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Top 10: Os melhores filmes de 2015 (e o pior de todos)

janeiro 3, 2016 By Milton Ribeiro Deixe um comentário

mosaico filmes prontoMilton Ribeiro

Um inglês, um cubano, um polonês, um brasileiro, um português, um italiano, um búlgaro, um chileno e dois estadunidenses. E não foi nossa intenção impedir que um país dominasse a lista, apenas aconteceu.

Ah, as listas de fim de ano… Como suportá-las? E como não lê-las, nem que seja para se irritar com a ausência do filme querido ou com a presença daquilo que se detestou visceralmente? Como resultado de ampla discussão no ambiente Sul21, chegamos a dez filmes que foram comparados e colocados em ordem de preferência. É a cultura pública e comum de nosso tempo.

A maioria talvez estranhe a presença de Ida e Whiplash. Eles parecem mais antigos pelo fato de terem participado da festa do Oscar 2015, só que estrearam nos primeiros meses deste ano em Porto Alegre.

Segue a lista:

~ 1 ~
45 anos, de Andrew Haigh


Kate Mercer (Charlotte Rampling) está planejando a festa de comemoração dos 45 anos de casamento. Porém, cinco dias antes do evento, o marido (Tom Courtenay) recebe uma carta: o corpo de seu primeiro amor foi encontrado congelado no meio dos Alpes Suíços. A estrutura emocional dele é seriamente abalada e Kate já não sabe se vai ter o que comemorar durante a festa, após saber de alguns detalhes do caso. Os veteranos Rampling (69 anos) e Courtenay (78) levaram os prêmios de melhor atriz e ator do Festival de Berlim deste ano e dão um show à parte. Ingmar Bergman cansou de nos mostrar que dois grandes atores às voltas com um bom texto pode dar resultados de primeira grandeza. É o caso. O jovem cineasta Andrew Haigh demonstra grande talento e delicadeza para captar as nuances de um casal que sai (muito) fora do prumo.

~ 2 ~
Numa Escola de Havana, de Ernesto Daranas

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Chala é um garoto de 11 anos com uma vida familiar difícil e um comportamento problemático na escola. Quando sua professora Carmela, a única pessoa que Chala respeita, tem que se ausentar por motivos de saúde, sua substituta o transfere para um internato. Ao voltar, Carmela tenta reverter a decisão, mas os compromissos que ela terá que assumir irão colocar os dois em risco. Numa Escola de Havana faz um retrato da educação em Cuba a partir da emocionante relação de um estudante rebelde com sua professora. O filme foi visto por mais de 400 mil espectadores em seu país, um fenômeno que conseguiu o milagre de ser aprovado tanto pelo jornal Granma (pró governo), quanto pela blogueira Yoani Sánchez. Porém, para além da política, trata-se de uma bela abordagem sobre o papel dos pais e da escola na educação.

~ 3 ~
Ida, de Pawel Pawlikowski

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Anna (Agata Trzebuchowska) cresceu num convento na Polônia dos anos 1950 e 60. Quando está prestes a se tornar freira, visita sua única parente viva, uma tia que revela um segredo que irá mudar sua maneira de enxergar a si própria: Anna, na verdade, é de uma família judia que foi morta pelos nazistas. A partir daí, descobre que seu nome verdadeiro é Ida e parte em uma jornada de auto-conhecimento com sua tia Wanda ao ir em busca do túmulo de seus pais. Logo, a jovem precisa escolher entre a realidade que a acolheu e permitiu que ela sobrevivesse ao Holocausto e sua identidade biológica, além de tentar reprimir os sentimentos que começa a nutrir por um jovem saxofonista. Todo em preto e branco, o que aproxima ainda mais o espectador da época em que se passa, o filme resgata a história da Polônia ao abordar a invasão nazista e o extermínio de judeus, os anos sob o stalinismo e o poder da igreja católica no país.

~ 4 ~
Que horas ela volta?, de Anna Muylaert

que horas ela volta
Que Horas ela Volta? conta a história de Val (Regina Casé), uma pernambucana que se muda para São Paulo para trabalhar como doméstica e babá do menino Fabinho (Michel Joelsas), ao mesmo tempo que deixa aos cuidados da avó sua filha Jéssica (Camila Márdila). Após 13 anos de serviço Val, tornou-se uma segunda mãe para Fabinho e também a administradora absoluta da casa dos simpáticos patrões Barbara (Karine Telles) e Carlos (Lourenço Mutarelli), A ação do filme começa quando Val recebe a notícia que sua filha vem para São Paulo prestar vestibular. Val pede o apoio dos patrões que aceitam hospedar a menina junto com a mãe no quartinho dos fundos.
A família de Fabinho recebe a menina de forma cordial, mas como ela não segue as regras invisíveis de comportamento e protocolos esperados para ela, a situação se complica. Esses conflitos farão com que Val precise encontrar um novo equilíbrio na sua vida.

~ 5 ~
As Mil e Uma Noites — Volume 1: O Inquieto, de Miguel Gomes

As Mil e Uma Noites -- Volume 1 O Inquieto
O Inquieto é a primeira parte de uma epopeia portuguesa que tem como base a estrutura narrativa do clássico As Mil e uma Noites. Nesta versão, são narradas histórias mirabolantes de um país arruinado pelo comando de “belzebus”, como a certa altura são descritos os governantes de Portugal. Estas servem de substituição aos contos narrados por Xerazade que, para adiar a derradeira noite de núpcias em que morrerá, entretém o cruel rei Shariar, alimentando sua curiosidade. Filme de crítica social, O Inquieto cria um mundo fantástico através de um roteiro corrosivo e trocista. Dividido em três atos, todos eles sustentados por tons distintos, O Inquieto abre a série que elabora uma sátira à política, não só portuguesa, como também europeia.

~ 6 ~
Mia Madre, de Nanni Moretti

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Para começar, talvez seja adequado dizer que Mia Madre foi considerado o melhor filme do ano pelo Cahiers du Cinéma. A revista francesa de crítica de cinema, fundada em 1951 por André Bazin, é rigorosa e… Bem, Mia Madre é excelente mesmo! Como em O Quarto do Filho (2001), Moretti volta ao drama, mas com certo humor. O tema central está na crise de uma diretora de cinema angustiada pela iminente perda da mãe e pela produção de um filme complicado, especialmente pelas confusões causadas por seu vaidoso ator norte-americano. Quem conhece a obra do diretor, percebe o quanto este novo filme é autobiográfico — embora Moretti tenha mudado o sexo da protagonista e reservado para si mesmo um papel secundário.

~ 7 ~
Whiplash, de Damien Chazelle

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Andrew Neiman é um jovem e ambicioso baterista de jazz, cujo único objetivo na vida é chegar ao topo em seu conservatório de música de elite na costa leste dos EUA. Atormentado pela carreira fracassada do pai como escritor, Andrew anseia dia e noite por se equiparar aos grandes gênios da música. Terence Fletcher, um professor reconhecido tanto por sua capacidade como instrutor quanto por seus métodos terríveis, é o regente da melhor banda de jazz da escola. Fletcher descobre Andrew e transfere o aspirante a baterista para a sua banda, mudando para sempre a vida do rapaz. A paixão de Andrew por atingir a perfeição rapidamente se converte em uma obsessão, enquanto seu professor implacável continua a pressioná-lo ao limite da sua capacidade — e da sua sanidade.

~ 8 ~
A Lição, de Kristina Grozeva e Petar Valchanov

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O enredo gira em torno da rígida e correta professora primária Nadezhda (Margita Gosheva). Quando descobre um furto de dinheiro dentro da sala de aula, a personagem dica obcecada em descobrir quem foi o culpado. Às voltas com problemas familiares, a personagem se envolve em uma série de situações que a fazem questionar os limites da ética, da moral e do certo/errado. A partir daí, o espectador é levado a refletir sobre questões inevitavelmente presentes na vida em sociedade, como o julgamento alheio, a burocracia, e a empatia com o outro. Marcado por um tom realista e dramático, o filme ganha contornos inesperados. A personagem é colocada à prova em suas convicções quando percebe a complexidade que simples ações cotidianas podem conter. A Lição foi inspirado na história de um professor búlgaro e é a primeira parte de uma trilogia pautada pela proposta de transformar em filme notícias de jornal.

~ 9 ~
A Criada, de Sebastián Silva

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Um belo filme. Raquel (Catalina Saavedra) trabalha há 23 anos como empregada doméstica e babá em uma família chilena. Ela é aceita como “parte da família”, mora no quarto dos fundos e faz suas refeições separada dos moradores da casa. Com a intimidade que se desenvolveu ao longo das décadas, Raquel não hesita em criticar atitudes dos donos da casa e dos filhos destes, o que acaba gerando problemas com a filha adolescente. Quando os conflitos aumentam, a mãe descarta a possibilidade de demitir a empregada, preferindo contratar uma segunda ajudante. Percebendo a diminuição de sua influência dentro do lar, Raquel fará de tudo para se impor contra as candidatas a auxiliares. Vencedor de vários festivais alternativos, impressiona pela segurança narrativa e pelo elegante final.

~ 10 ~
Vício Inerente, de Paul Thomas Anderson

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O grande diretor de Sangue Negro, O Mestre, Magnólia e Boogie Nights: Prazer sem Limites, PT Anderson, de apenas 45 anos, traz para as telas um romance de Thomas Pynchon. A trama é intrincada como os romances de Pynchon. O que importa é como as situações são criadas. Larry “Doc” Sportello é um detetive particular drogado, vivido por Joaquin Phoenix. Doc é procurado por Shasta (Katherine Waterston), sua ex-namorada que confessa estar sendo pressionada pela esposa (Serena Scott Thomas) de seu amante Michael Wolfmann (Eric Roberts) para dar fim ao sujeito e apoderar-se de sua fortuna. A jovem, no entanto, acaba desaparecendo. Doc também é contratado por Hope Harlingen (Jena Malone), ex-viciada, agora conselheira de jovens drogados, que deseja encontrar o marido desaparecido, Coy Harlingen (Owen Wilson). Trata-se de um ex-comunista que se tornou informante do Programa de Contrainteligência – cujo objetivo, entre outros, é o desmoralizar os grupos de esquerda. Complicado e ótimo.
https://youtu.be/PTllm5nvqJA

O pior dos piores:
Macbeth, de Justin Kurzel

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Este Macbeth certamente não é o pior filme de 2015, mas talvez seja aquele de maior desproporção entre pretensão e realização. A pretensão é monstruosa, o resultado… O ódio fica justificado aqui, num texto singelo que inclui as 8 principais lambanças da produção.
https://youtu.be/y4BNxOWi9Vs

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