camargo em 1965. Fez inúmeras exposições individuais e coletivas no estado, país e no exterior. Da sua obra hoje constam centenas de pinturas, desenhos e gravuras, além de obras pertencentes a acervos de museus brasileiros. Outro destaque na sua produção artística foi a pintura do forro do Teatro São Pedro de Porto Alegre, reformado em 1971, com motivos da flora e da fauna gaúchas, elaborada em conjunto com outros três artistas.
10ª Bienal do Mercosul
Até 6 de dezembro, com entrada gratuita
A 10ª Bienal do Mercosul, Mensagens de Uma Nova América, realiza sua cerimônia oficial de abertura nesta sexta-feira, às 19h30, no Santander Cultural, espaço que abriga a mostra Antropofagia Neobarroca. Os demais espaços estarão abertos para visitação a partir de sábado, 24 de outubro. Essa edição da Bienal se dedica exclusivamente à produção artística da América Latina, em busca de suas raízes e apresentando um novo modelo curatorial, que inclui obras de arte desde o século XVIII até as contemporâneas. Intitulada Mensagens de Uma Nova América, esta exposição de grande envergadura propõe uma plataforma curatorial inovadora para a arte latino-americana. A equipe curatorial desta edição é formada por Gaudêncio Fidelis (Brasil) – Curador-Chefe; Márcio Tavares (Brasil) – Curador-Adjunto; Ana Zavadil (Brasil) – Curadora-Assistente e Cristián G. Gallegos (Chile) – Dialogante-Curador do Programa Educativo. A 10ª Bienal é composta de sete exposições, interconectadas e construídas para dar conta de uma série de lacunas relacionadas à arte da América Latina, algumas delas tratadas pela primeira vez, como o cheiro e a poeira como realidade material das obras de arte. As exposições são: Biografia da Vida Urbana; Modernismo em Paralaxe; Antropofagia Neobarroca; Olfatória: O Cheiro na Arte; Aparatos do Corpo; A Poeira e o Mundo dos Objetos e Marginália da Forma. A 10ª Bienal ocupará vários espaços de arte na capital gaúcha: Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli – MARGS; Santander Cultural; Memorial do Rio Grande do Sul; Usina do Gasômetro; Centro Cultural CEEE Erico Verissimo; Acervo Independente e Instituto Ling.
Mais informações no site do evento.
Mostra coletiva “In The Meantime”
Na Galeria Tina Zappoli, Rua Coronel Paulino Teixeira, 35
Até 18 de dezembro de 2015
A Galeria Tina Zappoli apresenta a Mostra coletiva “In The Meantime”, apresentando obras de seu acervo e de todos os seus artistas representados. A lista de expositores da Mostra “In The Meantime” contempla nomes de 34 artistas visuais e também exemplares de arte tribal brasileira, configurando-se em um amplo panorama de expressões, estilos e vertentes imagéticas. A visitação (de segunda a sexta-feira, das 10h30min às 12h e das 14h às 19h) seguirá até 18 de dezembro de 2015. O título da nova programação, de autoria de um dos dois sócios do Espaço, o fotógrafo Marinho Neto, faz referência à atualidade, permeada por conflitos mundiais e pelo delicado momento político e econômico que nossa sociedade enfrenta: “Diante da crise que estamos vivendo, enquanto o caos acontece, continuamos trabalhando firme”. A curadoria da coletiva, igualmente, é assinada por ele e Tina Zappoli.
Iberê e Seu Ateliê: as coisas, as pessoas e os lugares
Fundação Iberê Camargo, Av. Padre Cacique, 2000
Das 12h às 19h (de 3ª a domingo) e das 12h às 21h (5ª feiras)
Até 02/04/2016
A Fundação Iberê Camargo (Padre Cacique, 2000) recebe, por um ano, a exposição “Iberê e seu ateliê: as coisas, as pessoas e os lugares”, que traz uma visão mais abrangente sobre o artista. Com entrada gratuita, a visitação acontece das 12h às 21h, nas quintas-feiras, e das 12h às 19h de terça a domingo. A mostra tem como tema a poética de Iberê Camargo, o universo mental e material que concretiza a sua obra. As 146 obras em exposição apresentam os três gêneros trabalhados ao longo de sua carreira – a paisagem, a natureza-morta e a figura humana -, demonstrados em um recorte cronológico, que vai do início, ainda nos anos 40, à consolidação nos anos 60 e à culminação dos anos 70 em diante. O objetivo é possibilitar ao público da Fundação Iberê Camargo uma visão abrangente da obra do artista, por meio de uma mostra linear buscando uma visão do todo de sua carreira. A base para a organização da exposição está fundada em três eixos: a poética, isto é, o universo mental e material de concretização da obra, o temperamento do artista, não o do homem, pois prescindiremos da biografia e, finalmente, a execução, isto é, os caminhos trilhados em busca dos resultados.
Música
Yamandu Costa e a Orquestra de Câmara Theatro São Pedro (OCTSP)
Theatro São Pedro, na Praça da Matriz, dias 14, às 20h, e 15 de novembro, às 18h
Ao longo de cerca vinte anos de carreira, Yamandu Costa tem colocado seu talento e seu violão de 7 cordas a serviço de milongas, chamamés, zambas, choros, sambas e valsas. Em novembro, ele é recebido pela Orquestra de Câmara Theatro São Pedro (OCTSP) para a estreia mundial do Concerto para Violão e Orquestra, de Vagner Cunha, em programa que encerra a Temporada 2015 da série Concertos Oficiais. Serão três oportunidades para superar as fronteiras entre o erudito e o popular: dia 13, sexta-feira, às 20h30 no Recanto Maestro, em São João do Polêsine e dias 14 e 15 (sábado, às 20h e domingo, às 18h), no Theatro São Pedro. A regência é do maestro Antônio Carlos Borges-Cunha.
Alcione, no show Eterna Alegria
Sábado (14), às 21h, no Auditório Araújo Vianna
Av. Oswaldo Aranha, 685
“ETERNA ALEGRIA”, nasceu de uma conversa com a irmã, produtora, e diretora dos seus shows, Solange Nazareth. Um show que privilegia o estilo que é considerado quase como um “cartão-postal” de nosso país. O time de arranjadores é formado por: José Américo, Ivan Paulo, Julinho Teixeira, Paulo Calazans e Alexandre Menezes (da Banda do Sol) e traz composições de alguns dos maiores craques de nossa música, como: Arlindo Cruz, Jorge Aragão, Ana Carolina, Xande de Pilares, Serginho Meriti, Altay Veloso, e Sereno (do Grupo Fundo de Quintal). A intérprete faz questão de diversificar ao cantar sambas das mais variadas tendências: “São sambas de várias vertentes. Claro que os lentos e românticos não faltam, mas tem muito pagode e sambas pra galera se acabar de dançar”, ressalta a Marrom.
Ospa — Concerto da Série UFRGS
17 de novembro, 20h30, Salão de Atos da UFRGS
O último bom concerto da orquestra em 2015! Depois são os concertos natalinos e os famigerados encontros de crossover. Para abrir o concerto, ele conduz uma obra já com a participação do solista. André Carrara une-se à orquestra para apresentar o “Concerto para piano nº 3” de Beethoven. Na peça, escrita em 1800, o compositor desafiou as possibilidades do instrumento solista, o piano, que na época passava por incrementos tecnológicos significativos. A segunda obra do programa é inédita no repertório da Ospa, e um dos destaques da programação da orquestra neste ano devido à sua complexidade. A suíte do balé-pantomina “O Mandarim Miraculoso”, escrita pelo húngaro Bartók entre 1918 e 1924, acompanha a narrativa sobre a execução de um sórdido plano de prostituição, fraude, roubo e assassinato. A estreia ocorreu em 1927, em Colônia (Alemanha), causando polêmica pelo seu conteúdo inovador. Por fim, na segunda parte do concerto, o público poderá apreciar a mais famosa obra de Ravel. A música de dança ocupa um lugar de destaque na produção desse compositor, que se inspirou no ritmo espanhol para criar “Bolero” em 1928.
PROGRAMA:
Ludwig van Beethoven: Concerto para piano nº3, em dó menor | Solista: André Carrara
Bela Bartók: O Mandarin Miraculoso (Ballet-Suite)
Maurice Ravel: Bolero
Regente: Vassili Christopoulos (Grécia)
Solista: André Carrara (Brasil | pianista)
Teatro
Os 7 gatinhos, de Nelson Rodrigues,
De sexta (13) a domingo, Espaço Cultural Crisálidas, na rua Riachuelo, 771
“A partir de agora, vamos trazer ao nosso palco, na capital gaúcha, importantes grupos de teatro de todo o interior do Estado, para que apresentem em Porto Alegre toda a sua competência e tradição em artes cênicas”, anuncia o diretor do Espaço Cultural Crisálidas, o escritor, ator e diretor de teatro Irajá Cibils. Segundo ele, o CENAS INTERIORES – MOSTRA de TEATRO do INTERIOR GAÚCHO, foi um evento pensado para dar oportunidade a esses fantásticos grupos teatrais do interior, que só são conhecidos ou em suas cidades ou em festivais de arte realizados no Rio Grande do Sul. A trama: Caetano Veloso tinha toda a razão ao afirmar que “de perto, ninguém é normal”. Isso é revelado pela trama da peça Os 7 Gatinhos, de Nelson Rodrigues, com direção de Helquer Paez, da Cia. Retalhos de Teatro. De longe, a família que centraliza Os 7 Gatinhos parece normal. O casal e as quatro de suas filhas se esforçam para apoiar a filha caçula, aluna de um colégio interno, que é a pura, a virgem, a esperança de todos. Mas de perto, toda a podridão e as falcatruas são reveladas…
No que você está pensando?
De 6 a 29 de novembro, no Teatro Renascença, Erico Verissimo, 307
O espetáculo “No que você está pensando?”, do coletivo Cena Expandida, retorna aos palcos com temporada de 06 a 29 de novembro, no Teatro Renascença, com novas cenas e elenco reformulado: os atores Fernanda Petit e Eduardo Cardoso. O espetáculo de estreia do grupo leva à cena um casal de ex-namorados que se reencontra nas redes sociais, em meio aos protestos que varreram o país. O projeto, dirigido por Tainah Dadda e Thais Fernandes, integra teatro, cinema e internet para discutir as relações do indivíduo com o mundo digital. “No que você está pensando?” é livremente inspirado em “As Cadeiras”, de Eugène Ionesco, peça na qual um casal de idosos recebe, no farol isolado onde vivem, convidados invisíveis para os quais necessitam passar uma importante mensagem. Na montagem dirigida por Tainah e Thais, ao invés de um casal nonagenário, um homem e uma mulher por volta dos 30 anos. Ao invés de uma torre cercada pelo mar, o espaço urbano atual.
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